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  • Procon e Proteste alertam sobre fraudes no comércio durante a Black Friday

    Foto Ilustrativa

    A Proteste destaca que a Black Friday no Brasil é lembrada pelo grande número de fraudes praticadas no comércio e pede cautela nas compras. Na próxima sexta-feira (25), estabelecimentos comercias e lojas virtuais vão colocar à venda milhares de produtos com preços promocionais. É a Black Friday (em português, sexta-feira negra), uma ação comercial criada nos Estados Unidos e que vem ganhando a adesão dos empresários do Brasil nos últimos anos. Entidades ligadas à defesa do consumidor, como os Procons e a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), alertam para possíveis propagandas enganosas no período.



  • Estados fecham com governo federal 'pacto' pelo equilíbrio das contas

    Governo federal e estados anunciaram nesta terça-feira (22) um "pacto nacional" pelo equilíbrio das contas públicas, que deve ser concluído até o início da próxima semana. O anúncio foi feito após reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, que contou com a participação do presidente Michel Temer, ministros da área econômica e governadores e que foi marcada para discutir a crise financeira nos estados.

    Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pelo pacto o governo federal aceita dar aos estados uma fatia maior dos recursos arrecadados com a chamada "repatriação". Em contrapartida, os governadores se comprometem a fazer um forte ajuste em suas contas, semelhante ao proposto pelo próprio governo Temer, incluindo aumento da contribuição previdenciária paga por servidores públicos.

    O governo arrecadou R$ 46,8 bilhões com a cobrança de Imposto de Renda e multas dos contribuintes que aderiram à "repatriação", programa que deu incentivos para que brasileiros regularizassem bens mantidos no exterior e que não haviam sido declarados à Receita Federal. A princípio, os estados ficariam com R$ 4 bilhões desse total - parte da arrecadação apenas com o IR.

    Governadores, porém, exigiam também uma parcela das multas. Diante da resistência do governo federal, entraram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF). No começo de novembro, a ministra do Supremo, Rosa Weber, determinou que o governo fizesse o depósito judicial de uma parte da arrecadação com a "repatriação", até que o pedido dos estados fosse julgado.

    Com a concordância do governo Temer em repartir a multa, os estados receberão mais R$ 5 bilhões. Segundo Meirelles, a ideia é que os valores sejam pagos ainda neste ano, mas isso ainda não está confirmado.

    O ministro informou ainda que os municípios, que também ficaram com parte do IR arrecadado, não vão entrar na partilha da multa. "No momento não há acordo. Prevalece a não distribuição [dos recursos] por enquanto", declarou.

    O pacto também prevê que os governadores vão retirar do STF as ações em que requerem parte da multa arrecadada com a "repatriação."

    Crise financeira
    Meirelles admitiu que os R$ 5 bilhões a mais não são suficientes para resolver os problemas financeiros dos estados, agravados pela crise econômica que reduziu a produção e o consumo no país e, consequentemente, a arrecadação com impostos.

    Entretanto, disse o ministro, o repasse desses recursos extras "facilita a transição para o novo regime de austeridade fiscal”. Segundo ele, os recursos vão permitir que muitos estados resolvam problemas de curto prazo.

    Pelo pacto, para ter acesso aos recursos extras os estados deverão apoiar a PEC que cria um teto para os gastos públicos e promover uma reforma da Previdência Social em nível estadual.

    “Na medida em que isso seja apresentado no Congresso e aprovado, torna-se uma obrigação dos estados”, disse ele.

    Os estados também não poderão realizar contratações de servidores, ou dar aumentos salariais, pelos próximos dois anos, e deverão reduzir em 20% as despesas com cargos comissionados, temporários e gratificações. Ainda há outras exigências. (Alexandro Martello e Luciana AmaralDo G1, em Brasília)

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  • 'Vou deixar o cargo por isso?', diz Geddel ao ser questionado sobre denúncias de Calero

    Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

    Após a acusação do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, de pressão para liberação do empreendimento La Vue, em Salvador, onde tem um apartamento, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, afirmou que o ex-colega contou “verdades e inverdades” e que não deixará o cargo por conta do ocorrido. “Lamento profundamente essa declaração do Calero, com quem eu sempre tive uma relação afável e tranquila. 

     Não tive nenhum desentendimento com Calero, nenhum bate-boca com ele. Ele diz uma verdade e muitas inverdades”, disse, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo. Questionado sobre eventual pedido do presidente Michel Temer para que deixasse o ministério, Geddel negou. “Não. Deixar cargo por isso? Pelo amor de Deus!”. Entre as “inverdades”, Geddel cita a afirmação de Calero de que ele pediria a demissão do presidente do Iphan e de que trataria do assunto com Michel Temer. “As inverdades é que eu teria dito, por exemplo, que iria pedir a cabeça da presidente do Iphan, que eu poderia tratar com o presidente da República. Eu nunca tratei desse tema com o presidente da República. Nada, absolutamente nada. Aí há um certo exagero”, minimiza. Geddel admite, porém, que conversou sobre o prédio. “A verdade é que eu tratei do tema com ele sob a óptica de que: 'Calero, tem que tomar cuidado com isso. Esse assunto está em discussão na Bahia há muito tempo. Está judicializado'. Já tá na Justiça há muito tempo e isso termina gerando insegurança política para quem comprou unidade, isso termina gerando desemprego na cidade, mas sem nenhuma pressão indevida. Tanto não há pressão que a posição ao final e ao cabo que prevaleceu foi a dele”, argumenta. Indagado sobre ter pressionado Calero, Geddel questiona a “ilegalidade” da conversa que teve com o ex-ministro. “Que pressão é essa? Tratei com o Calero com tranquilidade, por telefone, até porque não tenho medo de tratar por telefone, de estar grampeado. O que eu trato por telefone eu trato publicamente. Qual a ilegalidade que há nisso? Qual a imoralidade que há em tratar desse tema com um colega meu? Nunca tratei desse tema com o Iphan, nunca fiz pressão no Iphan. Tratei com ele, nunca tive briga com ele”, disse. Geddel ainda confirmou ter uma promessa de compra e venda no prédio, referente a 2015, localizado ao pé da Ladeira da Barra, no 23º andar. “Adquiri um apartamento depois de morar 22 anos no meu antigo apartamento. Eu pretendia mudar com minha família. Mas isso não me tira a legitimidade. Aliás, me dá legitimidade para mostrar que o que estava se fazendo era um equívoco”. Sobre a autorização do Iphan de construir até o 13º andar, o que inviabilizaria sua compra, o secretário de Governo. “Isso foi agora! O Iphan da Bahia, a prefeitura, todos deram a licença. A obra foi lançada, várias pessoas compraram”.

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  • Perícia inicial em helicóptero que caiu na Cidade de Deus não encontra marcas de tiros

    Foto: Reprodução / Prefeitura do Rio

    A perícia preliminar feita no helicóptero da Polícia Militar (PM) que caiu no sábado na comunidade da Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro, não encontrou perfurações por arma de fogo. Segundo informações da Agência Brasil, a informação foi confirmada pelo secretário estadual de Segurança Pública do Rio, Roberto Sá, após o velório de três dos quatro policiais mortos no acidente. “O laudo de necropsia dos quatro policiais que estavam no helicóptero já saiu, a perícia foi muito rápida e muito eficiente, não há perfuração por arma de fogo nos corpos. A perícia está sendo feita pela Delegacia de Homicídio e pela Aeronáutica. Na aeronave, até o momento, não se encontrou nenhum tipo de perfuração, mas é muito cedo ainda para qualquer conclusão. A perícia vai levar mais tempo, para ser uma perícia conclusiva. Então, não se descarta nada até o presente momento”, detalhou. O helicóptero, um Esquilo AS 350 B3, sobrevoava a comunidade como apoio a uma operação, a uma altura de cerca de 2 mil pés. O secretário afirmou que a PM garantiu que a manutenção da aeronave estava em atualizada. Durante a cerimônia, o secretário se emocionou e falou sobre o número de mortes de policiais no Rio e sobre a necessidade de um debate nacional sobre as penas para criminosos violentos. “Nesse sábado, eu lamentava a morte desses cinco policiais militares e hoje eu começo lamentando a morte de nossos 124 policiais militares este ano, são 33 em serviço. É inaceitável o número de mortes de policiais no Brasil. Mas também é inaceitável o número de mortes violentas por causa externa de todas as pessoas. Eu sempre falei, mas infelizmente essa fala não encontra eco. A gente vive, no Brasil, uma crise de segurança pública e a gente tem que rever, tem que ter um novo pacto. A polícia sangra, temos verdadeiros heróis morrendo de forma anônima todos os dias. E ontem tivemos mais cinco”.



  • Ex-ministro da Cultura acusa Geddel de fazer pressão para liberar obra em Salvador

    Foto: Montagem / Bahia Notícias

    O agora ex-ministro da Cultura Marcelo Calero (ver aqui) acusou Geddel Vieira Lima, da secretária de goveno, de pressioná-lo para liberar uma obra de interesse do baiano. Em entrevista à Folha, Calero conta que o Vieira Lima o procurou pelo menos por cinco vezes, cobrando que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que é subordinado ao Ministério da Cultura, aprovasse o empreendimento imobiliário La Vue Ladeira da Barra, que fica nos arredores de uma área tombada em Salvador. Segundo Calero, Geddel afirmou ter um apartamento no empreendimento, ainda na fase de projeto. “Eu fiquei surpreendido, porque me pareceu —não sei se estou sendo muito ingênuo— tão absurdo o ministro me ligar determinando que eu liberasse um empreendimento no qual ele tinha um imóvel. Você fica atônito. Veio à minha cabeça: "Gente, esse cara é louco, pode estar grampeado e vai me envolver em rolo, pelo amor de Deus"”, diz em um dos trechos da entrevista à Folha. No lugar de Calero, irá assumir o Ministério da Cultura o deputado federal Roberto Freire (PPS-SP).



  • Nova versão para salvar Dilma e Temer

    Foto: Lula Marques/ Agência PT

    É do conhecimento geral que o PT e outros partidos políticos foram abastecidos com dinheiro escuso oriundo de empreiteiras e da Petrobras. De repente, e é sempre assim, surge no cenário de maneira a salvar a situação de Dilma Rousseff e de Michel Temer em relação à nova versão sobre o tal de um milhão de reais que a empreiteira Andrade Gutierrez contemplou a chapa dos dois, na eleição de 2014. Partiu do ex-presidente da empresa, o executivo Otávio Azevedo, o dinheiro “oferecido” ao afirmar que fizera a doação, em depoimento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em setembro deste ano. Como a situação para Dilma e, pior ainda, para Temer ficou difícil, o único jeito era remediar o que dissera Azevedo, para também não complicar a empreiteira no futuro. Sem alternativa, o empresário voltou atrás em nova versão (está na mídia, e disse que a doação “foi voluntária” feita ao diretório do PMDB e, portanto, não dera nenhuma propina para as campanhas de Dilma e Temer. O que aconteceria se Otávio Azevedo mantivesse com firmeza que dera o dinheiro para a campanha? Provavelmente, Dilma perderia os seus direitos políticos e já em relação a Temer, na condição de presidente da República, haveria uma complicação até que ponto não se sabe. Mas ele poderia levar a questão até 2018, quando termina o seu mandato. De qualquer maneira os dois estariam embaraçados e o melhor para o empresário foi, no seu entendimento, voltar atrás e jogar o dinheiro para o diretório do PMDB. O partido, que tem o primeiro presidente desde a época da ditadura, quando surgiu como PMDB, está pela primeira vez no poder com Temer. A sua única saída é mesmo aceitar essa história contada por Otávio Azevedo e sair de fininho.



  • Enem: Locais de prova adiada serão divulgados na próxima semana

    Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

    O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), divulgará na próxima semana os locais de prova dos candidatos que tiveram a avaliação adiada por conta das ocupações. Segundo informações da Agência Brasil, a previsão é de que a informação seja divulgada na próxima terça-feira (22). São 271.033 candidatos que tiveram a prova adiada para os dias 3 e 4 de dezembro – a data oficial era 5 e 6 de novembro, mantida para a maior parte dos inscritos. Para consultar os locais de prova, os concorrentes podem verificar a página do participante, no site oficial do Enem; no aplicativo do Enem, disponível para as plataformas Android, iOS, Windows Phone. Segundo o Inep, as provas serão diferentes daquelas aplicadas no início deste mês, mas manterão o mesmo nível de dificuldade, para garantir a isonomia entre os candidatos. O resultado do Enem será divulgado para todos os participantes no dia 19 de janeiro.



  • Sérgio Cabral é preso na Operação Calicute, nova fase da Lava Jato

    Foto: Agência Brasil

    A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal, deflagrou nesta quinta-feira, 17, a Operação Calicute com o objetivo de investigar o desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo do Estado do Rio de Janeiro. O prejuízo estimado é superior a R$ 220 milhões. O ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), foi preso preventivamente. O peemedebista estava em sua casa, no Leblon, zona sul da capital, e foi levado pela PF sob gritos de "ladrão" de cidadãos. Em nota, a PF informou que a apuração em curso identificou fortes indícios de cartelização de grandes obras executadas com recursos federais mediante o pagamento de propinas a agentes estatais, incluindo um ex-governador do Estado do Rio de Janeiro, além de outros fatos. Duzentos e trinta policiais federais cumprem 38 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de prisão preventiva, 2 mandados de prisões temporárias e 14 mandados de condução coercitiva expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, bem como 14 mandados de busca e apreensão, 2 mandados de prisão preventiva e 1 mandado de prisão temporária expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba. São investigados os crimes de pertencimento à organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, entre outros. Também participam das diligências dezenove procuradores do MPF e cinco auditores fiscais da Receita. A operação Calicute é resultado de investigação em curso na força-tarefa da Operação Lava Jato no Estado do Rio de Janeiro em atuação coordenada com a força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná.(Bahia Notícias)



  • Associação criminosa e compra de votos motivaram prisão de Garotinho

    Garotinho foi preso e levado para a sede da PF no Rio (Foto: Reprodução/William Côrrea/GloboNews)

    A Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes apontou compra de voto, associação criminosa e coação como motivos para pedir a prisão do ex-governador do Rio Anthony Garotinho. A decisão foi assinada pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira.

    Além disso, Garotinho é citado como o "protagonista" das práticas criminosas entre os outros indiciados na decisão. Ele exerceria inclusive uma dominação sobre o parlamento municipal de Campos, onde é secretário de governo municipal.

    O secretário de Governo de Campos foi preso por volta das 10h30 desta quarta, no Flamengo, Zona Sul do Rio, por agentes da Polícia Federal. O advogado de Garotinho, Fernando Augusto Fernandes, afirmou que o decreto de prisão da 100ª Vara Eleitoral de Campos vem na sequência de uma série de prisões ilegais.

    "Se vislumbra o protagonismo e comando exercidos pelo réu na cadeia da associação criminosas com outros indiciados e/ou denunciados, sendo extreme de dúvidas sua dominação inclusive sobre o parlamento municipal, através de sua ascendência sobre os parlamentares.", diz a decisão.

    "O réu e seus comparsas ordenaram a supressão de documentos públicos, inclusive arquivos de computador, referentes ao programa assistencialista do município denominado Cheque Cidadão, sendo certo que tais documentos e arquivos consubstanciavam prova da fraude".

    "O réu não só está envolvido mas comanda com 'mão de ferro' um verdadeiro esquema de corrupção eleitoral, através de um programa assistencialista eleitoreiro e que tornou-se ilícito diante da desvirtuação de sua finalidade precípua", completa a decisão.

    Preso pela Polícia Federal
    O ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, deixou a sede da Polícia Federal do Rio de Janeiro, na Zona Portuária, por volta de 13h30. O secretário de Governo de Campos deixou a Superintendência da PF acompanhado de agentes e estava de braços cruzados.

    Ele foi preso em decorrência da Operação Chequinho, que investiga a compra de votos da eleição de Campos em 2016. Após 40 minutos, Garotinho retornou à sede da polícia por volta das 14h10. Segundo informações da Globonews, ele teria sido levado ao IML para fazer exames de corpo de delito antes de seguir para a PF de Campos.

    Ele será levado de avião pela PF e aguardava a chegada de alguns documentos pessoais para a liberação. A filha do preso, Calrissa Garotinho, chorou durante a transferência do pai.

    O ex-governador foi preso preventimente, o que significa que não há prazo para libertação. A PF cumpre ainda oito mandados de prisão temporária (com prazo de cinco dias), outros oito de busca e apreensão e um de condução coercitiva – quando a pessoa é levada a depor e depois liberada. Os mandados foram expedidos pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira, da 100º Zona Eleitoral de Campos.

    Segundo a PF, o ex-governador do Rio de Janeiro foi preso em seu apartamento na Senador Vergueiro, de onde teria saído sem algemas, e levado para a sede da PF na Zona Portuária. As imagens acima, feitas pelo cinegrafista William Corrêa, mostram o ex-governador sentado em uma sala; veja o vídeo. Ainda nesta quarta, Garotinho deve ser levado para Campos.

    Anthony Garotinho foi governador do estado do Rio de 1998 a 2002, quando concorreu à presidência, sendo derrotado pelo ex-presidente Lula. Sua mulher, Rosinha Garotinho, foi eleita governadora do estado, e ele foi secretário de Segurança de seu governo. Neste período, uma série de denúncias de crimes eleitorais e comuns recaíram sobre o casal.

    Defesa do ex-governador
    No dia 9 de novembro, um pedido de habeas corpus de Garotinho havia sido negado pelo juiz Glaucenir.

    O advogado Fernando Augusto Fernandes, que defende Garotinho, afirmou nesta quarta que o decreto de prisão "vem na sequência de uma série de prisões ilegais decretadas por aquele juízo e suspensas por decisões liminares do Superior Tribunal Eleitoral". Por meio de nota, a defesa diz ainda que a comarca é alvo de denúncia de abusos de maus-tratos a pessoas presas ilegalmente (veja a nota na íntegra ao final da reportagem).

    Segundo o advogado, o ex-governador deu uma declaração quando os policiais chegaram na sua casa. "Engraçado, eu que ajudo os pobres estou sendo preso por conta de Cheque Cidadão, que ajudo direcionado a população carente. Aqueles que roubam de verdade na Lava Jato, a grande maioria está solta ainda aqui no Rio de Janeiro."

    Um post no Blog do Garotinho diz que não dá provas contra o ex-governador e que a operação se baseia em depoimentos de "pessoas que foram coagidas a dizer ao delegado que havia participação política no programa, pois senão ficariam presas".

    Investigações
    A Operação Chequinho investiga um esquema de compra de votos em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Segundo o Ministério Público Estadual, em troca dos votos, a prefeitura oferecia inscrições fraudulentas no programa Cheque Cidadão, que dá R$ 200 por mês a cada beneficiário. A iniciativa é semelhante ao Bolsa Família e foi criada para atender a população de baixa renda.

    A operação começou em setembro deste ano, quando o MPE e a PF viram um "crescimento desordenado" do Cheque Cidadão. Em apenas dois meses, o número de inscritos passou de 12 mil para 30 mil. Desde então, a operação prendeu vereadores, eleitores e outros envolvidos no caso. Todos já foram soltos.

    Presos
    Em setembro, a PF prendeu a secretária municipal de Desenvolvimento Humano e Social e a coordenadora do Programa Cheque Cidadão em Campos dos Goytacazes. Segundo investigadores, também foram presos eleitores que tinham ligação com um vereador – ele foi detido em 29 de agosto suspeito de aliciamento de eleitores para a compra de votos.

    No dia 19 de outubro, dois vereadores foram presos temporariamente em Campos: Miguel Ribeiro Machado, o Miguelito, de 51 anos, Ozéias Martins, de 47. Machado ficou no Presídio Carlos Tinoco da Fonseca até o dia 26 de outubro, quando foi liberado. O vereador Ozéias Martins foi liberado no dia 29 de outubro.

    No dia 26 de outubro, o vereador Kellenson "Kellinho" Ayres Figueiredo de Souza (PR), de 55 anos, foi preso em uma nova fase da operação. Na ocasião, também foram presos chefes de postos de saúde na cidade. Kellinho conseguiu uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral e foi solto do Presídio Carlos Tinoco da Fonseca no dia 4 de novembro.

    Além disso, Gisele Kock, coordenadora do Cheque Cidadão na cidade, também está entre as que tiveram a prisão preventiva cumprida no dia 26 de outubro. Ela deixou presídio feminino Nilza da Silva Santos em 3 de novembro, após conseguir habeas corpus.

    No dia 29, a Polícia Federal prendeu Thiago Virgílio (PTC), vereador de Campos. O parlamentar foi preso em casa e levado para a sede da PF em Campos. Segundo a Polícia Federal, ele é suspeito de envolvimento com o esquema de compra de votos nas eleições 2016.

    Thiago foi solto do Presídio Carlos Tinoco da Fonseca no dia 3 de outubro, após o término da prisão preventiva. O parlamentar havia sido afastado pela Justiça Eleitoral das atividades na Câmara e ficou proibido de acessar e frequentar as dependências da Casa e da Prefeitura, e de manter contato com os beneficiários do Cheque Cidadão e com testemunhas do processo.

    No dia 31 de outubro, a vereadora eleita Linda Mara (PTC) e a ex-secretária municipal de Desenvolvimento Humano e Social, Ana Alice Ribeiro Lopes Alvarenga, foram presas pela Polícia Federal em um hotel de Copacana, Zona Sul do Rio.

    Uma terceira mulher, que é radialista de Campos, também foi presa. Linda Mara foi liberada após cumprir cinco dias de prisão temporária no Presídio Feminino Nilza da Silva Santos. Ana Alice deixou o presídio após conseguir habeas corpus no dia 3 de outubro. As três estavam foragidas por suspeita de envolvimento na Operação Chequinho.

    Nota da defesa
    ocorrido em razão de decO advogado criminalista Fernando Augusto Fernandes, responsável pela defesa de Anthony Garotinho, afirma que o decreto de prisão isão da 100ª Vara Eleitoral de Campos vem na sequência de uma série de prisões ilegais decretadas por aquele juízo e suspensas por decisões liminares do Superior Tribunal Eleitoral.

    “A prisão a qual está submetido o ex-governador é abusiva e ilegal e decorre de sua constante denúncia de abusos de maus tratos a pessoas presas ilegalmente naquela comarca. Estas denúncias de abuso foram dirigidas à Corregedoria da Polícia Federal e ao juiz, que nenhuma providência tomou. Pessoas presas mudaram vários depoimentos após ameaças do delegado. No entanto, o TSE já deferiu quatro liminares por prisões ilegais. A Justiça certamente não permitirá que este ato de exceção se mantenha contra Garotinho.” (Informações do G1)

     

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  • Após dois anos e quatro meses de prisão, Youssef é liberado nesta quinta

    Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

    O doleiro Alberto Youssef, preso por dois anos e quatro meses na sede da Polícia Federal, em Curitiba, será liberado nesta quinta-feira (17). Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o acordo de delação premiada – ele foi o terceiro réu a fechar colaboração, em 2014 – previa três anos de prisão. Em 2015, porém, a pena foi reduzida para dois anos e oito meses, com a vantagem de cumprir os últimos quatro meses em prisão domiciliar, usando tornozeleira eletrônica. O benefício foi concedido por conta da “efetividade” da delação. Ao todo, foram cem reuniões. Youssef já está de mudança para um apartamento em um bairro nobre de São Paulo. Um dos principais operadores do esquema de corrupção executado na Petrobras, alvo da Operação Lava Jato, aconselhou diversos presos da Lava Jato a fazerem a delação. Um dos que ouviu seu alerta foi o ex-vereador Alexandre Romano, o Chambinho. Ele foi preso em 2015 e passava noites chorando. Youssef se aproximou, disse conhecer bem o juiz Sérgio Moro e os procuradores e recomendou que ele falasse o quanto antes. Chambinho contratou o advogado do doleiro, Figueiredo Basto, e em dois meses já cumpria prisão domiciliar. Youssef também aconselhou Pedro Côrrea, Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa. Agentes da PF relatam que os possíveis depoentes eram colocados na cela de Youssef, para serem convencidos. A PF nega a medida.



  • Temer: Reforma da Previdência está 'formatada'; Lula preso geraria 'instabilidade'

    Foto: Beto Barata / Presidência da República

    O presidente Michel Temer afirmou em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, veiculada nesta segunda-feira (14), que a reforma da Previdência já está "formatada" e que deve ser encaminhada ao Congresso ainda este ano. A previsão do peemedebista é de que o texto comece a ser apreciado após a conclusão da tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 241, que se tornou PEC 55 no Senado) que estabelece um teto para os gastos do governo federal. A gestão Temer pretende que a reforma previdenciária seja feita de forma a “perdurar para sempre”, sem necessidade de novos ajustes. Para aprovar o projeto, o presidente disse que vai ouvir as centrais sindicais e fazer um “esclarecimento público” em rede nacional. “É difícil apoiar, mas pelo menos você vai asfaltando o terreno”.  As novas regras serão equivalentes para o setor público, privado e políticos. Temer também voltou a falar da reação às medidas do seu governo, com a ocorrência de ocupações em escolas e universidades em todo o país. "No meu tempo de estudante, você examinava, discutia, chamava pessoas para dialogar e às vezes protestava fisicamente. Vejo que há muito protesto físico, não argumentativo, intelectual", defendeu. Ao ser questionado sobre as menções a seu nome nas investigações da Operação Lava Jato, negou ter cometido irregularidades. Ele afirma que recebeu Marcelo Odebrecht no Palácio do Jaburu porque o empresário queria contribuir com as campanhas de seu partido. Temer informou ter recebido R$ 10 milhões em doações e que os repasses foram declarados à Justiça Eleitoral. Já sobre o processo que tramita no Tribunal Superior Eleitoral contra a chapa composta por ele e pela ex-presidente Dilma Rousseff, nas eleições de 2014, ele sustentou que as contas do candidato a presidente e do vice devem ser separadas. "Evidentemente, vocês conhecem a obediência que eu tenho às instituições, se um dia o TSE lá pra frente disser, 'olha, o Temer tem que sair...'", sinalizou. Ele ainda falou sobre eventual prisão do ex-presidente Lula e considerou que se a possibilidade fosse concretizada, seria ruim para sua gestão, pois traria instabilidade ao país.



  • MPF identifica mais de 870 mil beneficiários suspeitos de receber irregularmente o Bolsa Família

    O Ministério Público Federal (MPF) expediu recomendações a 4.703 prefeituras para que realizem visitas domiciliares a mais de 870 mil beneficiários do programa Bolsa Família suspeitos de não cumprir os requisitos econômicos estabelecidos pelo governo federal para recebimento do benefício. Segundo o Raio-X Bolsa Família, projeto de iniciativa do MPF, de 2013 a maio de 2016, os pagamentos a perfis suspeitos de irregularidades totalizam mais de R$ 3,3 bilhões. O Raio-X Bolsa Família é uma ação nacional coordenada pelas Câmaras Criminal e de Combate à Corrupção do MPF.

    O Ministério Público Federal (MPF) expediu recomendações a 4.703 prefeituras para que realizem visitas domiciliares a mais de 870 mil beneficiários do programa Bolsa Família suspeitos de não cumprir os requisitos econômicos estabelecidos pelo governo federal para recebimento do benefício. Segundo o Raio-X Bolsa Família, projeto de iniciativa do MPF, de 2013 a maio de 2016, os pagamentos a perfis suspeitos de irregularidades totalizam mais de R$ 3,3 bilhões. O Raio-X Bolsa Família é uma ação nacional coordenada pelas Câmaras Criminal e de Combate à Corrupção do MPF.

    O diagnóstico sobre o maior programa de transferência de renda do governo federal, assim como as ações propostas e os resultados alcançados estão disponíveis no site www.raioxbolsafamilia.mpf.mp.br, divulgado nesta sexta-feira, 11 de novembro. Nele, o cidadão poderá acessar a versão interativa* da ferramenta de inteligência desenvolvida pelo MPF e filtrar os dados selecionando a(s) unidade(s) da federação e município(s) que desejar.

    As recomendações foram expedidas em todo o país no período de julho a setembro deste ano, com prazo de 60 a 120 dias para que os gestores municipais informassem o número de irregularidades confirmadas e de benefícios cancelados. As respostas às recomendações ainda estão sendo recebidas e processadas pelo MPF.

    Os casos suspeitos foram identificados por meio de ferramenta de inteligência desenvolvida pelo Ministério Público Federal a partir do cruzamento de dados públicos fornecidos pelo próprio Governo Federal, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela Receita Federal e pelos Tribunais de Contas estaduais e municipais.

    Bahia – De acordo com o projeto, a Bahia foi o estado que repassou mais recursos para perfis suspeitos. O resultado aponta que R$536.716.597,00 foram dirigidos a 141.481 beneficiários que devem ter seu cadastro revisado, por recomendações do MPF-BA enviadas às respectivas prefeituras.

    Dados – O diagnóstico apontou grupos de beneficiários com indicativos de renda incompatíveis com o perfil de pobreza ou extrema pobreza exigido pelas normas do programa. Os perfis suspeitos foram classificados em cinco grupos: falecidos; servidores públicos com clã familiar de até quatro pessoas; empresários; doadores de campanha; e servidores doadores de campanha (independentemente do número de membros do clã familiar).

    O projeto do MPF analisou todos os valores pagos pelo Bolsa Família no período de 2013 a maio de 2016. Nesse ciclo, o programa pagou aos 21,4 milhões de beneficiários R$ 86,1 bilhões. Desse total de beneficiários, 874.115 foram considerados suspeitos.

    O valor pago a perfis suspeitos foi de R$ 3,3 bilhões, sendo R$ 2,03 bilhões pagos a empresários; R$ 1,23 bilhões a servidores públicos com clã familiar de até quatro pessoas; R$ 25,97 milhões pagos a beneficiários falecidos; R$ 11,89 milhões a doadores de campanhas que doaram valores superiores ao benefício recebido; R$ 11,48 milhões a servidores públicos doadores de campanha (independentemente do valor da doação). Veja o infográfico com os dados nacionais e os gráficos separados por estado.

    O MPF classificou estados e o Distrito Federal de acordo com o percentual de recursos pagos a perfis suspeitos, considerando o valor total recebido por aquela unidade. O estado com maior incidência percentual de perfis suspeitos foi Roraima, com 8,89% de recursos do programa pagos a perfis suspeitos. Já o estado do Pará apresentou o menor percentual de perfis suspeitos com relação ao total de recursos pagos pelo programa (1,62%).

    Ainda de acordo com a análise do MPF, apenas 31 cidades não apresentaram indícios de pagamento suspeito. O Rio Grande do Sul é o estado com maior número de municípios para os quais não foram detectados indícios de irregularidade (com 20 municípios na lista), seguido de Santa Catarina (com seis), São Paulo (com três) e Minas Gerais (com dois).

    Providências – Em 23 de maio, o MPF enviou comunicado à Secretaria Nacional de Renda e Cidadania (Senarc) no qual concedia prazo de 30 dias para que órgão informasse as providências adotadas diante de inconsistências identificadas em pagamentos e perfis dos beneficiários do Programa Bolsa Família. Após o comunicado, membros do MPF participaram, em 2 de junho, de reunião no Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário para discutir os problemas. Na ocasião, foram recebidos pelo ministro do MDSA, Osmar Terra, pelo secretário executivo Alberto Beltrame e pela equipe responsável pelo Bolsa Família.

    Por meio de portaria publicada em 22 de junho, foi instituído Grupo de Trabalho formado por várias instituições, com a finalidade de sugerir o aperfeiçoamento de rotinas de verificação de inconsistências e a qualificação das bases de dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. A convite do MDSA, o MPF não só expôs a metodologia de investigação utilizada no projeto Raio-X Bolsa Família, como também colheu sugestões para a melhoria de atuação futura.

    O aprimoramento dos mecanismos de controle do programa implementado pelo MDSA resultou, segundo anunciado pelo próprio governo federal, no cancelamento de 469 mil benefícios e no bloqueio de outros 654 mil. Em todos os casos, foi constatado que a renda das famílias era superior à exigida para ingresso e permanência no programa.

    *A versão interativa da ferramenta soma os perfis suspeitos que aparecem cadastrados em mais de um estado, em mais de um município ou em mais de uma categoria. Portanto, a soma dos números de beneficiários pode variar. No total, são 909.672 benefícios suspeitos sendo pagos a 874.115 pessoas (beneficiários com Número de Inscrição Social – NIS).

     

    Perfis de beneficiários considerados suspeitos pelo MPF

     

    Falecidos

    Estão nesse grupo os titulares (recebedores) de benefícios do programa Bolsa Família cujos CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou NIS (Número de Inscrição Social) utilizados no cadastro foram identificados como pertencentes a cidadãos falecidos. A recomendação do MPF nesses casos é para que a prefeitura verifique, inclusive com visita local às famílias feita pelas prefeituras, se houve algum equívoco no momento do cadastro e se o recebedor do benefício de fato está vivo.

     

    Servidores Públicos com clã familiar de até quatro pessoas

    Integram esse grupo tanto os titulares do benefício, quanto aqueles que integram seu clã familiar, que são servidores públicos federais, estaduais ou municipais.

    A condição de servidor, por si só, não impede que o cidadão se enquadre no perfil econômico exigido pelo programa para a concessão do benefício. Contudo, como a Administração Pública não pode pagar a qualquer servidor vencimento inferior ao salário mínimo, tendo o beneficiário declarado ter família com menos de quatro pessoas, conforme já apurado também pela ferramenta, o MPF entende que esses cadastros merecem ser revisados, com visitas prévia às famílias.

    Doadores de campanha eleitoral (Doação maior que benefício)

    Estão agrupados nesta categoria tanto os titulares do benefício, quanto aqueles que integram seu clã familiar, que aparecem, segundo dados do TSE, como doadores de campanha no mesmo exercício em que receberam o benefício do Governo Federal.

    Assim como no caso dos beneficiários servidores, o fato de ser um doador não significa, por si só, que o beneficiário está em situação irregular ou não cumpre os requisitos de capacidade econômica exigidos para o recebimento do benefício. No entanto, quando o valor doado supera o valor recebido a título de Bolsa Família, é possível inferir que o beneficiário não precisa do dinheiro para sua subsistência. Daí a necessidade de revisão dos cadastros de beneficiários nessa condição, precedida de visita pela prefeitura.

    Empresários

    Foram incluídos nesse grupo tanto os titulares do benefício, quanto aqueles que integram seu clã familiar, cujos CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou NIS (Número de Inscrição Social) utilizados no cadastro do programa estão vinculados a um ou mais CNPJs (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), indicando que são pessoas proprietárias ou responsáveis por empresas.

    O MPF não descarta a possibilidade de haver pequenos empresários que atendam aos requisitos de hipossuficiência (pobreza ou extrema pobreza) exigidos pelo programa para a concessão do benefício, mas entende que, em tese, esses seriam poucos casos. A revisão cuidadosa do cadastro desses beneficiários, com visitas prévia pela prefeitura, torna-se necessária para um melhor controle do programa.

    Servidores doadores de campanha

    Compõem este grupo tanto os titulares do benefício quanto aqueles que integram o clã familiar informado que são, simultaneamente, servidores públicos (federais, estaduais ou municipais) e doadores de campanhas eleitorais, independentemente do valor doado.

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  • PF deflagra operação contra grupo de extermínio composto por PMs de Goiás

    Primeira fase prendeu 19 PMs | Foto: Reprodução / TV Anhanguera

    A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (11) a segunda fase da Operação Sexto Mandamento, que investiga a ação de um grupo de extermínio formado por policiais militares de Goiás. São cumpridos três mandados de prisão temporária e 17 de condução coercitiva, estando entre os alvos integrantes do atual comando da Polícia Militar em Goiás e advogados. Chefe do Comando de Policiamento da Capital em Goiás, nomeado no início do ano, o tenente-coronel Ricardo Rocha será um dos conduzidos coercitivamente de Goiânia (GO) a Brasília, para prestar depoimento. Rocha já havia sido preso em 2011 por quatro meses na primeira fase da operação. Em 2014, foi a júri popular pela morte de Marcelo Coka da Silva, ocorrida dez anos antes do julgamento. A operação mobiliza 140 policiais, cumprindo as ordens judiciais na capital, Goiânia (GO), e nas cidades de Alvorada do Norte (GO) e Formosa (GO). A segunda fase investiga duas mortes e dois desaparecimentos relacionados ao grupo, ao qual é atribuído ao menos 100 homicídios desde 2010. Na primeira etapa da operação, deflagrada após de um ano de investigação, 19 PMs foram presos. Entre as vítimas estavam crianças, adolescentes e mulheres sem qualquer envolvimento com crimes. Segundo as investigações, a principal atividade da quadrilha era a prática habitual de homicídios, para simular que os crimes foram praticados em confrontos com as vítimas. De acordo com a PF, alguns dos crimes foram praticados durante o expediente e usando os carros da PM, de forma clandestina e sem qualquer motivação. O nome da operação é uma referência ao sexto mandamento da Bíblia: “Não matarás”.



  • Acordo de procuradores com executivos prevê prisão apenas para Marcelo Odebrecht

    Foto: Reprodução / Globo News

    O acordo de delação premiada em negociação entre a Odebrecht e a Procuradoria-Geral da República (PGR) prevê que, de todos os executivos do grupo, apenas o herdeiro e ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht passará um período na prisão. No caso dos demais 52 delatores em tratativas com a Operação Lava Jato, as penas em regime fechado poderão ser cumpridas em casa, com progressões graduais já estabelecidas. O Estadão apurou que um dos principais executivos da empreiteira, por exemplo, vai cumprir prisão domiciliar em regime fechado por um ano - nesse período não é permitido deixar a residência. Em seguida, no regime semiaberto, o delator poderá deixar sua casa durante o dia para trabalhar e, no último ano de pena, ele terá direito ao regime aberto. A pena prevista para Marcelo será de dez anos.

    Os primeiros dois anos e meio em regime fechado serão cumpridos na prisão. Depois desse período, no fim de 2017, passará a ter direito a progressões gradativas: dois anos e meio em regime fechado domiciliar, dois anos e meio no semiaberto e a última parte no regime aberto. A fase de negociação das penas é dada como concluída. A sistemática da delação da Odebrecht, no entanto, foi diferente de outros acordos negociados, por causa da dimensão do caso, e por isso ainda não está pronta para ser encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) para homologação pelo ministro Teori Zavascki. Apesar de as penas poderem ser cumpridas em casa, foram consideradas altas se comparadas com outros acordos de delação e pesadas na questão financeira - o reflexo disso será um recall em acordos como os da Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez para adequação ao novo padrão de penas. Além das delações dos executivos, 32 funcionários da Odebrecht também colaboram como lenientes - sem receber punição, eles contam o que viram dentro da empresa. A empreiteira vai pagar no acordo de leniência com a PGR uma multa na ordem de R$ 6 bilhões e cada executivo deverá fazer um ressarcimento individual. Os delatores precisarão pagar uma porcentagem do que receberam de remuneração da Odebrecht no período em que trabalharam no grupo. As negociações - que começaram com porcentagens de 20% - chegaram a casos em que a multa corresponde a 50% do recebido pelo delator. A porcentagem a ser devolvida varia de caso a caso, considerando o nível de envolvimento no esquema de corrupção e as quantias de dinheiro localizadas fora e dentro do País em contas dos executivos. Nas negociações, os executivos tiveram várias rodadas de conversas com os procuradores da República que conduzem a delação. Para agilizar o processo, investigadores solicitaram aos advogados que entregassem, além dos anexos detalhados com o que cada um vai relatar sobre os crimes, os termos de depoimentos já escritos. Normalmente, esses depoimentos são colhidos pelos procuradores. Agora, a PGR está na fase de "validação" dos depoimentos, em que o delator deve ler e confirmar o que escreveu. A previsão é de que essa fase das delações seja gravada. Nesta semana, advogados brasileiros da Odebrecht entrarão em conversas com advogados americanos sobre a negociação com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos em relação a outra investigação contra grupo. Até o momento, após idas e vindas, os americanos se deram por satisfeitos com a punição penal estabelecida pelo Brasil. A multa bilionária da leniência será dividida entre Brasil, Estados Unidos e Suíça.

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  • Operação Dragão: 36ª fase da Lava Jato cumpre 18 mandados em SP, PR e CE

    Foto: Divulgação/ PF

    A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (10), a 36ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Operação Dragão. Estão sendo cumprindo 18 mandados, sendo 16 de busca e apreensão e 02 de prisão preventiva – um deles tem como alvo o operador financeiro Adir Assad, que já está preso em Curitiba. São dois mandados no Paraná (um em Curitiba, na construtora Triunfo, e um em Londrina, na concessionária Econorte); um mandado no Ceará (Jaguarauana); e 13 de busca e apreensão em São Paulo (sete na capital paulista, cinco em Barueri, e um em Santana do Parnaíba). Cerca de 90 policiais participam da ação, que investiga dois operadores financeiros, responsáveis pela movimentação de recursos de origem ilegal, principalmente advindos de relações criminosas entre empreiteiras e empresas sediadas no Brasil com executivos e funcionários da Petrobras. A PF apura diversos crimes nesta etapa, incluindo corrupção, manutenção não declarada de valores no exterior e lavagem de dinheiro.  O nome “dragão” faz referência aos registros na contabilidade de um dos investigados, que chamava de “operação dragão” os negócios fechados com parte do grupo criminoso, destinados a disponibilizar recursos ilegais no Brasil, por meio de pagamentos realizados no exterior.



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