Uma autoridade da polícia de Manila, capital das Filipinas de onde Danley partiu, e um oficial dos Estados Unidos disseram que a mulher, de 62 anos, foi recebida por agentes do FBI, segundo informações da agência de notícias Reuters. A fonte americana revelou que Marilou não foi presa, mas que o FBI espera que ela aceite ser interrogada voluntariamente.

À agência de notícias EFE, as autoridades filipinas divulgaram que Danley estava há pelo menos 15 dias fora dos Estados Unidos quando ocorreu o ataque em Las Vegas. Um porta-voz do Escritório de Imigração do país disse que ela chegou a Manila no dia 15 de setembro, em um voo da Japan Airlines procedente de Tóquio. Durante sua estadia na Ásia, Marilou fez uma viagem de curta duração a Hong Kong, de onde retornou para a capital filipina.

De origem filipina e nacionalidade australiana, Danley foi inicialmente considerada “suspeita” logo após o ataque a tiros em Las Vegas, mas sua participação no caso é pouco provável, de acordo com as autoridades. Uma transferência de 100 mil dólares feita por Paddock a uma conta nas 

Filipinas fez com que o seu nome voltasse a ficar em evidência. O porta-voz da Polícia Federal filipina, Nick Suárez, disse à EFE que “por enquanto, não podemos confirmar o destinatário da transferência”. O oficial desmentiu informações que afirmam que a conta que recebeu o montante está no nome de Marilou.

“Ela não sabe de nada”

Em entrevista ao canal australiano 7 News,  irmãs de Marilou Danley afirmaram que Paddock incentivou a namorada a deixar os Estados Unidos antes que o ataque fosse realizado. “Sei que, assim como nós, ela não sabe de nada. Ela foi mandada para longe para que não estivesse lá para interferir nos planos dele”, falou uma das irmãs, que não teve sua identidade revelada pela emissora. “Por esse lado, eu agradeço a ele por poupar a vida da minha irmã”, disse.

Uma outra irmã revelou que a viagem para as Filipinas foi uma surpresa para Marilou. “Ela não sabia que iria viajar até Steve falar, ‘Marilou, encontrei uma passagem barata para as Filipinas”. A familiar disse que a irmã “era realmente apaixonada por Steve”. “Se ela estivesse lá, talvez isso tudo não tivesse acontecido, porque ela não deixaria acontecer”, comentou.

“Sem respostas”

Em entrevista coletiva nesta terça-feira, Kevin McMahill, vice-prefeito do condado de Las Vegas, reconheceu que as autoridades têm ainda “mais perguntas” que respostas sobre os motivos que levaram Paddock a realizar o ataque. As autoridades revelaram que foram apreendidas 47 armas de fogo em três localizações diferentes frequentadas pelo atirador – o hotel Mandalay Bay e duas residências. Elas foram adquiridas em quatro estados diferentes.

(Com EFE e Reuters)

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