O Brasil tem um potencial não explorado de utilização comercial de drones, e a esperança da Anac é de que a nova regulamentação impulsione esse uso, até mesmo em termos de serviços de entrega e de uso rural. Visão compartilhada por Luís Neto Guimarães, CEO da Drone Store. "O mercado está descobrindo aos poucos novas aplicações comerciais. Contar com uma legislação que regulamente as atividades, sem dúvidas, é um passo importante rumo à consolidação do setor", avaliou, em entrevista ao UOL.

Só o tempo vai dizer se aquelas suas encomendas que ficavam paradas em meio ao processo de entrega serão agilizadas pelos drones. Mas esse definitivamente é um primeiro passo a se comemorar — e que já tardava a acontecer.• Este drone insano com reprodução de vídeo é o futuro inevitável da publicidade
• Drones estão nos dando imagens próximas de erupções vulcânicas nunca antes vistas

Os drones serão divididos em três categorias: aqueles entre 250 gramas e 25 kg; os veículos entre 25 kg e 150 kg; e os equipamentos acima de 150 kg. O uso de drones com menos de 25 kg para voos de até 120 metros de altitude vai exigir apenas um cadastro simples no site da Anac e a idade mínima de 18 anos, o que é uma determinação bem flexível. Até porque, segundo conta Emerson Granemann, idealizador da feira DroneShow Latin America, ao UOL, "quase 100% das aplicações comerciais dos drones no Brasil" são de equipamentos dentro dessa faixa de peso.

Para voos acima de 121 metros, será necessária documentação, independentemente do tamanho ou do peso do aparelho. "Se fosse aprovada uma norma sem qualquer tipo de exigência, no futuro a ANAC poderia ser vista como negligente e irresponsável", comentou Felipe Veneziano, advogado especialista em Direito Aeronáutico, em entrevista ao Estadão.

CONTINUE LENDO