• Polícia Federal cumpre mandados da Operação Carne Fraca em cinco estados

    A Polícia Federal cumpre 91 ordens judiciais da Operação Carne Fraca, em São Paulo, e em outros quatro estados: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás. São 11 mandados de prisão temporária, 27 mandados de condução coercitiva e 53 mandados de busca e apreensão. Esta é a terceira fase da Carne Fraca e recebeu o nome de "Operação Trapaça". Segundo a agência de notícias Reuters, uma fonte com conhecimento da operação disse que o alvo principal da ação é a gigante alimentícia BRF, maior exportadora de carne de frango do mundo.

     

    Segundo a Polícia Federal, as investigações mostraram que cinco laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura e setores de análise de determinado grupo fraudavam os resultados dos exames de amostras do processo industrial. O objetivo era burlar a inspeção e, assim, impedir a fiscalização do ministério sobre a qualidade do processo industrial da empresa investigada.

    A Polícia Federal argumenta que as fraudes tinham a anuência de executivos da companhia, além do corpo técnico e de profissionais que respondiam pela qualidade dos produtos da empresa.

    Também foram constatadas manobras extrajudiciais, operadas pelos executivos do grupo, com o fim de acobertar a prática desses ilícitos ao longo das investigações.

    O nome dado à fase é uma alusão ao sistema de fraudes operadas por um grupo empresarial do ramo alimentício e por laboratórios de análises de alimentos a ele vinculados. 

    Os investigados poderão responder, dentre outros, pelos crimes de falsidade documental, estelionato qualificado e formação de quadrilha ou bando, além de crimes contra a saúde pública.

    A Carne Fraca investiga suposto esquema de corrupção e indicações políticas envolvendo frigoríficos brasileiros. A primeira fase da operação foi deflagrada em março do ano passado.

    Segundo o jornal "Valor Econômico", a operação desta segunda-feira acontece a partir de informações repassadas aos investigadores por Daniel Gonçalves Filho, acusado de ser o chefe de um esquema de corrupção no Ministério da Agricultura no Paraná.

    Gonçalves Filho fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República, que foi homologado em 19 de dezembro de 2017 pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal.(Agência O Globo )




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