Segundo Rita de Cássia, a negativa familiar e o desconhecimento da sociedade sobre o processo de doação são alguns dos principais obstáculos para o aumento no número de transplantes. “Por não conhecerem como se dá a doação, muitas famílias negam, mas com o trabalho de conscientização que estamos desenvolvendo, conseguimos reduzir o índice de negativa de 70% para 54%”, comemora Rita de Cássia, acrescentando que somente no ano passado, foram capacitados mais de 180 médicos no interior do estado, para que atuem no acolhimento às famílias de potenciais doadores e, com isso, reduzir o número de negativas à doação.

Com o trabalho de que vem sendo feito junto aos profissionais de saúde, a coordenadora do Sistema Estadual de Transplante que “teremos um impacto muito grande no número de doações”. Rita de Cássia comenta ainda que esse ano, foram pela primeira vez efetivadas doações de múltiplos órgãos no Hospital Municipal de Salvador e no Hospital Dantas Bião, em Alagoinhas.

Também os tipos de transplantes realizados aumentaram na Bahia. Até 2006, eram feitos apenas transplante de córnea, fígado e rim. Atualmente, além desses três, a Bahia tem equipes credenciadas para transplante de medula, pulmão e coração. “Lançamos uma política de atenção integral ao paciente e ao doador, criamos uma política de incentivo para que as equipes médicas pudessem ser remuneradas de forma mais adequada. Criamos um incentivo também para os hospitais. O resultado disso foi a ampliação do número de transplantes”, afirmou Fábio Vilas-Boas.

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