O brasileiro travou uma disputa eletrizante com o francês Renaud Lavillenie, campeão olímpico e recordista mundial. Em sua última tentativa, Braz superou a marca de 6,03m e deixou o rival pressionado. Sob forte pressão da torcida, o francês não conseguiu superar a marca do brasileiro. Pertencia a ele o recorde olímpico, de 5,97 metros, registrado em Londres, onde faturou o ouro há quatro anos. Os torcedores novamente se comportaram como se estivessem diante de um jogo de futebol. O francês era o rival e, mesmo contrariando a ética desportiva, foi vaiado. Em sua última tentativa, o francês, pouco antes de saltar, fez o sinal de negativo, reprovando a atitude. "Vamos respeitar a concentração dos atletas independente de sua nacionalidade", pediu o locutor. No final da prova, a exemplo do brasileiro, o francês Lavillenie (5,95m) e o norte-americano Sam Kendriks (5,85m) também desfilaram com as bandeiras de seus países. Decepcionados, os franceses não acreditavam, pois esperavam o bicampeonato olímpico. O brasileiro teve uma grande noite. No primeiro salto, ele conseguiu superar 5,65m com facilidade, logo na primeira tentativa. Nessa altura, muitos atletas já ficam pelo caminho. Caso do argentino German Chiaraviglio, do grego Konstadinos Filippidis e do checo Michal Balner, campeão mundial em 2015. No final, a vitória com a marca inédita de 6,03m sobre o campeão olímpico. Até então, Braz tinha como melhor marca da vida o 5,92 metros, que era o recorde sul-americano, obtido no ano passado. Porém, também registrara 5,93m em competição indoor, neste ano. A conquista do saltador marca a nona medalha do Brasil nos Jogos do Rio-2016, sem contar a do boxeador Robson Conceição, que já tem garantida a prata - pode conquistar o ouro nesta terça-feira. Também não leva em conta o pódio assegurado no vôlei de praia feminino, uma vez que as duas duplas estão na semifinal, o que garante ao menos o bronze.

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