• Folha admite erro na reportagem em Conquista

    Foto: blog do anderson

    A Folha de S. Paulo destacou na última semana uma matéria sobre o programa Minha Casa Minha Vida, em Vitória da Conquista, onde quando foi afirmado que moradores estavam no escuro e a seco, por falta de ligação da rede de energia nas residências, com o título: “Dilma multiplica viagens e entrega casas sem água e luz”. Em sua edição desse domingo (20), a  ombudsman, Suzana Singer, lamentou o fato, que para ela se tratou de uma acusação vazia. “A Folha acusou a presidente Dilma de entregar casas sem água nem luz no interior da Bahia. O jornal mostrou, na quarta-feira, que parte das moradias inauguradas em Vitória da Conquista, no programa Minha Casa Minha Vida, estavam no escuro e a seco. Os moradores usavam velas à noite e enchiam baldes nas casas dos vizinhos. Bastava ler o “outro lado” para concluir que a acusação não fazia sentido. O Ministério das Cidades explicou que as casas foram entregues com instalações elétricas e hidráulicas e que cabia ao beneficiário do programa pedir a ligação dos serviços às empresas de distribuição do Estado. Acontece o mesmo com quem compra um imóvel sem ajuda federal: é a pessoa que, depois de receber as chaves, aciona o fornecimento de água, luz, gás, telefone. Os casos relatados indicavam que nem havia um problema exagerado de demora na entrega desses serviços. Apenas uma dona de casa esperava a instalação de luz havia oito dias, três a mais que o prazo dado pela companhia elétrica. Diante das explicações dadas pelo governo e pelas concessionárias de serviços estaduais, o jornal deveria ter derrubado a reportagem. Não adianta registrar burocraticamente o “outro lado”, como prega o “Manual da Redação”, mas insistir numa acusação vazia. A Redação não concorda. “A informação de que as casas foram entregues sem água nem luz é relevante por mostrar a pressa com que o governo tem organizado essas inaugurações, por motivos obviamente eleitorais. O objetivo da reportagem era mostrar isso e não culpar a presidente pela falta de água e luz”, diz a editoria Poder. Se era assim, por que o título dizia “Dilma multiplica viagens e entrega casas sem água e luz”? Em plena campanha (alguém duvida que já começou?), é preciso ser mais rigoroso com as denúncias envolvendo qualquer um dos candidatos. Do contrário, o jornal estará apenas fornecendo matéria-prima para os programas eleitorais de 2014.”