• Paulo Vieira guardava dinheiro em parede falsa, diz doleiro

    A delação premiada do doleiro Adir Assad detalhou como Paulo Vieira de Souza, acusado de ser o operador financeiro do PSDB, escondia dinheiro em sua casa, relata nesta 2ª feira a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo.

    De acordo com Assad, 1 imóvel de Paulo Vieira na Vila Nova Conceição, em São Paulo, possuía 1 cômodo com parede falsa. O dinheiro de corrupção seria escondido por trás dessa parede. “Um vão com prateleiras, onde Paulo deixava guardadas diversas malas, todas cheias de dinheiro”, teria dito o doleiro.

    Segundo o jornal, Assad disse que chegou a retirar da casa de Paulo Vieira até 15 malas com R$ 1,5 milhão. A delação do doleiro foi usada no pedido de prisão de Paulo Vieira, feita na última terça (19.fev). A prisão fez parte da 60ª fase da Operação Lava Jato, denominada de “Ad Infinitum”.

    A defesa do operador afirmou à Folha de S. Paulo que não vai se pronunciar neste momento.

    Entenda o caso

    Paulo Vieira de Souza e outras 4 pessoas são acusados no processo por irregularidades em obras do trecho sul do Rodoanel, do prolongamento da Avenida Jacu Pêssego e da Nova Marginal Tietê, em São Paulo. As fraudes teriam sido cometidas de 2009 a 

    2011, durante os governos tucanos de José Serra e Geraldo Alckmin. Paulo foi diretor da Dersa, empresa controlada pelo governo do Estado de São Paulo para administrar suas rodovias, de 2005 e 2010.

    Antes da prisão da última 3ª feira, Paulo Vieira de Souza havia sido preso e solto duas vezes em 2018. A 1ª prisão foi em 6 de abril, por ordem da Justiça Federal de São Paulo. Foi libertado por uma liminar (decisão provisória) do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes em 11 de maio.

    O ex-diretor da Dersa foi preso novamente em 30 de maio por representar risco às investigações, em razão de suposta ameaça a testemunhas, segundo o MP. Foi solto no mesmo dia, novamente por Gilmar Mendes.