Em uma demonstração feita à britânica BBC, a companhia revelou um novo kit do seu produto que é capaz de recarregar um celular 100 vezes mais rápido que os carregadores atuais — algo que pode revolucionar o jeito que os usuários utilizam seus smartphones, tablets, laptops e outros dispositivos. Na demosntração, um aparelho teve a sua bateria recarregada em menos de um minuto.
Do tamanho de um carregador normal, ao contrário de seus protótipos anteriores, o kit é compatível com uma nova tecnologia de baterias que contém moléculas orgânicas sintetizadas.
— Nós temos reações nesse tipo de bateria que não são tradicionais e nos permitem carregá-las muito rápido, movendo íons de um anódio a um cátodo numa velocidade impossível antes desses materiais — explicou à BBC Doron Myersdorf, diretor-executivo da companhia.
Infelizmente, o produto ainda não é compatível com os celulares no mercado, já que a maioria dos atuais aparelhos não seriam capazes de aguentar uma carga de 40 amperes sem queimar.
No entanto, a nova tecnologia de bateria mencionada pelo executivo poderá se tornar o padrão da indústria no futuro. De acordo com Myersdorf, fabricantes de smartphones dos EUA, da Coreia do Sul, da China e do Japão já começaram negociações para licenciar a tecnologia ou comprar seus direitos de uso.
A Storedot ainda tem como meta até 2017 equiparar a densidade de energia suportada nas suas bateriais às das baterias comuns de lítio-íon — atualmente os protótipos da empresa apenas armazenam um terço dessa quantidade, algo em torno de 900 mAh.
A companhia já levantou US$ 48 milhões em duas rodadas de investimento, incluindo o apoio de uma grande fabricante asiática de celulares, cujo nome não foi revelado.
Com as previsões de que o número de usuários de smartphones no mundo cheguem a 1,75 bilhão esse ano, especialistas veem grande potencial no produto da StoreDot, mas ainda são céticos quanto a sua capacidade.
— A tecnologia das baterias é o grande desafio a atrasar a indústria de consumo de eletrônicos no momento — afirmou à BBC Ben Woods, da consultoria CSS Insight. — Qualquer promessa de uma grande revolução deve sempre ser tratada com ceticismo porque é algo que já foi prometido muitas vezes antes e ainda não temos uma solução. (Fonte: O Globo)