• Ministro recebeu recursos do Petrolão em troca de favores para OAS, diz Janot

    Foto: José Cruz / Agência Brasil

    O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, recebeu recursos desviados pelo esquema da Petrobras em troca de favores para a empreiteira OAS. A afirmação foi feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Parte dos recursos teria abastecido a campanha do atual ministro ao governo do Rio Grande do Norte em 2014. A negociação teria envolvido também o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-presidente da empreiteira, Léo Pinheiro. De acordo com a Folha, as afirmações da PGR estão no pedido de abertura de inquérito para investigar os três, enviado no fim de abril ao STF e mantido em sigilo ainda hoje. O mesmo pedido cita o presidente interino Michel Temer (PMDB) e outros dois ministros do seu governo.

     As suspeitas são de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro. Esta é a primeira vez que Janot associa os repassses feitos para Alves aos desvios investigados pela Operação Lava Jato. Mensagens apreendidas no celular de Pinheiro indicam que Cunha teria recebido valores indevidos em forma de doações oficiais por ter atuado em favor das empreiteiras, assim como Henrique Alves. Entre 10 e 23 de outubro de 2014, houve pelo menos oito pedidos de recursos para o ministro, feitos por Cunha a Pinheiro, e cobranças diretas do próprio ministro ao empresário. A PGR diz que Alves prometeu ao comando da OAS atuar junto ao Tribunal de Contas da União e ao Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte, onde a OAS tinha pendências. No pedido de inquérito também é mencionado o presidente interino Michel Temer, o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Moreira Franco (secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimento). Janot faz referências à doação de R$ 5 milhões que Pinheiro teria feito a Temer e diz que o pagamento tem ligação com a obtenção da concessão do aeroporto de Guarulhos, atualmente com a OAS. Apesar da citação, o procurador-geral não pede que sejam investigados os fatos relacionados a Temer, tampouco diz se entrarão no objeto do inquérito.(Fonte:Bahia Notícia).




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