Notas do Top 3 do individual geral
Ginasta | Solo | Cavalo | Argolas | Salto | Paralelas | Barra fixa | Geral |
Caio Souza (BRA) | 13,600 | 12,950 | 14,250 | 14,600 | 13,700 | 14,400 | 83,500 |
Arthur Nory (BRA) | 14,050 | 12,950 | 13,050 | 14,650 | 13,850 | 14,400 | 82,950 |
Cory Paterson (CAN) | 13,650 | 13,050 | 13,350 | 14,050 | 14,350 | 13,750 | 82,200 |
O ouro por equipes do domingo e a dobradinha inédita do individual geral desta segunda-feira reafirma o crescimento da equipe masculina do Brasil. Sétima colocado no Mundial do ano passado, o Brasil vai buscar no Mundial de Stuttgart uma das nove vagas para a Olimpíada de Tóquio 2020 - China, Rússia e Japão já estão garantidos. Cada vez mais o Brasil ganha moral, algo importante em um esporte com toques de subjetividade como a ginástica artística.
Nory ainda volta ao Ginásio Villa El Salvador para disputar três finais por aparelhos. Na terça-feira, a partir das 15h (de Brasília), briga por mais uma medalha no solo. Na quarta, no mesmo horário, luta pelo pódio nas barras paralelas e na barra fixa. Nas paralelas ele vai ter como maior concorrente justamente Caio Souza, que também disputa a final das argolas na terça, com a participação do campeão olímpico Arthur Zanetti.
A final prova por prova
Primeira rotação - solo
Coube a Caio Souza abrir a disputa no solo. Justamente ele que tinha sofrido uma queda neste aparelho na classificatória. Mas desta vez ele conseguiu uma boa série. Só deu um passo para fora do tablado e tirou 13,600, quase um ponto a mais do que na classificatória, ficando na terceira posição entre os favoritos. O melhor do grupo de elite foi Arthur Nory. Medalhista olímpico de bronze no solo, ele fez uma série praticamente cravada, muito limpa e conseguiu 14,050 pontos. Nory só não liderou a primeira rotação porque três atletas se apresentaram no salto, aparelho que dá mais pontos, passaram o brasileiro: o peruano Daniel Aguero (14,450), o argentino Daniel Villafañe (14,400) e o equatoriano Israel Chiriboga (14,150).
Segunda rotação - cavalo com alças
Aparelho que mais costuma derrubar os brasileiros, o cavalo com alças foi domado por Nory e Caio. Os dois tiveram problemas na classificatória. Caio inclusive sofreu uma queda. Desta vez os dois comemoram muito passar sem falhas grandes e conseguiram 12,950. Foi o suficiente para manter Nory na dianteira do grupo favorito. Caio ainda estava atrás dos canadenses Cory Paterson e René Cournoyer. No geral, Nory fechou a rotação na terceira posição com 27,000 pontos, atrás apenas de dois ginastas que já haviam passado pelo salto, aparelho que dá mais pontos: o argentino Daniel Villafañe (27,300) e o venezuelano Jostyn Fuenmayor (27,050).
Terceira rotação - argolas
Nory teve um pouco de dificuldade nas argolas e cometeu alguns balanços, mas ainda tirou 13,050 pontos. Acabou caindo para a terceira posição dentro do grupo favorito. O novo primeiro colocado foi Caio Souza. Reserva na final das argolas do último Mundial, o brasileiro fez uma grande série e se emocionou ao cravar a saída. Com 14,250 pontos, assumiu a liderança geral, somando 40,800 pontos. O canadense René Cournoyer estava na cola, com 40,675.
Quarta rotação - salto
Era a vez do salto, um aparelho forte dos brasileiros. Nory dificultou mais seu salto em relação à classificatória, trocando o yurchenko com dupla pirueta por um com dupla pirueta e meia. Foi quase cravado e conseguiu 14,650 pontos, melhor salto da final que o lançou para a vice-liderança geral com 54,700 pontos. Ele só ficou atrás de Caio. Finalista do salto no último Mundial, Caio também apresentou um yurchenko com dupla pirueta e meia e conseguiu 14,600 pontos. Com 55,400 pontos, ele abriu vantagem na liderança. Os canadenses René Cournoyer (54,750) e Cory Paterson (54,100) continuaram na cola dos brasileiros.
Quinta rotação - barras paralelas
Na classificatória, os brasileiros tiveram as maiores notas das barras paralelas. Caio Souza foi o primeiro a se apresentar e teve algumas falhas grandes no seu principal aparelho. Ainda assim, a nota 13,700 o manteve na liderança, com 69,100 pontos. Nory também teve pequenos problemas, mas conseguiu se recuperar bem para tirar 13,850 e manter a vice-liderança, com 68,550. Só que o canadense Cory Paterson conseguiu 14,350 nas paralelas e encostou, com 68,450 na somatória.
Sexta rotação - barra fixa
A decisão ficou para o último aparelho. Cory foi o primeiro a se apresentar na barra fixa e conseguiu 13,750 colocando pressão. Só que Caio Souza veio na sequência e fez uma série quase perfeita e tirou 14,400 pontos. Somando 83,500 pontos, a medalha já era certa para Caio. Só restava saber qual. O canadense René Cournoyer também ficou para trás. Quarto colocado na barra fixa do Mundial de 2015, Nory também voou alto no aparelho e também conseguiu 14,400 pontos para somar 82,950 pontos. Selando a dobradinha brasileira.(G1)