"A campanha do Lula Livre, que no nosso caso é mostrar o julgamento injusto que ele teve, se junta à pauta da educação", disse Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula.

"O que nós estamos contestando no Brasil é um ataque a um programa de inclusão social, de combate à desigualdade, de mais oportunidades para os pobres. Hoje, está tendo um desmonte dessa política".

O ex-prefeito Fernando Haddad, porém, que foi candidato do partido à Presidência em 2018, discordou. Disse que o PT não pode "ter a pretensão de tutelar movimento social".

"O movimento da educação é um movimento da sociedade, independentemente da posição que a pessoa tenha em relação ao PT e ao Lula."

Lula está preso desde abril do ano passado na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, após ser condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em segunda 

instância pelo caso do tríplex de Guarujá (SP).

Em abril deste ano, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) reduziu a pena dele de 12 anos e 1 mês para 8 anos, 10 meses e 20 dias, o que abriu caminho para ele solicitar a progressão de pena para deixar o regime fechado no segundo semestre deste ano (saiba mais aqui) - a defesa de Lula adota outros cálculos e anunciou que já pediria a saída.

No evento deste domingo, intitulado "Festival Lula Livre", políticos evitaram subir no palco para fazer discursos. O evento teve shows de artistas como Chico César, Fernanda Takai e Thaíde.

Além de Lula, os artistas defenderam minorias, investigação sobre os mandantes do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e também reclamaram dos bloqueios na educação.

Fizeram diversas críticas ao governo Bolsonaro. O cantor Odair José cantou o seu maior sucesso, "Eu vou tirar você desse lugar" em homenagem ao que chamou de "idiotas de plantão".

Questionado após o show, disse que "o Jair Bolsonaro talvez não seja o maior culpado" de fazer um governo que ele não considera favorável aos pobres.

"Para mim ele é uma pessoa que não tem o foco certo para o brasileiro. O brasileiro é culpado por ter acreditado em informações falsas", disse.

Durante a tarde, choveu em São Paulo, e o evento não encheu a praça da República.

Além de Gleisi e Okamotto, estiveram no local o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-ministro Gilberto Carvalho, o vereador Eduardo Suplicy e o líder do MTST, Guilherme Boulos (PSOL).

Segundo os organizadores, Lula assistirá à gravação das apresentações de dentro da prisão.(

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