• Saída de Meirelles abre disputa por comando da Fazenda

    BRASÍLIA — A disputa pelo comando do Ministério da Fazenda com a saída de Henrique Meirelles do cargo para tentar disputar a Presidência da República se acirrou nesta segunda-feira. A partir do momento em que fontes do governo passaram a confirmar que Meirelles vai mesmo se filiar ao PMDB e participar da disputa eleitoral, interlocutores da área econômica passaram a dizer que o sucessor natural do ministro é o secretário-executivo da pasta, Eduardo Guardia.

    Ao longo do dia, no entanto, ficou claro que Guardia não é o único nome na mesa. Embora o presidente Michel Temer tenha conversado com Meirelles sobre sucessão e o ministro da Fazenda tenha pedido para indicar num nome, há resistências da classe política em relação ao número dois da Fazenda.

    Temer já teria dito sim à sugestão de Meirelles, mas fontes do Planalto lembram que Guardia é considerado muito duro na hora de negociar as propostas da área econômica, o que desagrada a base. Há aliados que defendem o nome do ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, para o lugar de Meirelles na Fazenda.

    Oliveira tem, por exemplo, o apoio do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para a Fazenda ou para permanecer à frente do Planejamento. Meirelles, por sua vez, gostaria de colocar o atual secretário de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria, Mansueto Almeida, na pasta do Planejamento. Neste cenário, Oliveira poderia ir para o BNDES, uma vez que Paulo Rabello de Castro vai deixar o comando da 

    do Planejamento, Dyogo Oliveira, para o lugar de Meirelles na Fazenda.

    Oliveira tem, por exemplo, o apoio do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para a Fazenda ou para permanecer à frente do Planejamento. Meirelles, por sua vez, gostaria de colocar o atual secretário de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria, Mansueto Almeida, na pasta do Planejamento. Neste cenário, Oliveira poderia ir para o BNDES, uma vez que Paulo Rabello de Castro vai deixar o comando da instituição para se candidatar à Presidência pelo PSC.

    Isso, no entanto, é mais uma vontade de Meirelles do que necessariamente um plano do governo, afirmam integrantes do Palácio do Planalto.(Agência O Globo )