As grandes potências concordaram na sexta-feira (12, no horário local) com um plano destinado a quebrar o impasse na Síria através da introdução de um fim gradual das hostilidades e de ajuda humanitária rápida, de forma a criar condições para a retomada das negociações de paz. O grupo, porém, não estabeleceu uma data para um cessar-fogo completo.
O acordo surgiu a partir de um encontro realizado nesta quinta-feira (11) em Munique, na Alemanha, do Grupo Internacional de Apoio à Síria, do qual participam representantes dos Estados Unidos, da Rússia e de outros 12 países.
Segundo o secretário de Estado americano, John Kerry, o acordo determina a "cessação de hostilidades" na Síria, a começar em uma semana. A medida não inclui os ataques contra o Estado Islâmico ou outros gupos terroristas que atuam na Síria.
Divergências
O anúncio do acordo não significa o fim das divergências entre as potências sobre o caminho para a paz na Síria.
Kerry cobrou a saída do presidente Bashar al-Assad, ao dizer que "sem transição política, não é possível alcançar a paz." A Rússia, entretanto, não mostrou até o momento interesse em que o governante deixe o poder, segundo diplomatas.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, também ressaltou que o país vai manter os ataques áreos em território sírio que, segundo Moscou, têm como alvo o Estado Islâmico e outros grupos terroristas. Para os EUA, entretanto, esses golpes têm atingido grupos de oposição a Assad e que são apoiados por países ocidentais.
O ministro das relações exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que os Estados Unidos e a Rússia devem coordenar de maneira mais próxima as ações militares no país.Fonte:G1.