O principal expoente dessa geração peruana é Paolo Guerrero, que atua no Brasil desde 2012. O goleador já passou por Corinthians e Flamengo e agora defende o Internacional. Ele é o maior artilheiro da Copa América em atividade com 13 gols. 

O meia Cueva, ex-São Paulo, está no Santos e o lateral Trauco joga no Flamengo. O técnico Ricardo Gareca também tem ligações com o país e já trabalhou no Palmeiras.

Sem craques de destaque nos grandes clubes da Europa, a força do Peru está no jogo coletivo e na organização tática da equipe. Esses, inclusive, foram os pilares do time nas vitórias contra os favoritos Uruguai, nos pênaltis, e Chile nas quartas de final e semifinal, respectivamente.

Gareca comanda a seleção peruana há quatro anos e possui um sistema de jogo bem definido. O time se fecha na defesa e explora os contra-ataques. A estratégia não deu certo contra o Brasil na primeira fase e o Peru foi goleado por 5 a 0 na Arena Corinthians. O resultado, inclusive, fez com que a descrença sob a seleção crescesse, mas o time reagiu na fase mata-mata e conseguiu dois resultados contra Uruguai e Chile considerados históricos no país que recolocaram a seleção na final da Copa América depois de 44 anos.

O Peru foi campeão em 1935 e 1975. No seu último título, a seleção peruana contou literalmente com a sorte para eliminar o Brasil nas semifinais: depois de vencer por 3x1 no Mineirão, levou 2x0 em Lima e a decisão da vaga na final foi para o sorteio. Os peruanos ganharam na moeda.

Já o Brasil vai buscar seu nono título (1919, 1922, 1949, 1989, 1997, 1999, 2004 e 2007). Brasil e Peru somam 44 confrontos na história. O Brasil 31 vitórias. Também foram 9 empates e 4 triunfos dos peruanos.

Apesar do retrospecto favorável do Brasil, o Peru impôs uma dura derrota à seleção na última Copa América, em 2016. O Peru venceu por 1 a 0 com um gol de mão de Ruidíaz, validado pela arbitragem. O Brasil foi eliminador ainda na primeira fase e o técnico Dunga foi demitido.

CONTINUE LENDO