O caso foi encaminhado ao Serviço de Inteligência pelo delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes Almeida. As denúncias de vítimas de abuso sexual começaram a ser apresentadas em outubro passado à Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), que abriu o inquérito. O caso é considerado complexo.

“As mulheres serão ouvidas pela Polícia Civil para que possamos buscar as provas necessárias para investigar com imparcialidade e com eficiência”, afirmou o delegado Almeida ao Correio.

No programa Conversa com Bial, as entrevistadas mencionaram ataques semelhantes sofridos de João de Deus. Entre eles, sua insistência para que elas tocassem seu pênis, dizendo ser um método de “limpeza”. A coreógrafa holandesa Zahira Leeneke Maus foi a única a se identificar ao relatar o abuso sofrido. As vítimas buscavam a ajuda do médium para solucionar problemas de saúde e, em quase todos os casos, há relatos de medo sobre as consequências de não seguir as exigências do médium.

João de Deus construiu, ao longo de 42 anos, fama e admiração no Brasil e no exterior. As romarias a Abadiânia, onde concentra suas atividades e reside, respondem por boa parte da economia local. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a apresentadora Xuxa e o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso são algumas das personalidades nacionais a ter buscado a atenção do médium. Do exterior, a apresentadora americana Oprah Winfrey, foi uma das celebridades atendidas por ele.(VEJA.com)

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