Ao responder as perguntas de senadores, ela disse que, se necessário, vai aumentar as equipes responsáveis por operações do Ministério Público, como a Lava Jato.

Cabe ao procurador-geral da República, por exemplo, pedir abertura de inquéritos para investigar o presidente da República, ministros, deputados e senadores. O chefe do MPF também tem a prerrogativa de apresentar denúncias nesses casos.

O PGR pode ainda criar forças-tarefa para investigações especiais, como é o caso do grupo que atua na Lava Jato. Também pode encerrá-las ou ampliá-las.

Indicada pelo presidente Michel Temer no mês passado, Dodge será a primeira mulher a ocupar o cargo e terá mandato de dois anos à frente da PGR, podendo ser reconduzida por igual período. Após a aprovação, ela se dirigiu ao Palácio do Planalto para se reunir com o presidente.

Ao escolhê-la, Temer quebrou a tradição que vinha desde 2003 de indicar para o cargo o primeiro colocado da lista tríplice da eleição feita pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Raquel foi a segunda colocada, com 587 votos ante os 621 de Nicolao Dino.

Em nota, a associação dos procuradores destacou que “a lista foi mais uma vez acolhida e que Raquel Dodge assegura a seleção de um membro do Ministério Público Federal escrutinado pelos seus pares na sua capacidade técnica, experiência e liderança, requisitos fundamentais para a condução do MPF”.

Perfil

 

Raquel Dodge é mestre em direito pela Universidade de Harvard e está no Ministério Público Federal desde 1987. Atualmente, ela trabalha junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em processos da área criminal. Também possui experiência em assuntos relacionados à defesa do Consumidor.

A procuradora é conselheira do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e atuou na operação Caixa de Pandora, que levou à prisão, em 2010, o então governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (DEM), e na equipe que investigou o chamado Esquadrão da Morte.(G1)

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