BUSCA PELA CATEGORIA "BRASIL"

  • Operação Nipoti: PF cumpre 78 mandados no Paraná, Pernambuco e DF

    Foto: Divulgação

    A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (15) a Operação Nipoti, quinta fase da Operação Pecúlio,  para desarticular uma organização que pratica irregularidades junto à administração municipal de Foz do Iguaçu e à Câmara Municipal da cidade, com desvio de recursos públicos e obtenção de vantagens indevidas. São cumpridos 78 mandados judiciais, sendo 20 de prisão preventiva, 8 de prisão temporária, 11 de condução coercitiva e 39 de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados e em empresas supostamente ligadas à quadrilha,  no Paraná (Foz do Iguaçu, Curitiba, Cascavel, Maringá e Pato Branco),  em Pernambuco (Recife) e no Distrito Federal (DF). A investigação aponta que foram verificados prejuízos na ordem de R$ 4,5 milhões somente em algumas obras de pavimentação em Foz do Iguaçu, que passaram por exame pericial pela PF. Não foram contabilizados ainda o prejuízo potencial decorrente da péssima qualidade das obras, o que reduzirá o tempo de vida útil da pavimentação. 

    Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal de Foz do Iguaçu, com base em diversos indícios e depoimentos de delação premiada obtidos ao longo das investigações e das outras quatro fases da Operação Pecúlio, em trabalho conjunto com o Ministério Público Federal (MPF). O nome da operação, Nipoti, é o plural de nipote, substantivo comum de dois gêneros da língua italiana, que significa sobrinhos ou netos, faz menção ao nepotismo, prática de favorecimento de familiares.(Bahia Noticias)

    CONTINUE LENDO


  • Relator quer que Jean Wyllys fique quatro meses suspenso por cuspir em Bolsonaro

    Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

    O deputado Ricardo Izar (PP-SP) quer que Jean Wyllys (PSOL-RJ) fique suspenso do seu mandato por quatro meses, em razão do cuspe que direcionou a Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a votação da admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em abril deste ano. Izar é relator do processo que tramita no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, movido pela Mesa Diretora da Casa, que pediu a suspensão de Wyllys por até seis meses. "Se fosse seguir estritamente o Regime Interno, a pena seria a perda de mandato ou a suspensão por seis meses, mas usei atenuantes. Levei em consideração o fato de que o ato não foi premeditado, além das constantes provocações que Jean Wyllys vem sofrendo aqui na Casa", justificou o progressista, que disse não poder ignorar o ato "reprovável" de quebra do decoro. A leitura do relatório deverá ser concluída na tarde desta quarta-feira (14), já que foi interrompida por causa da Ordem do Dia do plenário da Câmara. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) antecipou que pedirá vista do texto para analisá-lo e outros parlamentares consideram apresentar voto em separado, uma espécie de relatório alternativo. Jean Wyllys não compareceu à reunião, mas seu advogado, Cezar Brito, apresentou três vídeos com agressões verbais de Jair Bolsonaro ao socialista. O advogado alegou que o ato de Wyllys foi uma "defesa da honra" diante da "homofobia reiterada" de Bolsonaro. Britto acrescentou ainda que a denúncia contra o deputado do PSOL se baseou em falsa premissa de premeditação, já que Bolsonaro apresentou um vídeo sugerindo que Wyllys disse ao deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) que iria cuspir em sua cara. Uma perícia feita pela Polícia Civil do Distrito Federal mostrou que, na realidade, Wyllys disse "Eu cuspi na cara do Bolsonaro, Chico". 



  • SENADO APROVA PEC DO TETO DOS GASTOS PÚBLICOS EM SEGUNDO TURNO

    Com 53 votos a favor e 16 contra, o Senado aprovou, em segundo turno, o texto-base da PEC do Teto de Gastos (PEC 55/2016). Não houve abstenção. A PEC estabelece um teto para os gastos públicos para os próximos 20 anos. O texto precisava de 49 votos para obter a aprovação.  Antes, por 46 votos contrários, 13 favoráveis e duas abstenções, foram rejeitados os requerimentos de cancelamento, suspensão e transferência da sessão de votação da PEC 55/2016. Assim que o texto-base da PEC foi aprovado, os senadores analisaram destaques (ou seja, propostas de alteração no texto) apresentados durante a sessão. 

    A expectativa é que a PEC seja promulgada na quinta-feira (15). O texto foi aprovado em primeiro turno em 29 de novembro, por 61 votos a 14. Antes de chegar ao Senado, a PEC foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados. Durante a sessão, a oposição apresentou recursos para evitar que o texto fosse votado hoje. Por 46 votos a 13, e com duas abstenções, foram rejeitados os requerimentos de cancelamento, suspensão e transferência da sessão de votação da proposta para limitar os gastos públicos. Discussão Durante a sessão, senadores discutiram e se dividiram em defesa e crítica a proposta. Segundo os apoiadores da medida, o teto de gastos por 20 anos é necessário para o ajuste fiscal e não vai prejudicar os gastos sociais. Para a oposição, a PEC impedirá investimentos públicos, agravará a recessão e prejudicará principalmente os mais pobres, ao reduzir recursos em áreas como educação e saúde. Um dos defensores foi Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM no Senado. "Não tem mais espaço de discurso bolivariano nessa causa. Levaram o país ao caos", afirmou. Já Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da oposição no Senado, atacou dizendo que a aprovação do texto é como se o Senado estivesse "rasgando a Constituição". "Essa PEC está sendo votada em 13 de dezembro. E 13 de dezembro de 1968 de o dia do AI-5 (ato institucional do regime militar). Estamos rasgando a Constituição e votando esse pacote de maldades contra o Senado. Eleição direta para presidente da República, para ter legitimidade!", disse Lindebergh, que teve o microfone desligado.  Manifestações Desde as primeiras horas da manhã, estudantes, sindicalistas, servidores públicos e vendedores ambulantes se dirigem para a Esplanada dos Ministérios para acompanhar a votação da PEC do Teto. Até às 11h30, o número de manifestantes concentrados no Museu da República e nas proximidades do Congresso Nacional ainda era pequeno, inferior ao de policiais que estão na região para evitar distúrbios. Contrários à PEC, um grupo de 26 estudantes secundaristas de São José dos Pinhais (PR) conversou com a Agência Brasil enquanto descansava sob a sombra de uma árvore e antes da aprovação da proposta. Evitando se identificar, os jovens de 15 a 20 anos contaram ter viajado entre 26 horas e 30 horas de ônibus para marcar participar do protesto. Eles já participaram das ocupações de escolas públicas contra a Medida Provisória que propõe a reforma do Ensino Médio e acreditam que, se aprovada, a PEC 55 trará prejuízos ao ensino e à saúde pública. Uma delegação do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública (SindSaúde) do Estado do Paraná também veio para Brasília para a manifestação. “Consideramos que essa PEC será um retrocesso para os investimentos sociais e queremos que os senadores a retirem da pauta. Se ela passar, hoje, vamos continuar fazendo pressão para evitar que os trabalhadores, principalmente os de menor poder aquisitivo, sejam prejudicados por essa iniciativa”, disse o coordenador-geral da entidade, Manoel Furlan Barbero, antes da aprovação da PEC pelos senadores. Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Weller Pereira Gonçalves, viajou junto com um grupo de 40 pessoas. A maioria já havia estado em Brasília no final de novembro, quando a proposta foi aprovada em primeiro turno. “Infelizmente, achamos que os senadores vão aprovar esta PEC e, fatalmente, vá faltar dinheiro para a saúde e a educação”, disse o sindicalista, criticando também a proposta de reforma da Previdência. “Os últimos governos têm se aliado aos grandes empresários para salvá-los retirando direitos dos trabalhadores, que são quem está sendo chamado a pagar pela crise”, disse Gonçalves. Policiamento Tentando impedir cenas como as registradas no último dia 29, quando houve confrontos entre manifestantes e policiais, depredação de prédios públicos e carros e pessoas ficaram feridas e detidas, a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP) do Distrito Federal montou um esquema especial para hoje.  Cerca de 500 policiais militares estão na Esplanada dos Ministérios desde as primeiras horas da manhã. Mesmo havendo poucos manifestantes no local, os agentes fizeram algumas revistas pessoais e, até às 10h, já tinham recolhido cerca de 100 máscaras ou objetos que os manifestantes poderiam utilizar para esconder o rosto. O tráfego de veículos foi bloqueado nos dois sentidos da Esplanada dos Ministérios e só será liberado duas horas após o fim da manifestação. Até ontem, apenas a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central Sindical Popular (Conlutas) tinham solicitado autorização para fazer atos de protesto. (Correio24horas)

    CONTINUE LENDO


  • Procuradores da Lava Jato consideram Temer um dos principais inimigos do MPF

    Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

    O presidente Michel Temer é visto atualmente como um dos principais adversários do Ministério Público Federal pelos procuradores da Operação Lava Jato. Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, eles avaliam que todas as iniciativas que partiram do Congresso com o objetivo de cercear o trabalho do MP tem a participação do governo Temer nos bastidores. Os procuradores acreditam que sem o apoio do Planalto, os parlamentares não atuariam neste sentido. Um interlocutor dos integrantes da força-tarefa afirma que o que tiver no alcance deles visando “derreter” o governo, será feito. 



  • Polícia Federal indicia Lula, Marisa e Palocci

    A Polícia Federal indiciou, nesta segunda-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-primeira-dama Marisa Letícia e o ex-ministro Antonio Palocci no âmbito da Operação Lava Jato. O indiciamento se deve a dois inquéritos: um sobre a frustrada negociação de compra de um terreno em São Paulo para o Instituto Lula e outro sobre a compra de um apartamento em frente ao que o ex-presidente mora, em São Bernardo do Campo (SP).

    Para a PF, os dois casos envolvem pagamentos de propina da Odebrecht para o ex-presidente e, por isso, foram unificados. O petista já foi alvo de quatro denúncias da Procuradoria-Geral da República e responde a três ações penais, sendo duas no Distrito Federal e uma em Curitiba.

    Lula foi indiciado pelo crime de corrupção passiva, enquanto Marisa, Palocci e mais quatro pessoas - incluindo o ex-advogado de Lula, Roberto Teixeira - foram implicadas por lavagem de dinheiro. As investigações são um desdobramento das apurações envolvendo a atuação do ex-ministro como um dos responsáveis por intermediar os interesses da Odebrecht no governo federal e distribuir propinas ao PT.

    Em relação ao apartamento em São Bernardo do Campo, o imóvel foi alvo de busca e apreensão na 24ª fase da Lava Jato, após o síndico do prédio indicar aos policiais federais que o imóvel pertenceria ao ex-presidente.

    O apartamento teria sido comprado por Glaucos da Costa Marques (também indiciado), primo do pecuarista José Carlos Bumlai, e alugado ao ex-presidente Lula, em um contrato celebrado no nome da ex-primeira-dama. No entanto, de acordo com a investigação, nunca houve qualquer pagamento por parte do ex-presidente, que utiliza o imóvel pelo menos desde 2003.

    Já o terreno que foi cogitado para sediar o Instituto Lula acabou sendo comprado em novembro de 2010 pela DAG Construtora, de um empresário amigo do empreiteiro Marcelo Odebrecht. Registro de 2014 descoberto pela PF indica que em 2012 o imóvel foi vendido da DAG para a Odebrecht.

    “Constam dois valores registrados na matrícula, um de R$ 7,2 milhões relativo a um compromisso de compra e venda e outro de R$ 15 milhões relativo a uma cessão”, diz o laudo da PF. Na planilha “posição Italiano”, referente aos acertos ilícitos da Odebrecht com Palocci, tem uma rubrica específica “Prédio (IL)" associada ao valor de R$ 12.422.000,00.

    Chamou a atenção da PF o fato de que, com a quebra de sigilo da DAG, terem sido identificados os repasses de R$ 800 mil da empresa a Glaucos da Costa Marques e R$ 219,6 mil ao escritório de advocacia de Roberto Teixeira, advogado de Lula e agora também indiciado, “sendo que o valor total se aproxima do valor de R$ 1.034.000,00 lançado na rubrica ‘Prédio (IL)'”, aponta a PF no pedido de prisão de Palocci.

    Apesar da negociação investigada pela PF, o imóvel nunca serviu de sede para o Instituto Lula. O terreno, de 5,2 mil metros quadrados, pertence hoje à Mix Empreendimentos e Participações e foi adquirido da Odebrecht, em 2013, por R$ 12.602.230,16, em 2014, segundo registro.

    Os outros indiciados são o dono da DAG Construtora, Demerval de Souza Gusmão Filho, e Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci.

    O advogado Roberto Teixeira acusa a PF de agir em “retaliação” contra “aqueles que, no exercício do seu dever profissional, contestam e se insurgem contra ilegalidades e arbitrariedades”.

    O advogado de Lula, José Roberto Batochio, afirmou que o inquérito orbita "na esfera do delírio e da falacionidade". (R7)

    CONTINUE LENDO


  • 'A gente não sabia o que estava acontecendo', diz sobrevivente de voo

    Rafael Henzel só quer voltar para Chapecó, cidade onde trabalha, no Oeste catarinense. O jornalista é um dos seis sobreviventes do voo que levava a delegação da Chapecoense. Ele falou ao Fantástico deste domingo (11) sobre o acidente, o primeiro contato com a mulher depois da queda do avião e como está a saúde, após muitas fraturas.

    O acidente
    Naquele 28 de novembro, Rafael embarcava junto com outros colegas da imprensa e a delegação do time para a Colômbia, onde o clube catarinense disputaria o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana.

    Ele sentou em uma poltrona na parte traseira do avião. "Eu estava à direita, no penúltimo banco, no banco do meio". Ao lado dele, estavam Renan Agnolin, repórter na rádio onde Rafael trabalha, e o cinegrafista da RBS TV Djalma Araújo Neto. Ambos não sobreviveram ao acidente.

    "A gente perguntava para os comissários: quanto faltava? Dez minutos. De repente, desligaram as luzes do avião. Desligaram os motores. E aí todo mundo voltou pro seu assento e... colocou o cinto.  A hora em que isso aconteceu causou um certo temor. Mas ninguém, ninguém imaginaria que a gente bateria naquele morro".

    Nada foi avisado aos passageiros, segundo Rafael. "Nenhum segundo alguém da cabine ou comissário falou: 'coloquem os cintos de segurança porque há risco disso ou daquilo'". "Nós ficamos voando... sem saber absolutamente nada do que iria acontecer", completou.

    Ele reparou nos comissários de bordo. "Dois dos sobreviventes estavam trás de mim. Dois bolivianos. Eu reparei que houve uma aflição muito grande. Por parte da comissária que sobreviveu. Ela foi pro lugar dela, ela colocou o cinto de segurança. Eu vi ela muito aflita. E quando ela ficou muito aflita, a aflição tomou conta".

    Apesar disso, Rafael diz não recordar de ter havido pânico no avião. "Um silêncio assim, estarrecedor. A gente não sabia o que estava acontecendo. Até que veio o choque".

    Resgate
    A poucos minutos do pouso, que seria no aeroporto de Medellín, o avião se chocou de barriga com uma montanha. A parte traseira ficou lá. O restante da aeronave foi destruindo tudo pelo caminho, até parar do outro lado do morro. "Eu não lembro da pancada. Foi de repente", disse Rafael.

    Ele só acordou cerca de sete horas depois. "Primeiro achei que era um filme. Achei que era um sonho. E que ia despertar logo desse sonho. Comecei a observar que vinha gente com algumas luzes, os socorristas. E aí eu comecei a gritar. Comecei a chamar por socorro, dizendo que eu estava ali". Rafael não tinha como sair do lugar. "Eu estava preso em duas árvores. E aí com árvores em cima das minhas pernas".

    Os dois colegas da imprensa que estavam ao lado dele no avião continuavam perto dele, mas não respondiam aos chamados de Rafael. "Foi mais impactante ainda porque as duas pessoas que estavam do meu lado... estavam sem vida. 10 centímetros pra cá, 10 centímetros pra lá... o resultado poderia ser bem diferente".

    Com tristeza, ele tentou chamar pelos rapazes. "O momento mais triste pra mim foi ver os dois colegas meus do lado... chamei pelos dois. Lamentei muito. Mas tive que buscar forças, apesar de estar com sete costelas quebradas. Não foi fácil, nada fácil mesmo. Chovia, 12 graus de temperatura. Foi muito íngreme a subida. Não tinha trilha de onde a gente estava. Os socorristas foram fortes".

    Tristeza e revolta
    Depois do acidente, Rafael chegou a ver fotos dos destroços do avião e não sabe como sobreviveu. "Eu imagino duas coisas. Primeiro, que houve um milagre. E, o segundo foi de eu ter despertado no segundo em que os socorristas estavam passando". Ele foi o penúltimo sobrevivente a ser resgatado.

    Além dele e dos dois comissários bolivianos, os jogadores da Chapecoense Alan Ruschel, Jackson Follmann e Neto também sobreviveram. Os quatro brasileiros estão internados no Hospital San Vicente de Rionegro, na Colômbia.

    O jornalista contou que no terceiro dia após ter sido resgatado se deu conta de que quase todos que estavam no avião tinham morrido. "Aí que eu fiquei sabendo mesmo e lamentando terrivelmente uma tragédia pra uma cidade de 220 mil habitantes".

    Ele diz esperar por justiça. Segundo as autoridades colombianas, o avião da LaMia caiu porque não voou com a quantidade necessária de combustível. "O que eu fico mais impressionado é que as pessoas morreram não por uma falha mecânica. As pessoas morreram por uma falta de... discernimento. De um sujeito que, de repente, por uma economia boba... Isso é revoltante".

    Emoção com a família
    Chorando, ele conta como está emocionalmente. "Eu lembro uma passagem que a minha esposa informou. Que, no dia do acidente, apareceram na minha casa pra falar do acidente do avião. Duas pessoas com o nome Rafael estavam no avião. Só que a empresa não informou qual deles tinha falecido. E meu filho de 11 anos batia no peito e dizia que sentia a minha respiração. Isso foi muito forte pra mim".

    Rafael também se emociona ao lembrar do momento em que reencontrou a mulher, Jussara, no hospital. "Eu tenho a imagem gravada. Estava entubado, não podia falar. E aí o médico trouxe a minha esposa e disse: 'olha, tua esposa tá aqui'. Ela pegou na minha mão. Ela falou, 'eu estou aqui. Eu vim te buscar. Porque a gente vai voltar pro Brasil'".

    Ele também se emociona ao falar da vontade de retornar à cidade do Oeste catarinense. "Eu só espero pisar em Chapecó. Quero voltar a pisar. Quero voltar pra casa. Quero voltar a pisar no solo chapecoense".

    "Toda essa troca de carinho com o povo brasileiro que se irmanou com o povo colombiano. Tanto pra mim, pro Follman, Ruschel, Neto. Não podemos reclamar de nada. A gente não pode reclamar em nenhum momento do final do ano. Nós vamos estar juntos com as nossas famílias".

    Estado de saúde
    O médico intensivista da Chapecoense Edson Stakonski falou na tarde deste domingo sobre o estado de saúde de Rafael. “Nós repetimos uma tomografia de tórax hoje [domingo] dele que não mostrou nenhuma evidência de pneumotórax contralateral. O tórax dele está drenado”. O médico ainda deu mais detalhes sobre a recuperação pulmonar do jornalista: “Está conseguindo ventilar em ar ambiente e não está precisando de suporte ventilatório, nem de cateter nasal, nem máscara. Está tranquilo”.

    Transferências
    O primeiro jato-ambulância que vai levar o goleiro Jackson Follmann para São Paulo já voava para a Colômbia na noite deste domingo. Ele deve pousar em Medellín às 2h desta segunda (12) e decolar para o estado paulista às 10h de segunda, sempre horários de Brasília.

    O outro avião-ambulância é da Força Aérea Brasileira e deve sair de Brasília às 4h40 de terça (13), pousar em Medellín às 10h10 e decolar às 11h40. Ele vai levar Rafael Henzel e Alan Ruschel a Chapecó.(G1)

    CONTINUE LENDO


  • À Lava Jato, Odebrecht delata caixa 2 em dinheiro vivo para campanhas de Alckmin

    Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

    Em delação à Operação Lava Jato, a Odebrecht declarou que fez pagamento de caixa dois, em dinheiro vivo, para as campanhas de 2010 e 2014 do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo a Folha, executivos da empresa citaram duas pessoas de convívio do governador que intermediaram a entrega do dinheiro. Os diretores disseram que não conversaram diretamente com o governador paulista. Ainda segundo a delação, cerca de R$ 2 milhões em espécie foram entregues ao empresário Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin. O repasse teria sido feito no escritório de Ribeiro, na capital paulista. Nas eleições de 2010, o tucano se elegeu no primeiro turno com 50,63% dos votos válidos. Já em 2014, o caixa dois para a reeleição de Alckmin teve como um dos operadores o atual secretário de Planejamento do governo paulista, Marcos Monteiro, o MM para funcionários da Odebrecht. Em 2014, Alckmin foi reeleito com 57% dos votos. Ainda segundo a Folha, um dos executivos que delataram o caixa dois ao governador de São Paulo é Carlos Armando Paschoal, o CAP, ex-diretor da Odebrecht em São Paulo. Paschoal, ou CAP,  faz parte do grupo de 77 funcionários da empreiteira que assinaram há duas semanas um acordo de delação premiada com investigadores da Lava Jato. CAP também fez afirmações sobre o suposto repasse de R$ 23 milhões via caixa dois para a campanha do atual ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), em 2010. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indica que não há doações diretas da Odebrecht à conta da candidatura de Alckmin em 2010 e 2014.



  • Pensão por morte: Muda forma de cálculo; valor poderá ser inferior ao salário mínimo

    Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

    Além da aposentadoria, a concessão da pensão por morte também sofre mudanças com a reforma da Previdência, que começou a tramitar nesta segunda-feira (6) na Câmara, na forma da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287. Ao contrário da aposentadoria, o valor da pensão por morte poderá ser inferior ao salário mínimo. O benefício será calculado da seguinte forma: 50% de cota familiar, acrescido de 10% para cada dependente. Deste modo, se o contribuinte recebia R$ 3 mil e tinha dois filhos, o valor da pensão será de R$ 2,1 mil. Quando os filhos atingirem a maioridade, a cota adicional de 10% não se reverte para viúva, de forma que ela passará a receber R$ 1,5 mil. Também não poderá ser acumulado o benefício de aposentadoria e pensão por morte – o beneficiário deve escolher um dos dois para receber. Órfãos de pai e mãe poderão acumular as duas pensões. Para os viúvos com idade inferior a 44 anos não recebem pensão por morte vitalícia, mantendo a mudança realizada em 2015. Cônjuges menores de 21 anos recebem pensão por três anos; entre 21 e 26 anos, por seis; entre 27 e 29 anos, por dez; entre 30 e 40, por 15; e até 43 anos, por vinte anos. (Bahia Noticias)



  • Brasil cai e fica entre os piores paí­ses em ranking mundial de educação

    O resultados do Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), divulgados na manhã desta terça-feira (6), mostram uma queda de pontuação nas três áreas avaliadas: ciências, leitura e matemática. A queda de pontuação também refletiu uma queda do Brasil no ranking mundial: o país ficou na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em matemática.

    A prova é coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi aplicada no ano de 2015 em 70 países e economias, entre 35 membros da OCDE e 35 parceiros, incluindo o Brasil. Ela acontece a cada três anos e oferece um perfil básico de conhecimentos e habilidades dos estudantes, reúne informações sobre variáveis demográficas e sociais de cada país e oferece indicadores de monitoramento dos sistemas de ensino ao longo dos anos.

    Top 5 do Pisa em CIÊNCIAS:

    1. Cingapura: 556 pontos
    2. Japão: 538 pontos
    3. Estônia: 534 pontos
    4. Taipei chinesa: 532 pontos
    5. Finlândia: 531 pontos

    Top 5 do Pisa em LEITURA:

    1. Cingapura: 535 pontos
    2. Hong Kong (China): 527 pontos
    3. Canadá: 527 pontos
    4. Finlândia: 526 pontos
    5. Irlanda: 521 pontos

    Top 5 do Pisa em MATEMÁTICA:

    1. Cingapura: 564 pontos
    2. Hong Kong (China): 548 pontos
    3. Macau (China): 544 pontos
    4. Taipei chinesa: 542 pontos
    5. Japão: 532 pontos

    Especialistas ouvidos pelo G1 afirmam que não há motivos para comemorar os resultados do país no Pisa 2015, e afirmaram que, além de investir dinheiro na educação de uma forma mais inteligente, uma das prioridades deve ser a formação e a valorização do professor. "Questões como formação de professores, Base Nacional Comum e conectividade são estratégicas e podem fazer o Brasil virar esse jogo", afirmou Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann.

    "É fundamental rever os cursos de formação inicial e continuada, de maneira que os docentes estejam realmente preparados para os desafios da sala de aula (pesquisas mostram que os próprios professores demandam esse melhor preparo)", disse Ricardo Falzetta, gerente de conteúdo do Movimento Todos pela Educação.

    Para Mozart Neves Ramos, diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, parte da solução "passa também em superar a baixa atratividade dos jovens brasileiros pela carreira do magistério, ao contrário do que ocorre nos países que estão no topo do ranking mundial do Pisa. Nesses países, ser professor é sinônimo de prestígio social".

    Participação do Brasil

    No país, a prova fica sob responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A amostra brasileira contou com 23.141 estudantes de 841 escolas, que representam uma cobertura de 73% dos estudantes de 15 anos.

    Em cada edição, o Pisa dá ênfase a uma das três áreas. Na deste ano, o foco foi ciências. Em 2015, a nota do país em ciências caiu de 405, na edição anterior, de 2012, para 401; em leitura, o desempenho do Brasil caiu de 410 para 407; já em matemática, a pontuação dos alunos brasileiros caiu de 391 para 377. Cingapura foi o país que ocupou a primeira colocação nas três áreas (556 pontos em ciências, 535 em leitura e 564 em matemática).

    Segundo o Inep, não existem "evidências empíricas" para afirmar que houve "diferenças estatisticamente significativas" entre a pontuação dos estudantes brasileiros nas três áreas do Pisa entre 2015 e as três últimas edições da prova (2012, 2009 e 2006).

    De acordo com os dados, os resultados dos estudantes em ciências e leitura são distribuídos em uma escala de sete níveis de proficiência (1b, 1a, 2, 3, 4, 5 e 6). Em matemática, a escala vai de 1 a 6. De acordo com a OCDE, o nível mínimo esperado é o nível 2, considerado básico para "a aprendizagem e a participação plena na vida social, econômica e cívica das sociedades modernas em um mundo globalizado".(G1)

    CONTINUE LENDO


  • Petrobras anuncia aumento do diesel e da gasolina

    Foto: Fabiano Neves / Destaquebahia.com.br

    A Petrobras anunciou na segunda-feira, aumento do preço do diesel nas refinarias em 9,5%, em média, e da gasolina em 8,1%, com vigência a partir de amanhã (06). Se o ajuste feito hoje for integralmente repassado pelos outros integrantes da cadeia do petróleo, sem alteração das demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel pode subir 5,5% ou cerca de R$ 0,17 por litro, e a gasolina 3,4%, ou R$ 0,12 por litro.

    Segundo a estatal, seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP se reuniu hoje e, de acordo com a política de preços anunciada pela Petrobras em outubro, decidiu pelo reajuste. “As principais variáveis que explicam a decisão do Grupo Executivo são o aumento observado nos preços do petróleo e derivados e desvalorização da taxa de câmbio no período recente. Por outro lado, a participação da Petrobras no mercado interno de diesel registrou pequenos sinais de recuperação”, informa a companhia.

    A estatal reafirma a sua política de revisão de preços pelos menos uma vez a cada 30 dias, o que lhe dá a “flexibilidade necessária para lidar com variáveis cuja volatilidade vem aumentando recentemente”. A empresa ressalta ainda que, como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas por ela nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor.

    “Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de petróleo, especialmente distribuidoras e postos de combustíveis.”  (Estadão Conteúdo)

    CONTINUE LENDO


  • Elize Matsunaga é condenada a 19 anos, 11 meses e 1 dia de reclusão por matar e esquartejar o marido

    Após sete dias de julgamento, Elize Matsunaga foi condenada a 19 anos, 11 meses e 1 dia de prisão em regime fechado por matar e esquartejar o marido Marcos Matsunaga, diretor e herdeiro da Yoki. O júri começou no último dia 28 no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste da capital, e só terminou na madrugada desta segunda-feira (5).

    Elize, presa em Tremembé desde junho de 2012, era acusada de homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel), além de destruição e ocultação de cadáver. Ela foi condenada apenas pela qualificadora de impossibilidade de defesa da vítima e por ter esquartejado o corpo.

    De acordo com as investigações, ela suspeitava que o marido estivesse tendo um caso e contratou um detetive particular para segui-lo. Segundo a versão dela, o marido foi morto com um tiro na cabeça após uma discussão na qual ela teria sido agredida. Porém, para o Ministério Público, Elize teria matado por dinheiro e teria premeditado o crime.

    Durante o interrogatório, Elize contou detalhes do que teria acontecido na noite em que matou o marido. Ela desconfiava que Marcos estava tendo um relacionamento com outra mulher e contratou um detetive para segui-lo enquanto ela viajou para o Paraná com a filha do casal, então com um ano. Na volta, diante do que ela chamou de "mais uma mentira", Elize acabou confrontando o empresário durante o jantar.

    Depois disso, segundo Elize, ela foi para outro cômodo da casa e pegou uma arma que o casal deixava guardada, mas se arrependeu. Ela ouviu que Marcos estava vindo em sua direção e ficou assustada.

     

    — Eu não esperava isso dele, eu fiquei com medo. Eu queria que ele parasse. Ele me viu armada e eu apontei a arma para ele. Ele estava me xingando, ele não parou, continuou andando. Ficou surpreso [quando me viu com a arma] e começou a rir, falou que eu não tinha coragem de atirar. Falou que eu era uma p***, para eu ir embora com minha família de b**** para o Paraná e deixar minha filha aqui. Quando falou que eu não ia mais ver minha filha eu não aguentei. E eu disparei. Na hora eu estava com o coração na garganta.

    Após o crime, ela disse que não sabia o que fazer com o corpo e decidiu esquartejá-lo. Elize contou ter arrastado o corpo do marido para um quarto de hóspedes, limpou o rastro de sangue que ficou no corredor e iniciou o esquartejamento na manhã seguinte.

    Na sequência, ela colocou as malas no seu carro e continuou com o plano para esconder as partes do cadáver. Elize começou a dirigir sentido Paraná para deixar os sacos em algum mato, mas mudou de ideia. Foi quando ela dirigiu até a região de Cotia, na Grande São Paulo, e espalhou os sacos plásticos com as partes do cadáver, despejou as malas numa caçamba e retornou para casa. O corpo de Marcos foi encontrado cerca de uma semana após o desaparecimento.

    Elize confessou o crime e disse ter agido sozinha — informação contestada pela acusação que acredita que ela teve ajuda para se livrar do corpo. Um laudo indica que os cortes foram realizados por pessoas diferentes e foi encontrado material genético de um homem que não era Marcos no apartamento. A possibilidade de uma segunda pessoa ter ajudado na ocultação de cadáver é apurada em outro inquérito. (Fonte: R7)

    CONTINUE LENDO


  • Homenagens marcam velório coletivo de 50 vítimas na Arena Condá

    Militares levam caixão de vítima para a Arena Condá (Foto: AFP/Divulgação)

    O velório coletivo de 50 das 71 vítimas do acidente aéreo com a delegação da Chapecoense foi marcado por homenagens na Arena Condá, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. A cerimônia durou cerca de duas horas. Permaneceram em Chapecó para serem velados 16 corpos das vítimas do acidente aéreo.

    Os corpos chegaram por volta das 12h30 deste sábado (3) em meio a emoção de familiares, amigos e torcedores do clube. O presidente Michel Temer acompanhou a cerimônia, mas não se pronunciou. Um bispo leu uma mensagem do Papa Francisco.

    Os caminhões com os caixões saíram do aeroporto às 11h14 e percorreram cerca de 10 quilômetros por aproximadamente uma hora. O público nas arquibancadas da Arena Condá aplaudia, um a um, cada caixão carregado por militares na chegada para o velório coletivo no estádio da Chapecoense. Na área coberta montada sobre o gramado, reservada aos familiares e pessoas próximas, os caixões foram depositados.

    Às 13h25, todos as urnas haviam sido levadas à área coberta. Às 13h28, a cerimônia começou na Arena Condá, com participação do apresentador Mário Motta. Em seguida, foram executados os hinos brasileiro e da Chapecoense, pela banda da Polícia Militar.

    Depois, às 13h38, falou na Arena Condá o presidente em exercício da Chapecoense, Ivan Tozzo. Em seguida, discursou o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon. Antes de falar, ele colocou uma camisa do time Atlético Nacional, que jogaria com o clube catarinense na final da Copa Sul-Americana.

    O próximo a falar foi o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David de Nes Filho. Crianças levaram para o campo da Arena Condá as bandeiras do Brasil, da Colômbia, de Santa Catarina, de Chapecó e da Chapecoense.

    O apresentador Cid Moreira leu uma passagem bíblica no estádio Condá e foi aplaudido pela multidão. Depois, o bispo da arquidiocese de Chapecó, Dom Odellir José Magri, leu uma  mensagem do Papa Francisco. "Consternado pela trágica notícia do acidente aéreo na Colômbia que causou numerosas vítimas, o Papa pede que transmita suas condolências e sua participação na dor de todos os enlutados", declarou o pontífice.

    No ato final da cerimônia em homenagem aos atletas, os dirigentes do time entregaram uma placa ao técnico do Atlético Nacional e ao embaixador da Colômbia no Brasil. O presidente Michel Temer deixou o estádio Condá sem discursar, enquanto a torcida gritava  "Vamo, Vamo, Chape", grito comum durante os jogos.

    Participaram do ato várias personalidades do futebol, como o presidente da Fifa, Gianni Infantino, o secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Walter Feldman, o técnico da seleção brasileira, Tite, e os jogadores Seedorf e Puyol. Fonte: G1.

    CONTINUE LENDO


  • Corpos de vítimas de voo da Chapecoense serão trazidos nesta sexta para o Brasil

    Caixões dos jogadores da equipe da Chapecoense e de outras vítimas da tragédia são vistos em Medellín, na Colômbia (Foto: Raul Arboleda/AFP)

    Os corpos de 70 vítimas do acidente aéreo na Colômbia, a maioria de jogadores e integrantes da comissão técnica da Chapecoense, iniciarão nesta sexta-feira (2) a viagem de volta para casa. No acidente, morreram 71 pessoas e seis sobreviveram.Às 8h locais (11h de Brasília) deve decolar do aeroporto José María Córdova de Rionegro, que serve a região de Medellín, em um voo comercial da Avianca o corpo de um cidadão venezuelano que morreu na queda da aeronave da companhia LaMia, de matrícula boliviana, na madrugada de terça-feira em uma zona remota a 50 quilômetros da segunda maior cidade da Colômbia.

    Uma hora depois, um Hércules da Força Aérea Boliviana vai decolar da base militar de Rionegro com os corpos de cinco cidadãos do país.

    Às 16h (19h de Brasília) terá início o traslado, em três voos diferentes, de 50 brasileiros falecidos. No mesmo horário devem decolar, em voos privados, para o Brasil os corpos de 14 jornalistas que viajavam no avião da Chapecoense para cobrir a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional.

    "O que mais queremos agora é voltar para casa, levar para nossa casa os nossos amigos e irmãos, porque a espera é a pior coisa que existe", disse Roberto Di Marche, primo do dirigente Nilson Folle Júnior, que morreu na tragédia que comoveu o planeta.

    O corpo de um cidadão paraguaio foi o primeiro a deixar a Colômbia, na quinta-feira em um voo comercial da Avianca.

    Os cadáveres dos 71 mortos foram preparados para a repatriação por quatro funerárias de Medellín durante quase dois dias.

    A cidade de Chapecó, Santa Catarina, se prepara para um grande velório em seu estádio, a Arena Condá, previsto para sábado.

    O local tem capacidade para 19 mil espectadores. O clube vai instalar telões nas proximidades do estádio porque as autoridades calculam a presença de quase 100 mil pessoas no funeral.

    Os corpos serão levados de Medellín para Rionegro - onde estão internados em diferentes clínicas os seis sobreviventes da tragédia - em 35 carros fúnebres.

    "Fizemos um grande esforço para que em breve estejam com suas famílias", afirmou Juan Tavera, gerente de uma das funerárias responsáveis por preparar os corpos.

    Na quinta-feira à noite foi celebrada uma missa organizada pela Funerária San Vicente, a principal de Medellín, em homenagem aos mortos. Parentes das vítimas compareceram à cerimônia.

    As autoridades colombianas, em coordenação com especialistas estrangeiros, prosseguem com a investigação, que aponta para a falta de combustível da aeronave. Mas as conclusões finais podem demorar até seis meses.

    O governo boliviano suspendeu na quinta-feira a licença da companhia Lamia e destituiu altos funcionários do setor de controle aéreo do país.

    O representante da Lamia Gustavo Vargas afirmou que a aeronave não cumpriu o plano de reabastecimento em Cobija, cidade boliviana na fronteira com o Brasil, ou em Bogotá.O acidente cortou as aspirações da modesta Chapecoense, clube fundado há 43 anos e que teve uma ascensão meteórica desde 2009, subindo da série D do futebol brasileiro até a série A em poucos anos, antes de alcançar a final da Copa Sul-Americana, o segundo torneio continental mais importante.(G1)

    CONTINUE LENDO


  • Absolvido em segunda instância, ex-diretor da OAS perdeu emprego e casamento após prisão

    Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

    Absolvido após ter sido preso pela Operação Lava Jato, o ex-diretor da OAS, Mateus Coutinho de Sá, enfrentou diversos problemas por conta da prisão, que após o seu julgamento, no último dia 23, mostrou-se indevida. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, ele perdeu o emprego e o casamento em decorrência da prisão e apresentou sintomas de depressão durante o período em que ficou detido, entre 14 de novembro de 2014 e 28 de abril de 2015, quando os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que ele poderia responder ao processo em prisão domiciliar. Os desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região o absolveram por considerar que não havia provas de que ele havia cometido os crimes pelos quais foi condenado pelo juiz Sérgio Moro: corrupção, lavagem de dinheiro e pertencer a uma organização criminosa. Coutinho é pai de uma menina pequena, e ao ser preso, chegou a dizer à esposa para não leva-la para as visitas e evitar desgastes, por acreditar que não ficaria detido por muito tempo. Os companheiros de cela, na qual ele dormia em um colchão no chão, por ser o mais novo no espaço, relata que ele era simpático, sociável e equilibrado, mas que reclamava continuamente da saudade que sentia e ficava deprimido quando lembrava-se da criança. Após os pedidos de liberdade caírem, decidiu receber a filha nas visitas. "Eu lamento muito que ele tenha passado o tempo que passou numa prisão", diz o advogado Juliano Breda. "Nenhum dos delatores da Lava Jato tinha dito que Coutinho praticou qualquer tipo de crime. Ele não tinha absolutamente nada a ver com qualquer esquema."



  • Prefeito de Chapecó e dirigente da Chape estavam na lista, mas não embarcaram

    O presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio Arlindo de Nes, e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, estavam na lista do vôo que levou a equipe da Chapecoense para a Colômbia. Entretanto, os dois não conseguiram embarcar na conexão em São Paulo e não estiveram presentes na tragédia do avião que caiu em solo internacional. “Nós estávamos na primeira lista, mas não conseguimos pegar o voo aqui em São Paulo por questões profissionais e iriamos em um voo de carreira”, disse Buglion em entrevista à Tv Globo. “Montamos um comitê na prefeitura para centralizar as notícias e vamos entrar em contato com o presidente da República para conseguir um traslado digno para os corpos. Eu ainda vou para a Colômbia para conduzir os trabalhos desta triste tragédia com uma equipe que dignificou tanto a cidade”, completou. Muito abalado, Plínio Arlindo falou sobre a tragédia. “Este grupo de atletas e direção não era um grupo de respeito e trabalho, era um grupo familiar. E ontem, quando estavam embarcando, eles disseram que iam em busca do sonho. E o sonho acabou nesta madrugada.”



Estamos nas redes sociais