Em uma ação coordenada em grande escala, o VPNFilter poderia inutilizar a conexão à Internet em bairros ou cidades inteiras, dada a grande quantidade de marcas afetadas. O FBI enumerou em uma lista os equipamentos vulneráveis, mas ressalvou que isso não significa que todos os aparelhos na lista estejam afetados ou sejam suscetíveis a isso. Ela inclui fabricantes como Netgear, TP-Link e Linksys, mas pode haver muitos outros. O que fazer em todo caso? As autoridades recomendam algo muito simples: reiniciar o roteador (desligá-lo da tomada e voltar a conectá-lo); com esse passo se inutilizaria o malware na maioria dos casos, embora tampouco haja garantias disso.

Os especialistas da Cisco, empresa que teria detectado o ataque inicialmente, vão além recomendações: resetar o dispositivo para a configuração de fábrica, assegurando-se de que não há rastro do malware. Esta medida é mais definitiva, mas pouco recomendável para quem não tem um conhecimento elevado nesse tipo de equipamento, já que nos obriga a configurar o roteador internamente (a grande maioria dos roteadores é entregue pelo provedor de Internet e vem configurada de fábrica). Uma medida adicional e que sempre é recomendável: alterar a senha do painel de controle que dá acesso ao roteador. Os especialistas recomendam, do mesmo modo, assegurar-se de que o roteador já usa a última versão do firmware (cabe esperar que os fabricantes puseram mãos à obra para conter o problema).

Especialistas consultados pelo EL PAÍS qualificam a recomendação de reiniciar o roteador como “desesperada”, mas a medida não soluciona o problema de fundo: “Reiniciar um roteador pode devolvê-lo a um estado prévio ao da sua infecção, mas não o protege contra uma nova”, explica Fernando Suárez, vice-presidente do Conselho Geral de Colégios de Engenharia Informática da Espanha. O roteador é sempre um dispositivo “mais vulnerável”, segundo esse especialista, já que geralmente é comercializado com a configuração de fábrica, “e em ambientes pequenos não são protegidos com ferramentas como antivírus”.(EL PAÍS )

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