Poucas horas depois, a agência estatal iraniana Irna minimizou as mensagens de Trump, descrevendo-as como uma reação passiva aos comentários de Rohani.

A agência, porta-voz do governo do Irã, acrescentou nesta segunda-feira que a mensagem de Trump está apenas imitando o ministro iraniano do Exterior, Mohammad Javad Yarif, que no passado alertara o Ocidente para "nunca ameaçar um iraniano".

No domingo, Rohani alertou Trump para "não brincar com fogo" e garantiu que um conflito com o Irã seria a "mãe de todas as guerras".

Ele ressaltou que o Irã responderá a ameaças "com ameaças" e não vai se intimidar, segundo discurso publicado no site da presidência iraniana. Ele também voltou a afirmar que Teerã pode bloquear as rotas para exportação de petróleo no Golfo Pérsico em represália à decisão dos EUA de abandonar o acordo nuclear multilateral de 2015 com o Irã e impor novas sanções a Teerã.

As sanções entrarão em vigor em agosto e ameaçam afetar a já enfraquecida economia iraniana. A medida pretende atingir o Irã em duas frentes: seus programas de mísseis balísticos e sua influência regional.

Já durante visitas à Suíça e à Áustria, no começo do mês, Rohani advertira que o Irã pode fechar o Estreito de Ormuz, principal rota para as exportações de petróleo da região do Golfo.

A troca de mensagens acaloradas com países em disputa com os EUA faz parte do histórico de Trump.

A disputa retórica lembra a troca de mensagens entre Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, antes de as tensões terem dado lugar a uma aproximação inesperada com a Coreia do Norte.

Também no domingo, o secretário de Estado Mike Pompeo havia afirmado que Washington não tinha medo de impor sanções "do mais alto nível" ao regime de Teerã.

Num discurso perante a diáspora iraniana na Califórnia, Pompeo confirmou que Washington quer que todos os países reduzam suas importações de petróleo iraniano até "perto de zero", até o início de novembro. Caso contrário, esses países enfrentariam sanções dos EUA.(dw.com )

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