• Greve de professores completa 25 dias em Jequié; 18 mil estão sem aula

    G1 BA / Foto: Reprodução

    Dezoito mil estudantes da cidade de Jequié, no sudoeste do estado, completaram 25 dias sem aulas nesta quinta-feira (22), por conta da greve dos professores da rede municipal. Enquanto as negociações não avançam, os pais dos alunos se preocupam com os filhos que ficam em casa, sem estudar.

    “A menina mesmo tá maior, todo dia ela fala (sic), pra terminar logo essa greve, porque ela gosta de estudar, não gosta de perder aula” diz Maria Francisca dos Santos, que tem dois netos matriculados em uma escola da rede municipal.

    Os professores deflagraram greve no dia 28 de abril e com isso, somente no maior colégio municipal da cidade, mil estudantes do ensino fundamental sem aula. Nas zonas urbana e rural são quase 100 escolas na mesma situação.

    Segundo a categoria de professores da cidade, a maior parte dos professores aderiu ao movimento. Os professores pedem o cumprimento do plano de carreira que foi assinado em acordo desde o ano passado e a Lei do Piso, que ainda não foi reajustada este ano.

    “Estamos ainda com a tabela do magistério do ano passado que é com o reajuste de 7.7 do ano passado” conta Caroline Morais,  diretora da Associação dos Professores Licenciados (APLB) de Jequié.

    Os professores também informam que já passaram por diversas rodadas de negociação, mas até agora não houve acordo com a prefeitura.

    De acordo com o secretário de educação do município, João Magno Chaves, uma nova proposta será feita para os professores para tentar dar fim da greve. “Nós estamos trabalhando uma contra proposta a que nós apresentamos na perspectiva de que o movimento paredista se encerre. Porque a gente compreende que há prejuízo para as partes, tanto governo quanto os professores e a comunidade em geral, também acaba sendo penalizada”, explica.