BUSCA PELA CATEGORIA "POLÍTICA"

  • Temer e Gilmar Mendes discutem quadro político em jantar no Jaburu

    Foto: Reprodução / TV Globo

    O presidente Michel Temer recebeu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, para um jantar na noite deste domingo (22), no Palácio do Jaburu. Segundo o Broadcast Político apurou, os dois conversaram sobre a morte trágica do ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava Jato no STF. Durante o jantar, Gilmar e Temer também falaram sobre o quadro político atual. O encontro não constava na agenda oficial da Presidência, que, segundo a assessoria de imprensa do Planalto, só traz compromissos públicos de Temer, o que não seria o caso dessa visita. De acordo com a assessoria do ministro, Gilmar teve uma "conversa de rotina" com Temer. O convite para o jantar partiu do próprio presidente, segundo fontes. Gilmar é responsável por definir a pauta de julgamento do TSE e será um dos sete integrantes da Corte Eleitoral que votará neste ano no processo que pode levar à cassação da chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), reeleita em 2014. No início deste mês, o ministro disse que tem "relações de companheirismo e diálogo" com Temer há mais de 30 anos.
     



  • Segundo mais bem votado para vereador em Aracatu, brumadense tomará posse dia 1º

    Foto: Fabiano Neves / Destaquebahia.com.br

    No dia 1º de Janeiro 2017, os candidatos eleitos para prefeito, vice e vereadores estarão sendo empossados em Aracatu. Este ano, uma das grandes revelações do meio político aracatuense, foi a vitória do brumadense, Bismarc Machado, que aos 24 anos, foi o segundo vereador mais bem votado no município.
    Bismarc é estudante e terá a oportunidade de mostrar trabalho em prol da população aracatuense a partir de 1º de janeiro de 2017.



  • Nilo desiste de buscar vaga no Senado em 2018 e coloca culpa no PSD e no PP

    Foto: Fernando Duarte / Bahia Notícias

    Diante da movimentação nos bastidores em torno da presidência da Assembleia Legislativa da Bahia, que por sua vez já está relacionada aos possíveis cenários para 2018, o presidente da Casa, Marcelo Nilo (PSL), declarou que não se candidatará ao Senado nas próximas eleições, como cogitava no início do ano (veja aqui). O anúncio foi feito em almoço realizado por ele na AL-BA para fazer o balanço das atividades. “Não sou candidato a senador em 2018. Serei candidato a deputado federal. Eu não quero ser candidato a senador”, disse, jogando a responsabilidade para o senador Otto Alencar (PSD) e para o vice-governador João Leão (PP). Ambos compõem a banca de apostas para o Senado em 2018, e os dois partidos lançaram candidatos para disputar com Nilo a presidência: Ângelo Coronel (PSD) e Luiz Augusto (PP). Os resultados das eleições municipais (clique aqui) temperam as negociações, já que o PSD liderou em número de prefeitos eleitos (83), seguido pelo PP (55), o que acirrou a concorrência. "Já formei a minha chapa para a Assembleia e não tem vaga para PSD e para o PP. Mesmo que o governador Rui Costa peça", destacou, atribuindo o atual panorama a uma combinação entre Otto e Leão. "Os presidentes do PSD e do PP se juntaram para me derrotar", declarou. Nilo diz já ter o apoio do PT na corrida, a quem reservou a vice-presidência. A Mesa Diretora será composta ainda pelo PDT – Pastor Sargento Isidório e Roberto Carlos decidem quem assume a cadeira – e três vagas ficam selecionadas para a oposição. Há rumores, porém, de que a oposição pleiteia 4 das 9 vagas disponíveis. 



  • Senado aprova projeto que regulamenta supersalários do funcionalismo

    O Plenário do Senado aprovou na noite desta terça-feira (13) três projetos elaborados pela comissão especial dos supersalários para cortar despesas que inflam os contracheques e vencimentos dos servidores e aposentados administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A restrição atinge magistrados, chefes dos poderes, servidores de estatais e militares. 

    De acordo com os projetos aprovados, o limite de vencimentos mensais passará a ser a soma das verbas recebidas por uma mesma pessoa, ainda que os recursos sejam oriundos de mais de um cargo ou emprego, aposentadoria ou pensão, ou qualquer combinação possível entre esses rendimentos. 

    São considerados como rendimentos os salários, soldos e subsídios, verbas de representação, parcelas de equivalência ou isonomia, abonos, prêmios e adicionais. As parcelas de indenização previstas em lei não sujeitas aos limites de rendimento estão no extrateto. Se enquadram neste item as ajudas de custo para mudanças de sede por interesse na administração e diárias em viagens realizadas a trabalho. 

    O projeto prevê também que todos os portais da transparência sigam o formato do Ministério Público Federal (MPF), divulgando nomes dos agentes públicos, CPFs, valores, salários, férias, décimo terceiro e auxílios, além da descrição de vantagens pessoais, como o que foi pago a título de adicional de insalubridade, periculosidade ou hora extra.

    Durante a sessão, o presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou que os próximos passos serão as aprovações do projeto para a devolução de recursos recebidos acima dos R$ 33,7 mil por servidores dos Três Poderes nos últimos cinco anos, além da proposta de limitar um teto para servidores de empresas concessionárias de serviço público.  (Correio24horas)

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  • Datafolha: Lula lidera cenários em primeiro turno; Marina vence em segundo

    Fotos: Divulgação / Montagem BN

    A ex-senadora Marina Silva (Rede) lidera os cenários de segundo turno para eleição presidencial de 2018, de acordo com pesquisa de intenção de voto do Datafolha divulgado nesta segunda-feira (12) pelo jornal Folha de S. Paulo. Já no primeiro turno, Lula fica à frente.

    No cenário 1, com Aécio Neves (PSDB), Lula fica em primeiro com 25% das intenções, seguido de Marina (15%), do senador tucano (11%), Bolsonaro (9%), Ciro Gomes (5%), Michel Temer (4%), Luciana Genro (2%), Ronaldo Caiado (2%), Eduardo Jorge (1%). Brancos e nulos somam 20%; 6% não souberam ou não opinaram. No cenário 2, com Geraldo Alckmin (PSDB), Lula alcançou 26%. Na sequência vem Marina (17%), Aécio (8%), Alckmin (8%), Ciro (6%), Temer (4%), Luciana Genro (2%), Ronaldo Caiado (2%) e Eduardo Jorge (1%). Brancos e nulos totalizam 20% e 6% não souberam ou não opinaram. No cenário 3, com José Serra, Lula prossegue na liderança, com 25%, seguido de Marina (16%), Serra (9%), Bolsonaro (9%), Ciro Gomes (6%), Michel Temer (4%), Luciana Genro (2%), Ronaldo Caiado (2%), Eduardo Jorge (1%). Brancos e nulos somam 20%; 6% não souberam ou não opinaram. Com os três tucanos na disputa e incluindo o juiz federal Sérgio Moro, a presidente do STF Carmen Lúcia, e o apresentador e empresário Roberto Justus, a situação de Lula permanece estável. Marina, por sua vez, empata com Moro, 11%. Aécio fica com 7%, seguido de Bolsonaro (6%), Alckmin (5%), Serra (4%), Ciro (4%), Temer (2%), Luciana Genro (2%), Roberto Justus (2%), Ronaldo Caiado (2%), Carmen Lúcia (1%) e Eduardo Jorge (1%). No segundo turno, Lula fica à frente caso seu adversário seja Aécio Neves: ele obtém 38% contra 34%. Brancos e nulos somam 25%; 3% não souberam ou não opinaram. Lula também vence Alckmin (38% a 34%), mas perde para Marina (43% a 34%). Marina ainda vence Alckmin (48% a 25%); Serra (47% a 27%). O embate entre Lula e Serra resulta em empate técnico, considerando a margem de erro de 2 pontos percentuais: o primeiro à frente, com 37%, e o segundo com 35%. A consulta foi realizada nos dias 7 e 8 de dezembro, com 2.828 pessoas maiores de 16 anos. O nível de confiança é de 95%.

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  • Odebrecht delata caixa dois para Lula

    Delatores da Odebrecht afirmaram em depoimento que as campanhas presidenciais de Lula tiveram caixa dois em 2002 e 2006. Nos dois casos foram pedidos pessoais de Lula para Emílio Odebrecht. Os repasses ilegais foram coordenados pelos tesoureiros das campanhas.



  • Marcelo cuidava de propina em plano nacional; interlocutor de Lula era Emílio, diz coluna

    Foto: Reprodução Istoé | Instituto Lula

    Os depoimentos da delação premiada da Odebrecht mostram que Marcelo Odebrecht tratava apenas das contas de propina da empreiteira em âmbito nacional. Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, as demais contas, destinadas ao suborno de governadores e prefeitos, eram gerenciadas por executivos da empreiteira. Marcelo cuidava da conta relacionada ao PT e ao governo federal. Inicialmente, de acordo com os relatos, o interlocutor era o ex-ministro Antonio Palocci, sendo substituído pelo também ex-ministro Guido Mantega. Ainda segundo os depoimentos, apesar dos recursos dessa espécie de “conta-mãe” ter atendido a pedidos ou necessidades que ambos atribuíam a Lula, o ex-presidente não trataria dos recursos diretamente com o Marcelo. As informações dão conta, inclusive, que eles não se gostavam. O interlocutor de Lula na empresa era o pai de Marcelo, Emílio Odebrecht, mas eles não conversavam sobre a conta. A expectativa é de que a delação revele detalhes sobre a reforma do sítio de Atibaia, benefícios a terceiros pagos pela empreiteira, além de doações de campanha atribuídos a Lula. Palocci e Mantega negam ter tratado de propina com a Odebrecht. Marcelo ficará dez anos sem sair aos fins de semana e feriados, mesmo quando passar para o regime semiaberto de prisão.



  • Lídice defende Câmara dos Deputados e critica postura do MP: ‘Vem assustando o Congresso’

    Foto: Rebeca Menezes / Bahia Notícias

    A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) defendeu a votação realizada pela Câmara dos Deputados, na madrugada da última quarta-feira (30), sobre o pacote anticorrupção. A socialista explicou que o horário da votação não pode servir de argumento de acusação, já que outras matérias foram aprovadas no período, em outras ocasiões. “É o ritmo da Câmara, que começa votação em torno de 20h. Numa casa com 500 membros, essas votações se estendem normalmente até tarde da noite. (...) Não creio que a condenação deve ser porque votou de madrugada, porque muitas coisas importantes são votadas de madrugada”, defendeu a senadora que, por outro lado, considerou pertinentes as críticas ao conteúdo aprovado. A baiana acredita que os deputados poderiam ter “amadurecido mais” a proposta e construído um texto melhor do que aquele aprovado. Presente na entrega das estações Acesso Norte 2, Detran e Rodoviária, nesta segunda-feira (5), Lídice aproveitou para criticar o Ministério Público Federal por “assustar” o Congresso. “Quando se vincula todo e qualquer recebimento de recursos na campanha, às vezes inclusive recurso legal, com a criminalização, isso assusta. Tem muita gente no parlamento com corrupção? Acho que pode ter, mas não é a maioria, não é a totalidade do Congresso. E essa generalização contra o político e o parlamento vem assustando o Congresso”, declarou. 



  • Ao lado de Moro, Renan defende 'negociação' em projeto sobre abuso de autoridade

    Foto: Dida Sampaio/Estadão. Apesar de publicamente favorável ao projeto, presidente do Senado mantém postura institucional na sessão.

    O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), abriu nesta quinta-feira, 1, a sessão de debate sobre o projeto que trata de abuso de autoridade, com a presença do juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato em 1ª instância e o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No início do discurso, Renan defendeu o consenso e "as soluções negociadas". Publicamente favorável ao projeto, ele manteve postura institucional durante a sua fala, como haviam antecipado seus assessores. Ao lado de Moro, Renan fez uma ampla defesa do projeto que trata de abuso de autoridade e defendeu que a proposta é “amena”.

    Segundo ele, o projeto não visa punir “autoridades”, mas sim o “abuso”. “Lançar mão do abuso de autoridade para desvendar crimes é psicopatia”, disse. O presidente do Senado defendeu ser “equivocado navegar em águas das teorias conspiratórias” quando se debate o assunto.

     

    Renan afirmou que o projeto está em debate desde 2009 e que a representação da proposta foi feita “às claras, a céu aberto”. “O Congresso não pode ser omisso neste momento histórico”, afirmou. Segundo ele, o Senado está aberto a sugestões, mas tem de se posicionar porque não pode ter “conivência com atentados à liberdade”.

    "O consenso supera o confronto, a concórdia prevalece sobre o dissenso. As soluções negociadas para as divergências são sempre possíveis, por mais distantes que possam parecer", discursou Renan. "Nas mais variadas vertentes da vida, existe espaço para a convergência de opiniões".

    "O diálogo é sempre preferivel à hostilidade", disse Renan, que ainda citou Tancredo Neves para dizer: "Não são os homens que brigam, são as ideias".

    Ele, que é alvo da Lava Jato, também afirmou considerar as investigações “sagradas”, pois a operação “pode contribuir para o fim da impunidade, que é uma grande chaga”.

    O debate sobre o projeto ocorre um dia depois de o Senado tentar votar a toque de caixa o pacote anticorrupção aprovado pela Câmara e que desagradou a força-tarefa da Lava Jato.

    Também participam do debate o juiz federal Silvio Luis ferreira da Rocha, da Justiça Federal de São Paulo, e o senador Roberto Requiao (PMDB), relator do projeto sobre abuso de autoridade.

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  • De Salvador, Geddel envia carta de demissão à Presidência

    Foto: Agência Brasil

    O ministro da Secretaria do Governo, Geddel Vieira Lima, já entregou a carta de demissão à Presidência da República. A informação foi confirmada por assessor da Presidência pela Globo News. Na manhã desta sexta-feira (25), já era especulada (clique aqui e aqui) a saída do peemedebista, após o agravamento da crise gerada pelas denúncias do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, que pediu demissão na última sexta-feira (18), alegando que Geddel o tinha pressionado para atuar junto ao Iphan para liberar parecer favorável à construção do empreendimento La Vue, na Ladeira da Barra, em Salvador.  Na carta, Geddel afirma que voltará à Bahia "diante da dimensão das interpretações dadas" e pede desculpas a Temer "aos que estão sendo por elas alcançados". 

    De Salvador, Geddel envia carta de demissão à Presidência


  • Deputados articulam derrubar pacote anticorrupção no plenário da Câmara

    Relatório de Onyx Lorenzoni (DEM-RS) deverá ser derrubado em votação na Casa hoje. Texto deverá incluir dois pontos polêmicos. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

    pós a aprovação do pacote de medidas contra a corrupção na comissão especial da Câmara, líderes de praticamente todos os partidos, com exceção da Rede e do PSOL, vão tentar derrubar o texto do relator Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e aprovar um projeto substitutivo no plenário da Casa.

    A votação está prevista para ocorrer na manhã desta quinta-feira (24). O novo texto deverá incluir as duas medidas que ficaram de fora do pacote aprovado nesta quarta: a anistia à prática do caixa 2 nas campanhas eleitorais e a previsão de punir magistrados e integrantes do Ministério Público Federal por crime de responsabilidade.

    "Vamos votar um substitutivo que muda bastante o conteúdo do texto, muda quase tudo, cerca de 70%", disse o deputado Vicente Cândido, vice-líder do PT e próximo ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

    Relatório de Onyx Lorenzoni (DEM-RS) deverá ser derrubado em votação na Casa hoje. Texto deverá incluir dois pontos polêmicos Luis Macedo / Câmara dos Deputados

    Segundo o deputado, há um acordo para que o texto siga, "de imediato", para ser apreciado no Senado, para, em seguida, ser sancionado pelo presidente Michel Temer. Cândido, no entanto, negou que a pressa exista por conta da expectativa da homologação das delações dos executivos da Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato.

    Para justificar a aprovação de um texto mais favorável à classe política, deputados alegam que o relator das medidas anticorrupção descumpriu o acordo com os líderes e votou um texto diferente do que foi acertado com as bancadas.

    O presidente da Câmara deixou a Casa por volta das duas da manhã dizendo que não conhecia o texto aprovado e que, por isso, não sabia dizer o que iria acontecer durante a votação do pacote no plenário. "Eu não vi o texto, então não posso dizer o que vai ser aprovado."

    Maia também negou que haverá uma anistia aos políticos que praticaram caixa 2 e defendeu a tese de que, como o crime passará a ser tipificado somente após a aprovação da proposta, não há como punir quem praticou atos dessa natureza antes.

    O pacote das medidas anticorrupção foi aprovado por unanimidade na comissão (30 a 0). A votação foi concluída somente depois da meia noite. Por conta do horário, Maia desistiu de votar o texto no plenário na madrugada desta quinta.

    A sessão foi suspensa, mas os principais líderes da Casa continuaram no gabinete de Maia discutindo que estratégia adotar diante do texto que foi aprovado no colegiado.

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  • Comissão de Ética vai analisar nesta segunda denúncia contra Geddel

    O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, em entrevista à Rede Bahia neste sábado (Foto: Reprodução/Rede Bahia)

    O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Mauro Vieira, afirmou que o colegiado vai analisar nesta segunda-feira (21) se abre ou não processo para investigar a conduta do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, no episódio que culminou na demissão de Marcelo Calero do comando do Ministério da Cultura.

    Calero disse em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo" e confirmou posteriormente em um evento com artistas no Rio de Janeiro que o motivo principal de sua saída da Esplanada dos Ministérios foi a pressão que sofreu do titular da Secretaria de Governo para liberar um empreendimento imobiliário de alto luxo em Salvador no qual Geddel tinha comprado um apartamento.

     

    Ele pediu demissão do Ministério da Cultura na última sexta-feira (18) e será substituído pelo deputado Roberto Freire (PPS-SP).

    Órgão vinculado à Presidência, a Comissão de Ética Pública fiscaliza a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração Federal. O colegiado não tem poder para punir nenhum servidor público, no entanto, como é um órgão consultivo do presidente da República, pode recomendar ao chefe do Executivo sanções a integrantes do governo.

    As acusações de Calero contra Geddel também podem ser investigadas no Congresso Nacional. A oposição já está se movimentando para fechar o cerco em torno do ministro da Secretaria de Governo.

    Neste sábado, o deputado Jorge Solla (PT-BA) afirmou, por meio de nota, que vai apresentar nesta segunda-feira à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara um requerimento para convocar o ex-ministro da Cultura a prestar esclarecimentos sobre o episódio. Geddel foi um dos principais articuladores políticos do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

    "É uma expressa acusação de crime de prevaricação [...]. Se Calero acusou outro ministro ao sair, é um caso muito grave e precisa comprovar o que diz para que o caso tenha a consequência devida", diz trecho da nota divulgada pelo deputado do PT.

    O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), divulgou neste sábado um comunicado pedindo a demissão imediata de Geddel do primeiro escalão e informando que vai pedir a convocação de Geddel para que o ministro explique a denúncia no Senado. Além disso, o líder petista afirmou que irá solicitar que o Ministério Público Federal apure o caso.

    "É escandaloso que um ministro extremamente poderoso dentro do governo, que trabalha na antessala de Temer, use do próprio cargo para coagir e ameaçar colegas em favor de interesses pessoais", destacou o senador do PT.

    À Rede Bahia, afiliada da TV Globo, Geddel admitiu ter conversado com o agora ex-ministro da Cultura sobre o embargo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a uma obra da iniciativa privada na capital baiana, mas negou que tenha feito pressão.

    Na entrevista publicada na edição deste sábado (19) da "Folha", Marcelo Calero relatou que passou a ser pressionado pelo colega de ministério logo depois de assumir o comando da Cultura, em maio.

    Um dos ministros mais próximos ao presidente Michel Temer, Geddel é presidente do PMDB na Bahia e é um dos políticos mais influentes do estado. No Palácio do Planalto, ele é responsável pela articulação política do governo federal com o Congresso Nacional.

    O empreendimento imobiliário, segundo Calero, foi embargado pela direção nacional do Iphan em razão de estar localizado em uma área tombada como patrimônio cultural da União, sujeito a regramento especial. Os construtores, afirmou o ex-ministro à publicação, pretendem erguer um prédio com 31 andares, mas o Iphan autorizou a construção de, no máximo, 13 andares.

    Com vista privilegiada para a Baía de Todos-os-Santos, o condomívio La Vue começou a ser construído em outubro de 2015. O metro quadrado dos apartamentos – um por andar – custa em torno de R$ 10 mil. O edifício tem apartamentos com quatro suítes de 259m² e uma cobertura chamada "Top House" de 450 m². Os imóveis no La Vue variam de R$ 2,6 milhões a R$ 4,5 milhões.

    Neste sábado, o instituto informou que a obra foi embargada após estudos técnicos apontarem impacto do empreendimento em cinco imóveis tombados da vizinhança do condomínio: o forte e farol de Santo Antônio, o forte de Santa Maria, o conjunto arquitetônico do Outeiro de Santo Antônio (que inclui o forte de São Diogo), além da própria Igreja de Santo Antônio.

    Embora a sede nacional do Iphan tenha barrado a construção do empreendimento, relatou Calero, a superintendência regional do órgão na Bahia elaborou um parecer técnico liberando a obra. O ex-ministro ressaltou ao jornal que tinha informações de que a direção da superintendência baiana do Iphan foi indicada por Geddel.

    "Ele [Geddel] pede minha interferência para que isso acontecesse [liberar a construção da obra], não só por conta da segurança jurídica, mas também porque ele tem um apartamento naquele empreendimento. Ele disse: "E aí, como é que eu fico nessa história?", contou Calero ao jornal, relatando conversa que teria tido com o ministro da Secretaria de Governo no período em que comandou a pasta da Cultura.

     

    AGU

    Em outro trecho da entrevista, Marcelo Calero disse que, diante da iminência de que o Iphan não iria liberar o empreendimento imobiliário baiano, ele passou a receber pressões de integrantes do governo para conceder a licença de construção ou enviar o caso para a Advocacia-Geral da União (AGU).

    "A informação que eu tive foi que a AGU construiria um argumento de que não poderia haver decisão administrativa [do Iphan]. Isso significa que o empreendimento seguiria com o parecer do Iphan da Bahia, que liberava a obra", afirmou o ex-ministro à "Folha".

    Calero também disse ao jornal que o titular da Secretaria de Governo acionou "vários interlocutores" para pressioná-lo a rever o embargo da obra.

     

    'Processo de fritura'

    Marcelo Calero disse na entrevista que decidiu pedir demissão e contar as pressões que sofreu do ministro da Secretaria de Governo no momento em que se deu conta de que havia um "processo de fritura" para "macular" a imagem dele. O ex-ministro da Cultura classificou de "inacreditável" a pressão que sofreu de Geddel para rever o embargo da obra.

    "A gota d'água foi quando fui procurado pela imprensa... Eu vejo isso de maneira objetiva: um agente governamental solicitou interferência de outro numa decisão técnica que lhe beneficiaria em caráter pessoal. Esse segundo agente não aceitou fazer essa interferência", enfatizou.

    Neste sábado, ao participar de um evento com artistas organizado pela Associação de Produtores de Teatro, Marcelo Calero confirmou que sofreu pressão do ex-colega de governo para liberar a obra em Salvador. Ele classificou a postura de Geddel como um caso de "corrupção".

    "Não desejo isso pra ninguém. Estar diante de uma pressão política, diante de um caso claro de corrupção. Venho aqui de cabeça erguida e peito aberto. Desde o primeiro momento eu fui muito claro, que nada fora do script, do roteiro, iria acontecer. Nem que isso custasse eu sair do ministério. Tenho uma responsabilidade com as pessoas em nome de um projeto", declarou o ex-ministro.

     

    A versão de Geddel

    Em entrevista à Rede Bahia, afiliada da TV Globo, Geddel Vieira Lima admitiu que é proprietário de um imóvel no empreendimento embargado pelo Iphan, negou que tenha pressionado o ex-colega de ministério a liberar a construção e disse "lamentar" e "repelir" as declarações de Calero.

    O titular da Secretaria de Governo admitiu que realmente conversou com Calero sobre o empreendimento, mas, segundo ele, não houve pressão, e sim "ponderação".

    Na visão do peemedebista, a conversa foi para reforçar a importância de uma obra que garante centenas de empregos.

    "Primeiro, [tenho que] lamentar. Sempre tive com o ministro Calero, uma figura muito doce, uma relação tranquila e amena. Segundo, repelir. Em nenhum momento foi feita pressão para que ele tomasse posição. Foram feitas ponderações. Mas ao fim, ao cabo, as ponderações não prevelaceram, prevaleceu a posição que ele defendia apesar de eu considerar equivocada, o que torna ainda mais supreendente o pedido de demissão e essa manifestação", declarou Geddel à Rede Bahia.

    O ministro afirmou ainda que não entendeu a atitude de Calero de acusá-lo de ter feito pressão para liberar uma obra da iniciativa privada.

    "Conversei por telefone [com Calero] com a tranquilidade de quem não tem medo de grampo, de fiscalização, porque o que eu converso por telefone, eu posso conversar publicamente", ironizou Geddel, referindo-se ao fato de, na entrevista à "Folha", o agora ex-ministro da Cultura ter dito que teve receio de que o colega da Secretaria de Governo estivesse com o telefone grampeado.

    Ele disse que tratou com Calero sobre o empreendimento da capital baiana com "absoluta transparência". Geddel ressaltou que apenas mostrou ao agora ex-colega que a judicialização da licença concedida, em 2014, pelo Iphan "gera desemprego" e "cria instabilidade" para quem comprou apartamentos no empreendimento imobiliário.

    "Evidentemente, eu tenho a mesma posição que outros que também adquiriram um imóvel nesse empreendimento que, ao invés de tirar, dá legitimidade para conhecer o tema e poder levar preocupações legítimas, transparentes, à apreciação  do ministro da área."

     

    Iphan

    Pivô da divergência que levou à demissão de Marcelo Calero do Ministério da Cultura, o Iphan afirmou por meio de nota que, após garantir o direito de ampla defesa aos empreendedores do condomínio La Vue, em Salvador, embargou a obra.

    No comunicado, a assessoria do órgão informou que o projeto do prédio prevê a construção de 31 pavimentos, equivalentes a 97,88 metros de altura. Ainda de acordo com o Iphan, são 23 pavimentos de apartamentos, 2 pavimentos para apartamentos de cobertura, 2 pavimentos sociais, 3 pavimentos de garagem e 1 pavimento em subsolo.

    O órgão ressaltou na nota que a decisão de embargar a obra foi tomada "considerando todas as argumentações técnicas e jurídicas apresentadas ao instituto" e após a realização de uma série de estudos técnicos.

    "Diante da decisão, cabe ao empreendedor, se desejar, apresentar nova proposta de edificação que respeite visibilidade e ambiência dos bens protegidos", ponderou o Iphan no comunicado.

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  • Operação Chequinho: Prisão de Garotinho tem relação com esquema de compra de votos

    Foto: Agência Câmara

    A prisão do ex-governador do Rio e atual secretário de Governo de Campos dos Goytacazes, Anthony Garotinho, na manhã desta quarta-feira (16), por volta das 10h30, aconteceu no contexto da Operação Chequinho, que apura o uso do programa social Cheque Cidadão para a compra de votos no município, em 2016. Ao todo, são oito mandados de prisão temporária, oito de busca e apreensão e um de condução coercitiva, expedidos pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira, da 100º Zona Eleitoral de Campos. Garotinho foi preso em seu apartamento, localizado na Rua Senador Vergueiro, no Flamengo, e encaminhado para a sede da PF na zona portuária da capital fluminense. Segundo informações do Ministério Público Estadual (MP-RJ), a prefeitura de Campos dos Goytacazes oferecia inscrições fraudulentas no programa Cheque Cidadão, que concede R$ 200 por mês aos beneficiários, em troca de votos. Já foram presos neste ano vereadores, eleitores e outros envolvidos no esquema: em setembro, foi detida a secretária municipal de Desenvolvimento Humano e Social e a coordenadora do programa. A PF prendeu  eleitores que tinham ligação com um vereador detido em 29 de agosto, por suspeita de aliciamento para a compra de votos. Em outubro, foram presos dois vereadores Miguel Ribeiro Machado, o Miguelito, liberado no dia 26; e Ozéias Martins, que foi liberado no dia 29 de outubro. Quando Miguelito foi liberado foi preso outro vereador, Kellenson Ayres Figueiredo de Souza (PR), o "Kellinho" que conseguiu uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi solto último dia 4 de novembro.  



  • Com maioria de prefeitos na base, Rui minimiza impacto das eleições para 2018

    Foto: Pedro Moraes/GOVBA

    O governador Rui Costa reafirmou, nesta segunda-feira (7), durante entrevista ao radialista Mário Kertész que, em 2018, “o povo vai avaliar” se ele deve ou não permanecer no cargo. Fez uma análise lógica: cabe às urnas, caso Rui decida realmente ser candidato, definir o próximo governador da Bahia. Para além disso, o atual mandatário do Palácio de Ondina encontra conforto nos números das últimas eleições. Em 2014, Rui foi eleito ainda em primeiro turno, contra o ex-governador Paulo Souto. Passados dois anos, o chefe do Executivo baiano manteve a maioria das prefeituras sob o espectro de partidos da base aliada – apesar de derrotas em cidades importantes como Salvador e Feira de Santana e baixas simbólicas em Vitória da Conquista e Camaçari, administradas há algum tempo sob a égide petista. São, pelo menos, 271 prefeituras controladas por partidos governistas. A leitura de Rui sobre os impactos de 2016 em 2018 é acurada. Como político, o governador sabe que outros caminhos influenciam na hora do voto e que até o próximo pleito muita água deve passar pelas pontes eleitorais. Souto, adversário de Rui na primeira eleição do petista, governava a Bahia com uma base aliada robusta quando, em 2006, perdeu a disputa para Jaques Wagner. Foi uma lição ainda recente para o cenário político baiano. Por enquanto, este fantasma parece não assustar o mandatário atual. Caso mantenha as alianças com PSD e PP para 2018, partidos que elegeram, respectivamente, 83 e 55 prefeitos, Rui mantém certa prevalência contra seus oposicionistas, que juntos venceram em 140 municípios – menos do que os 177 somados de PSD, PP e PT. “Muita coisa vai acontecer até 2018”, cravou o governador. Os ventos, todavia, não sopram negativos para o petista, que mantém bons índices de avaliação.



  • Rejeição ao PT colaborou para derrota em Conquista, admite Zé Raimundo

    Foto: Blog do Anderson

    Candidato derrotado no segundo turno de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, o deputado estadual Zé Raimundo (PT) sente que cumpriu sua missão durante a campanha, mas admite que a rejeição nacional ao seu partido contribuiu para o resultado negativo na cidade. Com a eleição de Herzem Gusmão (PMDB), com 57,58% dos votos válidos, o PT perdeu o reduto que comandava há 20 anos – inclusive com um mandato do próprio Zé Raimundo.

    “No quadro nacional, há uma desqualificação da política, a população perdeu a fé, embora compareça e vote. Há um clima geral de desconfiança. Não podemos negar que o envolvimento de nomes de nosso partido nessas questões nacionais e a superexposição que a mídia deu somente ao nosso partido contribuiu para o resultado”, avaliou. “Nós somos éticos e respeitados na região. Mas de fato há uma rejeição ao partido que acabou pesando no final. Não houve qualquer tipo de denúncia ou desconfiança ética ou moral de nossa administração. Resumindo, eu diria que de fato o quadro nacional pesou, a crise econômica, o imaginário que se criou em torno do partido... Embora todos os partidos tenham cometido erros, o PT acabou pagando essa culpa”, lamentou. O presidente estadual da sigla, Everaldo Anunciação, concordou. “Há uma série de elementos. Foram 20 anos de mesmo projeto, 20 anos consecutivos leva a um desgaste natural. Além também desses ataques intensos na campanha, com ataques baixos sendo colocados o tempo todo pelo candidato do PMDB, levando mentiras, tentando distorcer informações. Esse conjunto de elementos nos levou à derrota”, explicou. “Sem dúvidas [a conjuntura nacional] influenciou. Há um grande ataque ao PT em nível nacional e em grandes centros, o que acaba influenciando no processo eleitoral”, completou. Zé Raimundo também atribuiu a derrota a outra questão: o seu tempo de campanha limitado, quando comparado ao de Gusmão. Segundo ele, a definição da coligação apenas no dia 18 de junho “chegou um pouco tarde”, já que Herzem foi candidato “por oito anos” e tinha mais espaço na mídia nos últimos anos. “Eu fui prefeito em 2008, depois atuei como professor. Como deputado estadual, eu não tive acesso aos veículos de comunicação. O outro tinha duas horas diárias de exposição na rádio, foram outras aparições. Foi uma luta desigual que se estabeleceu em termo de exposição da mídia, ele estava o tempo todo fazendo campanha enquanto eu nem era candidato”, defendeu. Mesmo assim, Zé Raimundo garante que vai continuar a defender o município. “Não estou me queixando. Ganha a democracia, o povo é soberano e eu respeito. Minha sensação não é de derrota. O povo respeitou nossas propostas, andamos pela cidade e sempre fomos recebidos com carinho, mesmo aqueles que não votaram na gente, reconheciam nosso papel na cidade. Eu não sentia essa carga de rejeição em mim. Em relação ao partido sim, é muito forte”, reforçou. “Eu vou continuar a desejar que a cidade continue a se desenvolver, meu mandato vai estar à disposição”, concluiu.(Bahia Noticias)

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