Desempregada desde janeiro, Kamilla estuda para concurso público e ficou sabendo do concurso através de uma reportagem, no CORREIO. “Vi a Rebecca Pontual, que foi a vencedora do ano passado, e a procurei no Facebook. Depois consegui o contato da idealizadora do evento, Cláudia Ferreira, e tirei minhas dúvidas sobre o concurso”, conta a soteropolitana. “Mesmo desempregada, dei um jeito de pagar a inscrição (R$ 320). Me inscrevi principalmente porque enxerguei que seria uma oportunidade que poderia me abrir portas”, revela ela, que contou com o apoio dos amigos desde o início. A engenheira vai representar a Bahia na etapa nacional do concurso, no próximo dia 20, no Rio de Janeiro. “O mais importante disso tudo é empoderar mulheres e levantar a autoestima delas. Sei que meninas que estão acima do peso, assim como eu, podem muito mais do que dizem. Não somos aberrações, como acreditam por aí. Somos gordas e somos lindas, independente de qualquer coisa. Não é porque somos gordinhas que não nos preocupamos com nossa saúde, não nos cuidamos”, completa. Kamilla e mais doze candidatas, que disputaram o título, são um exemplo de qualquer mulher é bonita, independente do seu corpo e peso. “A beleza da mulher existe e não importa o tamanho que ela veste”, afirma Daniela Sancho, 34, que conquistou o segundo lugar no concurso. “Muita gente falava que eu tinha um rosto lindo e me dizia para ser modelo fotográfica, mas eu nunca quis. Com essa coisa do “plus size” surgindo e bombando, decidi participar do concurso. Minha família me deu o maior apoio e isso ajudou bastante pra que eu me sentisse bem”, acrescenta. A terceira colocada, Stefania Mazucato, 19, por sua vez, conta que participou do concurso porque queria saber como é estar numa passarela. “Queria, por uma única vez, me sentir uma modelo. A experiência foi muito boa. Me senti amada pelas pessoas e por minha família e pude ver que sou tão bonita quanto qualquer outra menina que estava aqui ou qualquer outra menina do país”.

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