BUSCA PELA CATEGORIA "BRASIL"

  • PF cumpre novos mandados na operação contra desvios no transporte público do RJ

    Jacob Barata Filho foi preso na noite de domingo (2) (Foto: Reprodução/Globo)

    A Polícia Federal realiza um desdobramento da Operação Ponto Final, na manhã desta quarta-feira (5), no Rio de Janeiro. Os agentes saíram da sede da PF, no Centro, por volta das 5h30, com rumo a diferentes endereços. Eles visam cumprir um mandado de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, e três de busca e apreensão.

    Por volta das 6h20, os agentes saíram de um prédio da Rua Alberto de Campos, em Ipanema, na Zona Sul da cidade, conduzindo coercitivamente um homem. Ele foi levado a um prédio comercial na Rua Visconde Pirajá, no mesmo bairro.

    (Correção: ao ser publicada, esta reportagem errou ao informar que estavam sendo cumpridos três mandados de condução coercitiva. O erro foi corrigido às 7h55).

    Na segunda-feira (3), a ação foi desencadeada e resultou na prisão de 10 pessoas ligadas ao transporte público no estado. Além dessas, o empresário Jacob Barata Filho foi preso na noite de domingo (2) no aeroporto Internacional Galeão quando tentava embarcar para Portugal. Também foram cumpridos menos 30 mandados de busca e apreensão.

    De acordo com a investigação da PF e do Ministério Público Federal, empresários são acusados de desviar até R$ 500 milhões sob o comando do ex-governador Sérgio Cabral. Esse esquema criminoso envolvia agentes públicos, políticos e também representantes de órgãos responsáveis por fiscalizar o transporte público e também empresários desse setor de transporte.

    Nesta terça, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que dez dos presos na operação já passaram a noite de segunda-feira (3), na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, região central do Rio.

    Estão presos na unidade Jacob Barata Filho, Marcelo Traça Gonçalves, Lelis Marcos Teixeira, João Augusto Morais Monteiro, Marcelo Marques Pereira de Miranda, Carlos Roberto Alves, Otacílio de Almeida Monteiro, Eneas da Silva Bueno, Claudio Sa Garcia de Freitas e David Augusto da Câmara Sampaio.

    Rogério Onofre, ex-presidente do Detro, foi preso em Florianópolis pela Polícia Federal e transferido para a unidade carioca, mas, segundo a Seap, ainda não deu entrada no presídio de Benfica.

    O único foragido é José Carlos Reis, Lavoura. Conselheiro da Fetranspor suspeito de receber R$ 40 milhões, ele está em Portugal. A Interpol foi acionada.

     

    Saiba como funcionava o esquema

     

    A Operação Lava Jato interrompeu um esquema de corrupção antigo: foram 26 anos de propinas, segundo o colaborador Edimar Moreira Dantas. Ele era funcionário da empresa Hoya, a corretora de valores e câmbio do doleiro e delator Álvaro José Novis. Era ela quem controlava as planilhas e os pagamentos do caixa dois da Fetranspor. Dantas revelou que a federação, a mando de Lavouras, passou a utilizar os serviços dele para guardar dinheiro e fazer pagamentos de vantagens indevidas a políticos.

    Dantas contou que, entre 1990 e 2016, as ordens para os pagamentos eram dadas unicamente por José Carlos Lavouras, presidente do conselho da Fetranspor, sempre em bilhetes.

    Os procuradores descobriram que Lavouras foi um dos que mais receberam propina entre 2010 e 2016: R$ 40 milhões, em três contas.

    O conselheiro da Fetranspor é o único que ainda não foi preso na operação Ponto Final entre os que tiveram prisão decretada. Ele está em Portugal, e os advogados disseram que ele volta ao Rio no próximo sábado.

    Edimar Dantas também entregou aos procuradores uma tabela com a relação das empresas de ônibus que participavam do esquema ilegal. Só em janeiro do ano passado, elas arrecadaram cerca de R$ 6,5 milhões. Quase R$ 1,2 milhão foram descontados para pagar o que os investigadores chamam de "despesas operacionais".

    Essa era a verba mensal, necessária para manter a quadrilha funcionando, pagando seguranças, funcionários e taxas em geral. Os R$ 5,2 milhões que sobraram foram repassados para uma conta da quadrilha.(G1)

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  • Prazo para parcelamento de dívidas para MEIs começa nesta segunda

    Foto: Valdir Ribeiro Jr. / PEGN

    A Receita Federal abriu nesta segunda-feira (3) o prazo para os microempreendedores individuais (MEIs) solicitarem o parcelamento de dívidas com o Fisco. Os débitos apontados no Sistema de Recolhimento em valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional (Simei), referentes até a competência do mês de maio de 2016, poderão ser pagos em até 120 prestações. O prazo vai até o dia 2 de outubro de 2017. A solicitação pode ser feita das 8h às 20h (horário de Brasília), exclusivamente no site da Receita (clique aqui)ou pelo portal do Simples Nacional (clique aqui). As prestações devem ter valor mínimo de R$ 50. Não é necessária a apresentação de garantia. Desde a criação do MEI, em 2009, é a primeira vez que o governo abre um programa de parcelamento de dívidas. A medida inclui a possibilidade de redução do valor da multa, que pode ser de 40% se o requerimento for feito em até 30 dias a partir da data em que o microempreendedor foi notificado do lançamento. O desconto será de 20% se o pedido de parcelamento for feito no mesmo período a partir da notificação de decisão administrativa de primeira instância.(Bahia Notícias)



  • 54 PMs e 22 traficantes são presos em megaoperação no RJ

    PM preso na megaoperação esconde o rosto ao ser levado por outrols policiais (Foto: Fernanda Rouvenat/G1)

    Megaoperação deflagrada para prender 96 PMs, 70 traficantes e outros integrantes de esquema em São Gonçalo. Até as 13h, 54 PMs e 22 traficantes haviam sido presos.

    "Laranjas podres". Assim o delegado Fábio Barucke, da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, se referiu aos PMs denunciados na maior operação contra a corrupção na Polícia Militar já realizada na história do Rio. Ao todo, 96 policiais militares tiveram mandado de prisão preventiva decretado, assim como 70 traficantes e outros criminosos apontados como integrantes de esquema de corrupção em São Gonçalo, Região Metropolitana.A ação é realizada por agentes da Polícia Civil, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP-RJ), e da Corregedoria da Polícia Militar. Dos 184 mandados de prisão preventiva, por volta das 13h os agentes já tinham cumprido 54 contra PMs (cinco deles já estavam presos) e 22 contra traficantes (15 presos anteriormente).

     
     
     
     

     

    54 PMs e 22 traficantes são presos em megaoperação no RJ

    PMs denunciados por esquema de corrupção em São Gonçalo (Foto: Reprodução/Globo)

    A ação foi deflagrada a partir de uma delação. Segundo Barucke, alguns dos policiais presos já manifestaram a intenção de fazer novas delações sobre o esquema.

    "Pela minha experiência profissional, a vida de traficante é uma vida curta. Muitas vezes são presos sem que a gente precise procurar, pela Polícia Militar. Porém, esses maus policiais davam cobertura a eles", explicou o delegado.

    Segundo o secretário de Segurança do RJ, Roberto Sá, a polícia luta para se renovar e eliminar os agentes que não tem uma postura correta. "Desconheço instituições que cortem na carne como as polícias. Não é simples, mas necessário. A gente segue adiante. A sociedade precisa de nossas instituições", explicou Sá.

    O comandante-geral da Polícia MIlitar, coronel Wolney Dias, falou sobre as prisões: "Essa instituição está sangrando, perdendo a vida em prol do Estado do Rio de Janeiro", destacou o PM.

     

    "Não compactuamos com qualquer desvio de conduta. Não queremos os maus policiais nas nossas fileiras. Se precisar excluir 90, 900, 9 mil, não importa. Nós não os queremos na nossa instituição. O policial que trai o seu dever de ofício não é digno de vestir a farda da Polícia MIlitar", explicou o comandante da PM.

    A operação para prender os envolvidos, batizada de Calabar, conta com 800 agentes e 110 delegados, que deixaram a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, Zona Norte da cidade, às 5h.

    Os policiais detidos irão responder por organização criminosa e corrupção passiva. Já os bandidos respondem por tráfico, organização criminosa e corrupção ativa. O nome Calabar é uma referência a Domingos Fernandes Calabar, considerado o maior traidor da história do país.

     

    'Varejistas do crime'

     

    A investigação mostra que os PMs atuavam como "varejistas do crime" e chegavam a ofertar serviços diversos a traficantes. Por exemplo, os militares escoltavam os chamados "bondes" de criminosos de um local a outro, e até alugavam armas da corporação, incluindo fuzis, aos traficantes.

    Há casos também, segundo a polícia, de sequestros de traficantes realizados pelos PMs. Nas escutas, os agentes identificaram que os militares chegavam a cobrar R$ 10 mil pelo resgate de bandidos.

    Outra das conclusões do inquérito é que todas as semanas, de quinta-feira a domingo, as viaturas do batalhão circulavam por ruas de São Gonçalo exclusivamente para recolher o "arrego" que, no jargão, é a quantia paga por criminosos a policiais para não atrapalhar os negócios de bandidos. O valor cobrado pelos PMs variava entre R$ 1,5 mil e R$ 2,5 mil para cada equipe de policiais que estava de plantão.

    Agentes que investigaram o esquema estimam que a venda de favores e cobrança de dinheiro a traficantes rendesse, pelo menos, R$ 350 mil por semana aos PMs que estavam no Grupamento de Ações Táticas (GAT), Patrulha Tático Móvel (PATAMO), Serviço Reservado (P-2), no Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) e Ocupação (uma espécie de "UPP" de São Gonçalo).

     

    O que diz a PM?

     

    Em nota, a Polícia Militar publicou a seguinte nota: "Policiais militares, todos nós iniciamos o dia de hoje incomodados pela operação que está em curso. Sentimos na própria pele toda vez que policiais militares são acusados de crimes graves. Mas não podemos deixar de ressaltar que se trata de uma operação necessária para nos fortalecer. A operação de hoje, ao contrário do que alguns querem construir, teve participação constante da Corregedoria Interna da PM, o que mostra que não foram órgãos externos que protagonizaram essa ação. Desafiamos outro órgão correcional de qualquer segmento profissional a mostrar resultados tão contundentes quanto a Corregedoria da PM na apuração de desvios e exclusão de seus agentes."(G1)

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  • Operação cumpre quase 100 mandados de prisão contra PMs

    foto:Cecília Ritto

    Uma megaoperação da Polícia Civil cumpre 96 mandados de prisão contra policiais militares no Rio de Janeiro. Os PMs são acusados de receberem propina de traficantes para não combater o tráfico de drogas em São Gonçalo, na Região Metropolitana da capital. O esquema de recebimento de propina rendaria cerca de R$ 1 milhão por mês aos militares. A ação também cumpre mandados contra 70 traficantes e outros acusados, totalizando 184 mandados expedidos pela Justiça.

    Batizada de Calabar, a operação contou com 800 agentes e 110 delegados. A ação é, segundo a polícia, a maior da história relativa a casos de corrupção envolvendo PMs e traficantes.

    A ação é coordenada pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, da Polícia Civil, e pelo Grupo de Ações Especiais contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público.(VEJA.com)



  • CCJ aprova relatório da reforma trabalhista por 16 votos a 9; houve 1 abstenção

    Foto: Agência Brasil

    A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou por volta das 23h20 desta quarta-feira (28) o relatório da reforma trabalhista produzido pelo líder do governo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR). O texto contou com apoio de 16 senadores, nove votos contra e uma abstenção. Era necessária maioria simples para aprovação do projeto e os governistas previam apoio de 15 senadores. Agora, o texto segue para o plenário do Senado, a última etapa no Congresso antes da sanção presidencial. O relatório de Jucá pede a aprovação integral do projeto vindo da Câmara dos Deputados e rejeita a acusação de que trabalhadores perderão direitos com a mudança na legislação. Para o relator, o projeto de reforma trabalhista não viola preceitos constitucionais. "Verifica-se que o projeto de lei não suprime direitos dos trabalhadores", cita o texto aprovado pelos senadores. "A análise sistêmica (e despida de preconceitos) da proposição revela que ela fortalece os sindicatos brasileiros, confere maior autonomia (sem desproteção) aos trabalhadores, reduz os custos de transação gerados pelas normas trabalhistas e desburocratiza as relações laborais", cita o relatório de Jucá. Com a vitória na CCJ, o governo tenta recuperar o fôlego após a derrota do parecer governista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). A rejeição na comissão anterior pegou o governo de surpresa e houve atenção especial para a articulação dos senadores nesta sessão da CCJ. No plenário do Senado, para onde segue o texto, há possibilidade de o projeto tramitar em urgência, o que poderia acelerar a votação. O regime de urgência deve ser votado nesta quinta-feira (29) no plenário da Casa.(Bahia Notícias)



  • 8 milhões têm pouco mais de 30 dias para sacar conta inativa do FGTS

    Falta pouco mais de um mês para os trabalhadores que têm saldo em contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) sacarem seus recursos. Segundo a Caixa Econômica Federal, até o dia 21 de junho, cerca de R$ 37 bilhões foram entregues a 22,1 milhões de beneficiários. O montante representa quase 85% do total de recursos disponíveis, contabilizados de um total de R$ 43,6 bilhões.

    Para os próximos dias, a Caixa ainda espera atender até 8 milhões de pessoas. Desde o início das retiradas, 45% dos beneficiários fizeram os saques diretamente na boca do caixa, em uma agência bancária. No entanto, é possível obter o recurso das contas inativas com saldo de até R$ 1,5 mil nos terminais de autoatendimento da instituição com o número do PIS e uma senha que é cadastrada na hora, no caso de não possuir o Cartão do Cidadão. Para valores entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil, será necessário ter o Cartão do Cidadão e a senha.

    Nos correspondentes Caixa Aqui e nas Lotéricas, será permitido sacar até R$ 3 mil. Para isso, será preciso apresentar documento de identificação, Cartão do Cidadão e senha. Valores acima de R$ 3 mil serão sacados exclusivamente nas agências, sendo que, no caso de valores superiores a R$ 10 mil, o trabalhador precisará apresentar carteira de trabalho ou documento que comprove a extinção do vínculo com a empresa.

    Para o planejador financeiro José Raymundo, o principal destino do dinheiro deve ser a quitação de dívida. Só depois o beneficiário deve pensar em investimento ou em consumo. “Se a pessoa está endividada, 

    precisa negociar com o credor para quitar a dívida. Agora, se a pessoa está desempregada, é difícil abrir mão do dinheiro para o sustento. 

    No caso do pagamento de débitos, Raymundo sugere que, se possível, o consumidor tente pagar todo o montante, o que abre margem para negociações. 

    “Se a pessoa vai sacar R$ 5 mil do FGTS e tem uma dívida de R$ 7 mil, é importante que a pessoa tente negociar com o credor. Se o valor da dívida for muito maior, paga-se aquilo que pode e tenta-se rever os juros da dívida e o prazo”, afirma. “O dinheiro do FGTS é um trunfo que o consumidor tem em mãos”, destaca o especialista.

    Raymundo acrescenta que mesmo no caso de dívidas contraídas por meio de prestações futuras, como um crédito para a compra de eletrodoméstico ou um automóvel, é uma boa estratégia antecipar o pagamento. Isso vai abrir espaço no fluxo de caixa. “Assim, ele poderá guardar dinheiro. Se o consumidor tiver disciplina, vale a pena essa folga para fazer uma poupança.”

    Brasileiro  no exterior

    Se o tempo já é curto para quem ainda não sacou os recursos do FGTS, para os brasileiros que estão fora do País, a situação é ainda pior. O dinheiro pode ser liberado pela Caixa em até 15 dias após o envio da solicitação de saque, que acontece via serviço consular.

    O processo exigido pelo banco no exterior é mais burocrático que no Brasil e envolve agendar uma visita aos consulados do governo brasileiro e seguir uma série de orientações.

    A analista de comércio exterior Lilian Ponchio, por exemplo, mora em Londres e conta que nem considerava mais conseguir sacar seu FGTS. Todo processo levou cerca de 30 dias. Ela explica que quando o consulado do governo abriu processo de solicitação, em março, ela conseguiu agenda apenas para abril e 17 dias após o envio da solicitação, recebeu um e-mail da Caixa informando que o saque estaria disponível a partir de maio. Lilian entrou em contato com a Caixa para saber se estava tudo certo, mas nunca teve resposta. O dinheiro foi depositado, mas Lilian não tem certeza se o valor corresponde a todos os recursos disponíveis ou se havia alguma conta bloqueada. “Não fazia ideia do meu saldo, que nunca foi informado”, diz.(ESTADÃO)

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  • Avião com 500 quilos de cocaína é interceptado pela FAB em Goiás

    Um avião bimotor com cerca de 500 quilos de cocaína foi interceptado hoje (25) no interior de Goiás, por um avião A-29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira (FAB). A ação faz parte da Operação Ostium para coibir ilícitos transfronteiriços, na qual atuam em conjunto a FAB, a Polícia Federal e órgãos de segurança pública.

    Segundo nota divulgada pela Aeronáutica, o avião decolou da Fazenda Itamarati Norte, no município de Campo Novo do Parecis (MT) com destino a Santo Antonio Leverger (MT). O piloto da FAB comandou a mudança de rota e o pouso obrigatório no aeródromo de Aragarças (GO). Inicialmente, a aeronave interceptada seguiu as instruções da defesa aérea, mas ao invés de pousar no aeródromo indicado, arremeteu. O piloto da FAB novamente comandou a mudança de rota e solicitou o pouso, porém o avião não respondeu, sendo classificado como hostil.

    O A-29 da FAB executou um tiro de aviso para forçar o piloto da aeronave interceptada a cumprir as determinações da Defesa Aérea, e voltou a comandar o pouso obrigatório. O bimotor novamente não respondeu e pousou na zona rural do município de Jussara, interior de Goiás. Um helicóptero da Polícia Militar de Goiás foi acionado e fez buscas no local.

    O avião será removido para o quartel da Polícia Militar de Goiás em Jussara. A droga apreendida será encaminhada para a Polícia Federal em Goiânia. (Istoé)



  • Quina de São João tem 12 apostas ganhadoras: cada uma leva R$ 11,6 milhões

    A Caixa realizou neste sábado (24) o sorteio da Quina de São João, pelo concurso 4.412. As dezenas foram: 06 - 07 - 13 - 14 - 26. Houve 12 apostas vencedoras, e cada uma ganhou R$ 11.622.069,29. O prêmio total foi de R$ 139,4 milhões.

    A Quadra teve 4.311 acertadores, e cada um levou R$ 2.516,56. Outros 236.205 apostadores ganharam no Terno. O prêmio é de R$ 69,06 para cada. Por fim, o Duque paga R$ 1,87 para cada um dos 4.786.382 ganhadores.

    O sorteio aconteceu às 20h em Campina Grande, na Paraíba.

    No próximo sorteio da Quina, na segunda-feira (26), a estimativa de prêmio é de R$ 600 mil.

    Quina

    Para jogar na quina, basta escolher cinco números dentre os 80 no bilhete. A aposta mais simples custa R$ 1,50. Quem acerta cinco, quatro, três ou dois números ganha um prêmio na respectiva faixa de acerto.



  • Acidente com carreta, ônibus e duas ambulâncias deixa ao menos 15 mortos no ES

    Foto: Internauta / Gazeta Online

    Um grave acidente envolvendo duas ambulâncias, uma carreta e um ônibus deixou 15 mortos e vários feridos no km 343 da BR-101, em Guarapari (ES), na região metropolitana de Vitória. Segundo informações do portal G1, os dados foram confirmados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) às 9h18. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o número de mortos pode ser maior, porque as equipes de resgate ainda estão em atendimento. O acidente ocorreu por volta das 5h50. Os dois sentidos da rodovia estavam interditados até as 8h30. Segundo a PRF, a carreta transportava rocha, invadiu a contramão e colidiu com um ônibus da Viação Águia Branca, que trafegava de São Paulo para Vitória. As duas ambulâncias envolvidas no acidente estavam atrás do coletivo e também foram atingidas – os dois veículos pertencem aos municípios capixabas de Jerônimo Monteiro e Alfredo Chaves. Testemunhas relatam que o coletivo partiu ao meio e pegou fogo logo após a colisão.

    Acidente com carreta, ônibus e duas ambulâncias deixa ao menos 15 mortos no ES

    Os passageiros do ônibus receberam os primeiros socorros ainda na rodovia. Alguns dos feridos foram encaminhados para hospitais da região de helicóptero. Segundo a PRF, a maioria das vítimas teria morrido carbonizada. Os feridos estão sendo levados para o Hospital Jayme Santos Neves, Antônio Bezerra de Faria e o Hospital São Lucas, todos na Grande Vitória. O secretário de Saúde de Jerônimo Monteiro, José Maria Justo, apontou que o veículo do município era uma Doblô, na qual estavam o motorista, três pacientes, e dois acompanhantes. Justo afirma que o condutor tentou desviar para acostamento, de forma a evitar a colisão com a carreta e o ônibus, mas acabou batendo na traseira da ambulância de Alfredo Chaves. O motorista morreu no local do acidente, enquanto os passageiros não tiveram ferimentos. "Estamos com um sentimento de tristeza muito grande. Perdemos um colega de trabalho. Agora, os passageiros estão na sede da polícia em Anchieta, aguardando o transporte da prefeitura para que possam voltar para Jerônimo Monteiro", declarou Justo. Na ambulância de Alfredo Chaves estavam um motorista, uma paciente e um acompanhante. Os três já receberam atendimento médico e passam bem. A prefeitura informou que o motorista tentou desviar do acidente e acabou capotando. A paciente que era transportada ia a um hospital de Vitória por conta de uma torção no pé. 

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  • Pastora trabalha há mais de 10 anos na Cracolândia e já adotou 2 filhos de usuários

    Pastora Nildes trabalha há 16 anos na região da Cracolândia. Usuários chegam a esconder o cachimbo quando ela passa, em sinal de respeito (Foto: Fábio Tito/G1)

    “Você está com a pessoa mais querida do mundo, já sabe ou não?”, pergunta um usuário de crack de 70 anos à reportagem. Ele está falando da Pastora Nildes Néri, que, dos seus 50 anos, há 13 trabalha no atendimento aos usuários de drogas da região da Cracolândia. Neste tempo, além de ganhar o respeito dos dependentes – que chegam a esconder o cachimbo quando ela passa – a pastora adotou duas crianças.

    A história da pastora Nildes na Cracolândia começa em 2004, quando ela chegou de Salvador para morar na Rua Conselheiro Nébias, região da Luz, onde havia uma grande concentração de usuários. “Eu nunca tinha visto na minha vida tanta gente numa rua usando drogas”. Ela chegou com o marido e duas filhas, de 11 e 15 anos, para ser missionária pela Igreja do Evangelho Quadrangular.

    “Vendo as famílias ali, comecei a me preocupar com eles. E da janela de onde eu morava eu via as pessoas morrendo. E acho que a maior necessidade deles muitas vezes era ter alguém para conversar. Era um ouvido, um abraço, um aperto de mão, um bom dia. E eu olhei e falei, quero ajudar essas pessoas”, conta Nildes.Ela conta que fazia um "trabalho de formiguinha". "Levava eles para um espaço para dar banho, para dar comida, para ouvir. Então a nossa casa se tornou um lugar onde eles batiam todos os dias”, explica. As filhas de Nildes eram chamadas de “irmãs” pelos usuários

    Acostumados a procurar a pastora quando precisavam, um dia ela escutou: “pastora, nós estamos com uma criança aqui, o pai saiu e não voltou”. Dias depois descobriram que o pai estava preso. O menino tinha 4 anos. Nildes encontrou o avô da criança, que não tinha condições financeiras para criá-lo e passou a guarda para ela.

    Rafael hoje tem 12 anos e conhece sua história. “Faz pouco tempo apresentei o pai biológico dele, falo da história que ele teve lá atrás, e o que ele pode conseguir daqui pra frente”, explicou Nildes.

    Pouco mais de um ano depois de adotar Rafael, Nildes acolheu em sua casa uma usuária de crack e seu filho de 6 meses. Certo dia, a mãe saiu e não voltou, e a Justiça deu a guarda para a pastora. Hoje, Kauan tem 7 anos e é o caçula dos quatro filhos.

    Em 2012, ela se mudou para a Alameda Dino Bueno, que há alguns anos concentrava o “fluxo” de usuários de drogas. No ano seguinte, Nildes foi convidada para trabalhar no Programa Recomeço, do governo estadual, que atende dependentes químicos. No projeto desde então, hoje ela coordena os conselheiros da tenda que fica na esquina da Rua Helvétia com a Dino Bueno. A pastora também virou presidente de uma ONG que trabalha com dependentes, o Centro Assistencial ao Povo Carente de São Paulo.

    “Me sinto muito honrada de estar aqui. Eu me sinto muito honrada quando eu entro dentro da Cracolândia e eles escondem o cachimbo, e eles falam, ‘olha a pastora'. É o respeito, né”. "Eu me sinto grata, porque é uma oportunidade que Deus tá me dando pra eu servir o meu semelhante”, conta Nildes.

     

    Apesar do discurso religioso, Nildes disse que não entra com a Bíblia no "fluxo" e nem fala sobre religião. “Não imponho religião, não ando orando com ninguém, mas quando eles pedem ‘pastora, ora por mim’, eu faço”.“Fiquei muito feliz porque o Padre Julio Lancelloti falou uma frase para mim: 'você é minha pastora'". Católico, o padre Júlio é conhecido por seu trabalho de auxílio aos moradores de rua. “Eu disse ‘e você é o meu padre’. Fiquei muito feliz porque não há barreiras”, completa Nildes.(G1)

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  • Médica acusada de matar pacientes em UTI será indenizada em R$ 4 milhões

    Médica acusada de matar pacientes em UTI será indenizada em R$ 4 milhões (Foto: Reprodução/RPC)

    Virgínia foi inocentada em abril da acusação de matar pacientes na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, e agora receberá indenização do hospital que a demitiu após as suspeitas dos crimes

    O Hospital Evangélico de Curitiba, no Paraná, indenizará a médica Virgínia Soares de Souza, acusada em 2013 de antecipar a morte de oito pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no valor de R$ 4 milhões. Durante as suspeitas dos crimes, na época, o hospital demitiu a então chefe da UTI.

     

    No dia 20 de abril deste ano, a médica e outras sete pessoas foram absolvidos das acusações por decisão do juiz Daniel Surdi Avellar, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba.

    A Justiça considerou que faltaram provas suficientes que a condenassem. "Uma decisão de pronúncia que se repute minimamente democrática jamais poderia se amparar em afirmações genéricas no sentido de que 'ocorriam antecipações' de óbito na UTI do Hospital Evangélico", disse o juiz na decisão.

    O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) mantém a decisão contra o Hospital Evangélico, que demitiu Virgínia, ex-chefe da UTI, conforme o advogado da médica, Elias Mattar Assad.

    O caso ocorreu em 2013, quando Virgínia e os outros profissionais foram acusados de causar a a antecipação da morte de oito pacientes com o objetivo de liberar leitos na unidade do hospital.

    Conforme a denúncia, na época, técnicas médicas teriam sidos usadas para que os internados viesse a óbito. Eles foram condenados pelo Ministério Público de terem praticado homicídios dolosos duplamente qualificados, além de formação de quadrilha.

    De acordo com informações divulgadas, o advogado disse que a sua cliente havia sido acusada, presa e linchada moralmente de forma injusta. "Ficou provado que a médica apenas praticou atos com justificativas em literaturas médicas e objetivos de salvar vidas de pacientes críticos", afirmou. Conforme a nota, Virgínia foi "demonizada nos meios de comunicação".

    O Ministério Público do Paraná vai recorrer da decisão de Avellar. (Fonte: Correio24horas)

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  • Acidente com ônibus deixa oito mortos e 27 feridos na BR-251, diz Samu

    Pelo menos oito pessoas morreram e 27 ficaram feridas em um acidente com um ônibus na BR-251, próximo a Salinas, na madrugada desta segunda-feira (19), segundo o Samu. Entre os mortos está um bebê de dois meses. A Polícia Rodoviária Federal, porém, afirma que são nove mortos.

    Ainda segundo o Samu, o ônibus saiu da pista e capotou. As causas do acidente são desconhecidas e a perícia foi acionada. Os feridos estão sendo encaminhados para o hospital de Salinas.

    A Polícia Rodoviária Federal informou que o ônibus não é de linha regular e seguia de São Paulo para o estado da Bahia. Ainda segundo a PRF, a pista não precisou ser interditada.(G1)

    Acidente com ônibus deixa oito mortos e 27 feridos na BR-251, diz Samu

    Pelo menos 27 pessoas ficaram feridas (Foto: Polícia Militar/ Divulgação)



  • MBL lança campanha para extinguir semiaberto e endurecer regras de progressão de regime

    Críticos das superpopulações no sistema prisional combaterão proposta bancada pelo MBL

    O Movimento Brasil Livre (MBL) lançará amanhã (segunda, 19) uma campanha pela aprovação do projeto que endurece as condições para a progressão de regime e acaba com o regime semiaberto. Pela proposta, que já está em tramitação na Câmara, para ter direito a progressão a pessoa que cometeu o delito deve ter cumprido pelo menos dois terços da pena, além de passar pela avaliação de uma comissão interdisciplinar para verificar se o apenado tem, de fato, condições de ir para o sistema aberto.

    No caso de crime hediondo, o movimento defende que seja necessário o cumprimento de quatro quintos da pena. Atualmente, a legislação penal brasileira permite que a progressão seja concedida após o cumprimento de um sexto da pena no regime anterior, além do atendimento do critério de bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento em questão. No caso de crime com menor potencial ofensivo, o apenado deve cumprir dois quintos da pena para depois ter direito à progressão.

    A campanha promovida pelo MBL vai começar com um vídeo de exposição com dados sobre o regime semiaberto e a taxa de condenados que progridem de regime e voltam a cometer crimes. Além disso, o grupo incentivará a população a telefonar para gabinetes dos líderes congressistas e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que o projeto seja pautado o mais rapidamente possível. Uma equipe do MBL, em Brasília, ficará incumbida de ir de gabinete em gabinete cobrar uma posição dos deputados. Caso a proposta vá para votação, o movimento pretende fazer mobilizações nas dependências da Casa.

    “Ilusão”

    A proposta foi elaborada por um movimento gaúcho chamado “Movimento Paz” e assinado pela bancada gaúcha na Câmara. Ao Congresso em Foco, Kim Kataguiri, um dos líderes do MBL, afirmou que a legislação atual é uma das mais brandas entre todos os outros países. “Nossos critérios para a progressão de regime estão entre os mais frouxos no mundo. Ao mesmo tempo, o que os dados das secretarias de segurança de diversos estados do país mostram é que a maioria dos que progridem voltam a cometer crimes”, ressaltou.

    Para ele, o atual modelo de semiaberto é uma “ilusão” cujos benefícios só existem no papel. “Na prática, o criminoso cumpre um sexto da pena e já está livre para voltar a roubar, matar. Temos muitos presos? Temos, mas o fato é que, hoje, a maioria dos condenados que vão para a cadeia nunca deveriam ter saído dela, daí a importância de revermos o semiaberto e os critérios para a progressão de regime”, ponderou.

    Atualmente, o país conta com uma população carcerária de pouco mais de 600 mil detentos, que se alojam entre as 376.669 vagas existentes no sistema. Em média, um preso custa ao governo R$ 3 mil por mês. Diante desse cenário, a proposta deve encontrar resistência de uma parte da bancada que defende o desafogamento do sistema carcerário brasileiro, que hoje possui cerca de 40% de presos provisórios. O governo e o Judiciário defendem a liberdade de presos provisórios e penas alternativas à prisão para crimes de menor potencial ofensivo.

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  • Operação contra facção no RN tem 21 mandados de prisão

    Penitenciária Estadual de Alcaçuz, maior unidade prisional do Rio Grande do Norte, é um dos locais onde são cumpridos mandados da operação Juízo Final (Foto: Ney Douglas)

    Após quase dois anos de investigação, o Ministério Público do Rio Grande do Norte deflagrou nesta sexta-feira (16) uma operação contra integrantes de uma facção criminosa que coordenavam – de dentro de presídios – ações relacionadas ao tráfico de drogas, roubo de veículos, estouros de caixas eletrônicos, homicídios, estruturação da facção, entre outros.

     
     

    Denominada Juízo Final, a operação busca o cumprimento de 129 mandados de busca e apreensão, 21 mandados de prisão e 24 conduções coercitivas. As medidas estão sendo cumpridas em Natal, Parnamirim, Ceará Mirim, Macaíba, Baía Formosa, Mossoró, Itajá, Felipe Guerra, Baraúna, Caraúbas, Martins, Pau dos Ferros, São Francisco do Oeste, Tenente Laurentino Cruz.

    Também há cumprimento de mandados na Penitenciária Rogério Coutinho Madruga (Pav. 5), Penitenciária de Alcacuz, Cadeia Pública de Natal, CDP Zona Norte, Complexo Penal João Chaves, CDP Pirangi, Penitenciária Estadual de Parnamirim, CDP Parnamirim, Cadeia Pública de Mossoró, Presídio Mário Negócio, Cadeia Pública de Caraúbas, Presídio de Pau dos Ferros, CDP Patu, CDP Parelhas, CDP Jucurutu.

    A investigação mostrou que os alvos comandam o tráfico de drogas de dentro dos presídios apresentando uma área de atuação em praticamente todo o sistema carcerário potiguar e mantendo articulações com integrantes da investigada facção em outros estados do Brasil.

    Cadernos apreendidos apontam a relação dos integrantes da facção criminosa com data de batismo, função e número de telefones. Além disso, documentos com dados bancários foram apreendidos, o que colaborou para demonstrar a movimentação financeira do grupo.

    Os alvos da operação vão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, entre outros. O material apreendido no cumprimento de outros mandados será analisado junto com o que já estava em posse dos promotores que atuaram na operação.(G1)

     
     
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  • Com Lava Jato, construtoras médias começam a avançar em infraestrutura

    Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

    O desmonte provocado pela Lava Jato no setor da construção virou oportunidade para empresas que até então não conseguiam disputar espaço com as gigantes do segmento. Apesar das incertezas sobre os rumos da economia e do turbilhão que afeta o mundo político, construtoras menores estão criando estratégias para ocupar o vácuo deixado pelas grandes empreiteiras, abatidas pelo maior escândalo de corrupção do País.

    A Racional Engenharia é uma das que estão de olho na virada do mercado - e na máxima de que é na crise que surgem as grandes oportunidades. "Foi assim nos últimos 46 anos", diz o presidente da companhia, Newton Simões. Criada em 1971, numa sala alugada no centro de São Paulo, a empresa focou seus esforços no setor industrial durante o regime militar. Ao longo do tempo, no entanto, diversificou a atividade em outros setores, como shopping centers e edificações (hospitais e hotéis, por exemplo), o que ajudou a empresa a resistir às inúmeras crises e mudanças de moedas nas últimas décadas. Hoje, com as principais empreiteiras no olho do furacão por causa da Lava Jato, a Racional quer apostar em obras de infraestrutura e criar um novo braço de negócios na empresa. A primeira experiência com o setor veio com a construção das obras no Aeroporto de Confins, em Minas Gerais. Depois disso, a empresa estudou os quatro aeroportos que foram concedidos para a iniciativa privada neste ano e foi contratada pela suíça Zurich Airport para construir as obras em Florianópolis. O próximo passo é montar uma equipe para explorar as obras no setor portuário, como já ocorreu com o segmento de aeroportos. "Antes da Lava Jato não conseguíamos entrar como concorrente em algumas áreas. A situação mudou." Com faturamento de R$ 986,7 milhões em 2016, ele diz que a receita do grupo deve cair este ano, para se estabilizar nos próximos anos e só depois voltar a crescer. A empresa viveu seu auge em 2013, quando as receitas superaram os R$ 2 bilhões e passou a figurar entre as nove maiores construtoras do País. "Entre 2006 e 2013, a empresa cresceu quase 30% ao ano. Era um festival de boas notícias", lembra. Mas a história mudou e hoje o País vive uma escassez de novos investimentos. Neste momento, diz o empresário, a estratégia é estudas novas áreas para futuros negócios. "Comecei no início dos anos 1970, quando o País vivia uma euforia e a gente crescia em ritmo chinês. Passamos por diversas crises, como a do petróleo (no fim dos anos 1970) e tivemos de nos reinventar", conta. A história se repete agora. "A nosso favor temos o fato de a Racional estar capitalizada, sem depender de bancos para tocar nossas atividades", diz Simões, destacando que a empresa tem um estoque de obras de um ano e meio. Seguindo os passos da Racional, a Concremat - controlada desde o fim do ano passado pela chinesa CCCC, que comprou 80% do negócio - também quer avançar em infraestrutura. No caso dos chineses (que antes de comprarem a Concremat chegaram a olhar a construtora Camargo Corrêa), a ideia é tocar as obras dos investimentos do grupo, como a do porto de São Luís, e replicar o modelo nos países da América do Sul, dizem fontes a par do assunto. Outra empresa com capacidade para ocupar espaço na construção é a Toniolo Busnelo. Em 2015, as receitas da empresa tiveram aumento de 18% e alcançaram R$ 720 milhões - montante que rendeu nove posições no ranking da construção. Apesar da falta de obra no País, a construtora tem conseguido manter as receitas com obras do setor privado, como a construção de túneis no Rodoanel de São Paulo e projetos no setor de mineração. "Com esses contratos vamos manter o faturamento de 2016 (de R$ 680 milhões)", afirma diretor da construtora, Humberto Cesar Busnello. Apesar do momento delicado, o setor da construção vive o início de uma nova configuração, com a perda de poder das grandes empreiteiras. Ainda é cedo para dizer se as empresas médias vão se consolidar como grandes players do setor, mas a aposta é que haja menos concentração. Segundo o professor de infraestrutura do Insper, Eduardo Padilha, o "modus operandi" das grandes construtoras no País não é o modelo universal. "Historicamente no Brasil as construtoras viveram como concessionárias. O natural é que construtora seja construtora e os fundos de investimentos aportem recursos nas obras."(Bahia Notícias)

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