Durante o interrogatório, Elize contou detalhes do que teria acontecido na noite em que matou o marido. Ela desconfiava que Marcos estava tendo um relacionamento com outra mulher e contratou um detetive para segui-lo enquanto ela viajou para o Paraná com a filha do casal, então com um ano. Na volta, diante do que ela chamou de "mais uma mentira", Elize acabou confrontando o empresário durante o jantar.

Depois disso, segundo Elize, ela foi para outro cômodo da casa e pegou uma arma que o casal deixava guardada, mas se arrependeu. Ela ouviu que Marcos estava vindo em sua direção e ficou assustada.

 

— Eu não esperava isso dele, eu fiquei com medo. Eu queria que ele parasse. Ele me viu armada e eu apontei a arma para ele. Ele estava me xingando, ele não parou, continuou andando. Ficou surpreso [quando me viu com a arma] e começou a rir, falou que eu não tinha coragem de atirar. Falou que eu era uma p***, para eu ir embora com minha família de b**** para o Paraná e deixar minha filha aqui. Quando falou que eu não ia mais ver minha filha eu não aguentei. E eu disparei. Na hora eu estava com o coração na garganta.

Após o crime, ela disse que não sabia o que fazer com o corpo e decidiu esquartejá-lo. Elize contou ter arrastado o corpo do marido para um quarto de hóspedes, limpou o rastro de sangue que ficou no corredor e iniciou o esquartejamento na manhã seguinte.

Na sequência, ela colocou as malas no seu carro e continuou com o plano para esconder as partes do cadáver. Elize começou a dirigir sentido Paraná para deixar os sacos em algum mato, mas mudou de ideia. Foi quando ela dirigiu até a região de Cotia, na Grande São Paulo, e espalhou os sacos plásticos com as partes do cadáver, despejou as malas numa caçamba e retornou para casa. O corpo de Marcos foi encontrado cerca de uma semana após o desaparecimento.

Elize confessou o crime e disse ter agido sozinha — informação contestada pela acusação que acredita que ela teve ajuda para se livrar do corpo. Um laudo indica que os cortes foram realizados por pessoas diferentes e foi encontrado material genético de um homem que não era Marcos no apartamento. A possibilidade de uma segunda pessoa ter ajudado na ocultação de cadáver é apurada em outro inquérito. (Fonte: R7)

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