A nova investigação sobre a Alerj tem como uma de suas bases a delação premiada do economista Carlos Miranda, espécie de gerente da propina arrecadada por Cabral. Ele era o responsável por administrar todos os recursos ilegais obtidos pelo emedebista.

São alvos da operação os deputados André Corrêa (DEM), Marcos Abrahão (Avante), Neskau (PTB), Luiz Martins (PDT), Chiquinho da Mangueira (PSC), todos reeleitos este ano, além de coronel Jairo (Solidariedade) e Marcelo Simão (PP), que não conseguiram renovar seus mandatos.

O colaborador do Ministério Público Federal indicou que um grupo de políticos recebiam dinheiro de Cabral em troca de apoio parlamentar. Arquivos entregues pelos doleiros Vinicius Claret e Cláudio Barboza, que operacionalizavam parte da propina de Cabral, corroboraram as informações do economista.

Há quase um ano, a Operação Cadeia Velha prendeu a cúpula do MDB na Assembleia Legislativa. Foram alvos o então presidente da Casa, Jorge Picciani, o ex-presidente Paulo Mello, e o líder do governo Edson Albertassi. Todos foram acusados de receber propina de donos de empresas de ônibus.

Os três permanecem presos -Picciani, em domiciliar, em razão de problemas de saúde.

Os juízes federais do TRF-2 decidiram pelas prisões em sessão secreta no último dia 25. O procedimento difere da Cadeia Velha, quando o relator do caso no TRF-2, Abel Gomes, deferiu monocraticamente mandados de busca e apreensão e intimação dos três deputados. As prisões só foram decididas pelo colegiado após a deflagração da operação.

O nome da operação, Furna da Onça, faz referência a uma sala nos fundos do plenário da Alerj onde deputados costumam se reunir reservadamente. Com informações da Folhapress.

CONTINUE LENDO