O voto do deputado e Wladimir Costa (SD-PA) também foi decisivo para o desenrolar do processo. Costa mudou a decisão na última hora e evitou um empate no pleito. O relator do processo, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), disse que está provado que Cunha é proprietário de bens no exterior não declarados. “Em termos técnicos, tem sim o deputado Cunha contas, bens, patrimônios, no exterior. Os trusts criados pelo deputado não passam de empresas de papel, de laranjas de luxo”, afirmou. Ainda segundo o relator, Cunha mentiu e omitiu informações relevantes à Câmara dos Deputados. “Ele montou uma engenharia financeira no exterior para esconder patrimônio e o recebimento de propina. A pena de perda de mandato revela-se adequada, necessária e proporcional”, frisou.

O advogado de defesa de Cunha, Marcelo Nobre, afirmou que o parecer apresentado não possui provas da existência de contas na Suíça em nome do peemedebista. “Sabe porque o parecer tem 90 páginas? Porque não tem prova. Porque a prova caberia em uma linha. Cadê o número da conta do banco? Não existe”, desabafou. Nobre ainda comparou a condenação de Cunha a um linchamento. “Condenar sem provas é linchamento. Espero que todos nós aqui nunca passemos por uma acusação sem prova, e muito pior, uma condenação sem prova”, afirmou o advogado.

(Fonte: Correio/Bahia)

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