• Comunidade rural é  prejudicada por empresas que instalam torres do Parque Eólico em Caetité.

    foto ilustrativa / Fonte: Caetité Noticias

    A comunidade rural de Lagoa de Félix Pereira (distrito de Pajeú dos Ventos) protestou fortemente contra a ação das empresas SETA ENGENHARIA S.A. e CONSÓRCIO MGT, ambas envolvidas na instalação de torres do Parque Eólico de Caetité.

    Apesar de o fato ter ocorrido há cerca de um mês, as envolvidas mantiveram silêncio sobre o mesmo. O Caetité Notícias, contudo, tomou ciência dos protestos na quinta-feira (17/10) e manteve contato com lideranças da comunidade – uma das mais carentes naquela região, a fim de apurar o que levou a tal confronto.

    Empresas não oferecem retorno
     

    Segundo moradores de Félix Pereira as duas empresas alugaram poços artesianos, perfurados em terrenos de particulares, para a retirada de água com a qual, no auge da grande seca que afetou o Nordeste, abastecia os seus canteiros de obras. Pagaram regiamente aos proprietários das terras de tais poços, onde diariamente dezenas de vezes “caminhões-pipa” iam apanhar o precioso líquido.

    Para a comunidade... NADA. “Nada, não!” – corrigiu um morador: “Deixavam muita poeira. Foi só o que essas empresas deram aos moradores da região: poeira!”

    O incômodo e descaso levaram os moradores a interceptarem o tráfego dos veículos pesados, gerando uma crise. Segundo se apurou, houve um início de negociação, sem grande proveito, forçando as empresas a interromperem a retirada da água subterrânea do lugar.

    Com isto as empresas foram obrigadas a buscar água na cidade vizinha de Guanambi, onerando ainda mais seu transporte. Um ônus que poderia, facilmente, ser revertido em benefício para as comunidades rurais diretamente afetadas. Algo que, infelizmente, não está ocorrendo.

    E só não está pior porque as comunidades estão sabendo se mobilizar, na defesa de seus direitos e interesses.