• Jaques Wagner diz que 'quem banca' a política econômica do país é Dilma

    Foto e fonte: G1

    Ele comentou rumores sobre possível saída de Joaquim Levy da Fazenda.
    Ministro disse que, para ser ministro, é preciso ter perfil 'técnico e político'.

    Em meio a rumores sobre a possível saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta sexta-feira (18) que "quem banca" a política econômica do país é a presidente Dilma Rousseff.

    Nos últimos dias, voltou a ganhar força a possível saída de Levy do governo. Na última terça (15), a presidente Dilma enviou ao Congresso uma proposta para reduzir a meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) de 2016 para 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), contrariando a proposta de Levy de uma meta de 0,7%.

    Nesta quinta (17), na última reunião do ano do Conselho Monetário Nacional (CMN), de acordo com o jornal "O Globo", Levy teria feito uma espécie de discurso de despedida, indicando que não estará no próximo encontro do colegiado, que ocorrerá em janeiro.

    "Há um equívoco dos que fazem a leitura sobre os caminhos do governo da presidenta Dilma. Quem banca a política econômica não é o ministro da Fazenda. Quem banca a política econômica é a presidenta da República, e ela convoca o ministro para cumprir. Evidentemente, que discute com ele", disse Jaques Wagner.

    "Mas se ilude quem aponta o fuzil para este ou aquele ministro. Quem vai bancar a política econômica, quem decide ouvindo outras pessoas, o ministro, é ela. Quem bancou a questão do ajuste fiscal foi a presidenta Dilma", concluiu o ministro.

    Questionado por jornalistas sobre o tom de despedida que Levy teria adotado na reunião do CMN, Wagner desconversou e disse não saber se o ministro da Fazenda estava "brincando ou falando sério".

     

    O chefe da Casa Civil disse ainda que a decisão de trocar o comando do Ministério da Fazenda é "praticamente particular" entre Levy e Dilma.

    "Há uma posição de se despedir, mas eu prefiro aguardar, porque quem tem [de tomar] essa decisão não sou eu", minimizou.

    Perfil
    Jaques Wagner também foi indagado sobre se seria a hora de um "ministro político" para comandar a Fazenda e substituir Levy, considerado um ministro de perfil técnico. Levy já foi criticado por setores do governo e do PT por adotar medidas consideradas impopulares e de não dialogar com o Congresso.




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