• Coronel Alfredo Castro, assaltado na Orla da Boca do Rio na manhã desta quarta-feira / Bocão News / Foto: Reprodução

    Após a chegada da informação de que o comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Alfredo Castro, foi assaltado na Orla da Boca do Rio na manhã desta quarta-feira, políticos baianos criticaram o Governo do Estado e também lamentaram a situação, que supostamente revelaria a falência da Segurança Pública no estado.
     
    De acordo com o vereador Soldado Prisco (PSBD), ex-policial engajado nas reivindicações da tropa, trata-se do ato definitivo que mostra a quantas anda o plano do governo para com a segurança do cidadão. Prisco lembrou que, além do assalto ao coronel Castro, o dia também foi de assalto ao Shopping Iguatemi e de assalto a banco com cortes na cidade de Mucugê, na Chapada Diamantina.
     
    “A culpa é do Governo do Estado. Isto vem a revelar a necessidade imediata de tudo aquilo que defendemos, que é o aumento do efetivo, das condições de trabalho da corporação. A bandidagem está deitando e rolando. E com o que o governo está preocupado? Em eleger o candidato em 2014”, criticou.
     
    O tucano alegou também que é chegado o momento em que o Estado baiano deve, afinal, assumir a segurança como prioridade de governo. O vereador lembrou que o fato é simbólico e leva o cidadão a pensar que se o comandante da PM não está  salvo, ninguém estará. “Não sou de oposição por oposição. Sou porque quero a melhor segurança pública para os nossos filhos. As pessoas que perdem a vida nestes assaltos não terão elas devolvidas”.
     
    Já o deputado Federal Lúcio Vieira Lima (PDMB), bastante surpreso, disse lamentar o fato e também lembrou que o coronel não é a primeira vítima da bandidagem nos últimos tempos. Ele lembrou assaltos recentes ao secretário municipal de Urbanismo e Transportes, José Carlos Aleluia, à deputada federal Alice Portugal (PCdoB). O parlamentar garantiu que levaria o fato à tribuna da Câmara na noite desta quarta.
     
    Ele clamou, por outro lado, que é importante que ocorra sequelas da violência com as autoridades para que haja, afinal, uma mudança de paradigma que torne a segurança pública uma prioridade. “Isto chama a atenção para que as autoridades olhem melhor esta situação, olhe pelos mais humildes, aqueles que moram em localidades menos policiadas e garantam segurança a estas pessoas”, avaliou.
     
    O deputado estadual e vice-presidente da Comissão de Segurança e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, Carlos Gaban (DEM), resumiu a situação como o momento em que o Estado é vítima do que a população já sente na pele há tempos. Para o demista, a gestão não aplica recursos nem dispensa compromisso real com a pasta da segurança e que desvaloriza a tropa, em movimento conjunto que culmina na atual situação de caos.
     
    “O governador é o grande culpado, pois não tem investimento na segurança pública. O que foi gasto em 2013 em segurança até o mês de outubro é 20,6% do orçamento (previsto para a pasta) do ano. O governo pode até estar quebrado, mas mesmo assim prefere gastar com política aumentando o número de secretarias para 31 ao invés de investir em equipamento e valorização salarial”, disparou.




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