A medida vinha sendo discutida entre o Comando Militar do Leste (CML) e as forças de segurança. Pesou a convicção de que a favela se encontra estabilizada. Isso possibilitaria que os 950 oficiais e praças se retirassem, segundo Jungmann disse ao Estado.

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“Apreendemos uma enorme quantidade de drogas, armas, granadas e muitas pessoas foram presas”, afirmou ele. “Também soubemos que os principais líderes do tráfico na Rocinha foram para outras comunidades. Consideramos assim por bem retirar as tropas.” Jungmann declarou que a retirada total das tropas deve ser feita em um só dia. “Mas montamos um esquema pelo qual em duas horas, se houver algum problema na Rocinha e formos acionados, poderemos voltar”, afirmou.

Mais cedo, o porta-voz do CML, coronel Roberto Itamar, afirmara que as Forças Armadas poderiam sair a “qualquer momento” da Rocinha. De acordo com o coronel, todos os dias era avaliada essa possibilidade, “na medida em que a situação já está sendo normalizada”.

As conversas envolviam representantes de todas as forças que participam da operação integrada. “O papel das Forças Armadas é ajudar na normalidade. A partir daí, as forças de segurança reassumem no dia a dia. Segue a vida”, afirmou Itamar ao Estado.(O Estadão)

Na Rocinha, teme-se que, com a saída das Forças Armadas, o conflito pelo domínio da favela recomece. É possível que os bandos ligados a Rogério 157 e ao seu rival, Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, preso no presídio federal de Rondônia, retomem os choques armados pelo domínio da região.

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